A emissora pública da Moldávia (TRM) está a ser bastante criticada pelos gastos da delegação no Festival Eurovisão 2024 face ao contexto de dificuldades económicas no país.
Nos últimos dias, a emissora estatal da Moldávia (TRM) foi alvo de várias críticas devido aos gastos da participação no Festival Eurovisão 2024, onde o país foi representado por Natalia Barbu e "In The Middle", canção que acabou afastada na semifinal da competição. Segundo os relatórios preliminares, a delegação da Moldávia gastou 650 mil leus moldavos (cerca de 34 mil euros) na participação, o que levantou várias questões na gestão dos fundos públicos e a transparência nas despesas.
Numa reunião do Conselho de Supervisão e Desenvolvimento na Moldávia foi esclarecido que 450 mil leus moldavos (23 mil e 500 euros) foi investido pela emissora nos elementos da delegação, com Corneliu Popovic, antigo ministro da Educação, a esclarecer que o restante valor - 198 mil leus (10 mil e 357 euros) - foi investido pela cantora, ainda que tenha sido feito um pedido de retificação do orçamento da TRM para que este valor fosse também coberto pela emissora estatal.
No rescaldo da reunião do Conselho de Supervisão e Desenvolvimento foi exigido à administração da TRM a apresentação de uma lista detalhada dos membros da delegação, bem como a discriminação completa dos gastos em Malmö que foram cobertos pelos fundos estatais. O presidente do Conselho Fiscal questionou também se todos os membros da delegação eram empregados da TRM, ficando o apelo para que, num futuro próximo, a monitorização dos gastos dos fundos públicos seja melhorada.
Contudo, nas redes sociais, vários seguidores apelaram à retirada do país do Festival Eurovisão, destacando que a Roménia abandonou o certame por razões económicas e que, na última participação, teve um orçamento mais reduzido que o apresentado pela TRM deste ano.
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