A emissora polaca TVP foi colocada à venda pelo Ministro da Cultura do país no decorrer de uma disputa governamental. A decisão pode colocar a Polónia fora do Festival Eurovisão 2024.
O ministro da cultura do governo polaco, Bartłomiej Sienkiewicz, anunciou, nas redes sociais oficiais do ministério, o arranque do processo de liquidação da emissora estatal da Polónia (TVP), bem como da Radio Polónia e a Agência de Imprensa Polaca (PAP). "Devido à decisão do Presidente da República de suspender o financiamento dos meios de comunicação públicos, decidi liquidar as empresas (...) na situação atual, esta medida irá garantir a continuidade do funcionamento destas empresas, realizar as reestruturações necessárias e evitar despedimentos de colaboradores das referidas empresas por falta de financiamento" pode ler-se no comunicado que destaca que o processo de liquidação pode ser suspenso a qualquer momento.
A decisão do ministro da Cultura acontece no decorrer de uma guerra pelo controlo da imprensa nacional. Andrzej Duda, presidente da República da Polónia e com ligações ao anterior Executivo, suspendeu o financiamento das empresas públicas, justificando que as mesmas foram assumidas ilegalmente pelo novo primeiro-ministro, Donald Tusk, que demitiu todas as chefias e nomeou novos diretores. No decorrer da campanha eleitoral, Tusk frisou, repetidamente, o desejo de desmantelar a TVP, ainda que tenha aprovado, na sexta-feira passada, um projeto de lei associado aos orçamentos estatais, com uma verba de 691 milhões de euros para a emissora pública.
Estreante em 1994, a Polónia conta com 25 participações no Festival Eurovisão, tendo o melhor resultado sido alcançado na estreia: o 2.º lugar. Em Liverpool, Blanka representou o país com "Solo": depois do 3.º lugar na semifinal, a candidatura polaca alcançou o 19.º lugar na Grande Final com 93 pontos, fruto do 24.º lugar no júri (12) e o 8.º no televoto (81).
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