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ESC2025: Itália apresenta queixa oficial à EBU/UER contra "Espresso Macchiato"

 

Uma das principais associações italianas de defesa do consumidor apresentou uma queixa oficial à EBU/UER contra "Espresso Machhiato". O vice-presidente do Parlamento italiano descreveu a canção "estúpida e cheia de estereótipos".


"Espresso Macchiato", canção escolhida para representar a Estónia no Festival Eurovisão 2025, está em destaque em Itália... por bons e maus motivos. A canção interpretada por Tommy Cash, recheada de referências óbvias à cultura italaina, alcançou o primeiro lugar no Top50 Viral Chart no Spotify italiano. Contudo, enquanto faz sucesso nas plataformas digitais, a canção tem sido duramente criticada no país, com vários pedidos para a desclassificação da canção do Festival Eurovisão.

Expressões como "Ciao bella, sou Tomaso, viciado em tabaco", "A vida é como esparguete, é difícil até tu conseguires" e, acima de tudo, "Estou a suar como um mafioso" têm sido vistas como ofensivas para o público italiano que, em peso, criticou a canção, com várias personalidades a associarem-se às críticas. 

Em entrevista à RAI1, no programa La Volta Buona, a apresentadora Caterina Balivo não poupou nas críticas, frisando que a canção é "uma caricatura ofensiva para os italianos" e que ultrapassa os "limites do humor e da sátira ao focar-se exclusivamente nos esterótipos mais desgastados da cultura italiana, reforçando preconceitos negativos". Por sua vez, Gian Marco Centinaio, vice-presidente do Parlamento italiano e antigo ministro do Turimo, apelou que a Estónia fosse desqualificada do Festival Eurovisão: "Este cantor devia vir a Itália para ver como as pessoas decentes trabalham antes de se atrever a escrever canções tão estúpidas e cheias de estereótipos" escreveu nas redes sociais.

O descontentamento do público levou a Codocons, uma das principais associações italianas de defesa do consumidor, a avança com uma queixa oficial à EBU/UER, emitindo um comunicado onde revela ter solicitado a desclassificação da canção: "Sem prejuízo da liberdade artística que caracteriza eventos como o Festival Eurovisão, não podemos deixar de levantar dúvidas sobre a conveniência de permitir a participação de uma música que se revela ofensiva para uma pluralidade de pessoas num concurso seguido por públicos de todo o mundo".

Até ao momento, Tommy Cash não reagiu às críticas nem aos pedidos de desqualificação, tal como a EBU/UER e a ERR ainda não teceram qualquer comentário sobre a polémica e/ou sobre a queixa oficial para a desclassificação da proposta.

Estreante em 1994, a Estónia conta com 29 participações no Festival Eurovisão, tendo 19 presenças na Grande Final e uma vitória (2001). Em Malmö, o país foi representado por 5miinust & Puuluup com "(Nendest) narkootikumidest ei tea me (küll) midagi": depois do sexto lugar na semifinal, a canção ficou em 20.º lugar na Grande Final com 37 pontos, fruto do 13.º lugar no televoto (33) e o 25.º (e último) no júri (4).

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Fonte: Público/ Imagem e Vídeo: Eurovision.tv
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  1. Anónimo12:22

    Já ouviram falar nos Minstrels? Os cantores que pintavam a cara de preto e cantavam músicas a gozar com a comunidade negra na América?
    Isso basicamente é o Tommy Cash, a diferença é que em vez de fazer black face ele faz italian face

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  2. Anónimo08:52

    Estava a espera desta reação e não consigo ver a graça de espresso macchiato

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  3. Anónimo16:29

    Podem também excluir Malta? Pois uma canção em Inglês é o título em Maltes que pronunciado em Inglês é muito ordinária

    ResponderEliminar

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