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Portugal: RTP recebeu dezenas de apelos para inviabilizar a participação de Israel na Eurovisão

 A RTP recebeu, nas últimas semanas, dezenas de apelos para inviabilizar a participação de Israel no Festival Eurovisão 2024. "A decisão depende da EBU/UER da qual a RTP faz parte" esclareceu Ana Sousa Dias, provedora do telespectador.


O programa Voz do Cidadão, transmitido, esta tarde, pela RTP1, teve como principal foco a questão do conflito entre Israel e o Hamas, com um dos pontos a ser frisado a estar relacionado com a participação de Israel no Festival Eurovisão 2024. Ana Sousa Dias, provedora do telespectador da RTP, revelou que, nas últimas semanas, a RTP recebeu dezenas de apelos de telespectadores para inviabilizar a participação do país no concurso do próximo mês de maio.

"Israel é um Estado polémico e a própria inserção no quadro europeu nestas organizações, como a UEFA ou a Eurovisão, fazem com que haja crítica, especialmente por não se ter em conta a dimensão geográfica (...) e mais uma dimensão ética ou nacional. (...) Eu julgo que aqui é normal, face à situação de guerra que existe em Gaza, haja por parte de telespectadores e da opinião pública, um posicionamento e esse posicionamente vise afetar o Estado em relação aos quais esses espetadores são críticos através dessa participação que tem uma dimensão mediática elevada e uma grande projeção" frisou Filipe Vasconcelos Romão, comentador da RTP, acerca dos pedidos dos telespectadores da RTP.

Por sua vez, Gonçalo Madaíl, um dos rostos responsáveis pela participação de Portugal no Festival Eurovisão, esclareceu que a decisão de inviabilizar a participação de Israel terá de ser tomada pela EBU/UER e não por nenhum país participante: "A decisão de tudo o que é estratégico, determinante e estruturante na Eurovisão depende de um núcleo duro, chamado Grupo de Referência, onde estão representados alguns dos países participantes (...) e um Supervisor. Cabe a esse grupo e a esse supervisor uma decisão como essa, tal como aconteceu no caso da Rússia na altura da invasão da Ucrânia. Depois de uma forma ou de outra, a Eurovisão é um dos mecanismos, marcas ou eventos pertencentes à EBU (União Europeia de Radiodifusão) (...) A Eurovisão está alinhada com as ideias da EBU e a essa, enquanto organismo máximo para este tipo de decisões, cabe determinar este tipo de decisões."

Gonçalo Madaíl comentou ainda a complexidade existente no lote de participantes da Eurovisão, dando como exemplo os conflitos ativos entre a Arménia e o Azerbaijão e a Grécia e a Turquia na questão de Chipre, recordando também as manifestações existentes no concurso, como a invasão de palco em Lisboa e a mensagem humanitária de Salvador Sobral. Contudo, ainda que a EBU/UER tenha garantido a participação de Israel em Malmö, com um aumento de críticas e protestos, Gonçalo Madaíl anteve uma decisão e edição difíceis: "Sentimos essa pressão, não só nós RTP, mas a Eurovisão particularmente este ano, com a questão de Israel (...) O tema é de tal maneira fraturante que percebo e antecipo que a EBU/UER e a Eurovisão estão sempre numa posição díficil: se for o sim, será contestado; se for o não, será contestado; se for uma tentativa de posição neutral, será igualmente contestado"

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Fonte e Imagem: RTP



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  1. Anónimo17:41

    As pessoas parece que já não se lembram, mas a posição inicial da EBU era de que a Rússia podia participar na edição de 2022 como se nada fosse e só voltou atrás porque diversas emissoras ameçaram retirar-se do concurso.

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