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Suécia: Que cidades (e arenas) estiveram na corrida para receber o Festival Eurovisão em 2013 e 2016?

 Com o triunfo de Loreen em Liverpool, a Suécia adquiriu o direito de receber o Festival Eurovisão de 2024, a terceira edição a ser realizada no país no século XXI. E que cidades e arenas estiveram na corrida nas anteriores edições?


Ainda que a SVT e a EBU/UER não tenham revelado a dinâmica do processo de candidaturas para as cidades interessadas em acolher o Festival Eurovisão de 2024, várias cidades já começaram a preparação das suas propostas para sediar a competição. A disponibilidade da arena entre 6 a 8 semanas, um espaço para albergar o Centro de Imprensa, um número específico de hotéis e quartos nas proximidades da arena e a proximidade com um aeroporto internacional são alguns dos requisitos esperados no caderno de encargos.

No entanto, a Suécia é um dos país mais familiarizados com o processo de candidaturas das cidades para o Festival Eurovisão, com duas realizações (2013 e 2016) nos últimos anos e com dois resultados bastante distintos: Malmö foi escolhida em 2013, enquanto Estocolmo realizou em 2016. Usando estes dois anos como base, olhemos para as cidades que estiveram na corrida (ou apenas manifestaram interesse) em sediar o Festival Eurovisão.

2013

Na noite do triunfo de Loreen em Baku, Eva Hamilton, chefe-executiva da SVT, anunciou que vários locais em Estocolmo, Gotemburgo e Malmö estavam a ser considerados para receber o Festival Eurovisão 2013, confirmando-se posteriormente que as três cidades disputariam o direito de receber o concurso internacional. Na época, o jornal Expressen apresentou a possibilidade do concurso internacional ser disputado nas três cidades, com as semifinais em Malmö e Gotemburgo e a Grande Final em Estocolmo, com a SVT a considerar a proposta inviável.

A 20 de junho de 2012, Gotemburgo abandonou a disputa devido à organização do Götenborg Horse Show no final de abril de 2013, manifestando também algumas dificuldades na reserva do número de quartos para a organização do evento. Contudo, a cidade havia sido a única a apresentar dois locais para a organização do evento: o Svenska Massan (em português, Centro Sueco de Exposições de Congressos) encabeçava a candidatura, com a intenção de realizar o evento num dos centros de exposição, não tendo sido revelada a capacidade do espaço; e o Scandinavium, sede do Festival Eurovisão de 1985, com uma capacidade estimada de 12 a 13 mil espectadores, ainda que tenham sido levantadas algumas reservas sobre a altura e a capacidade de suporte do teto do recinto.

Com a saída de Gotemburgo, a disputa ficou reduzida a duas propostas: Estocolmo e Malmö. A proposta de Estocolmo era apontada como a grande favorita, sendo encabeçada pela Friends Arena, arena localizada em Solna e com capacidade para cerca de 60 mil espectadores, seria inaugurada em outubro de 2012 e receberia a Final do Melodifestivalen em 2013, recebendo a final da competição desde então, com excepção de 2021, ano em que o evento foi realizado sem público.

Contudo, a intenção confirmada da EBU/UER e da SVT em realizarem uma "uma edição mais reduzida", com o objetivo de reduzir os custos associados ao evento, levaram à escolha de Malmö, com o anúncio a acontecer a 8 de julhoInaugurada em novembro de 2008, a Malmö Arena conta com uma capacidade de 15 mil espectadores para concertos, sendo a segunda maior arena coberta da Suécia. A proximidade com a estação ferroviária de Hyllie, com ligações às estações de Malmö e Copenhaga, bem como ao Aeroporto de Copenhaga, foi um dos pontos fortes da candidatura.

2016

Ainda que tenha manifestado interesse em organizar o concurso internacional na Tele2 Arena, conforme anunciou na noite de triunfo de Mans Zelmerlow em Viena, a SVT anunciou, a 1 de junho, a abertura das inscrições para as cidades interessadas em receber o Festival Eurovisão. Malmö, a escolhida de 2013, reentrou na corrida com a Malmö Arena, retirando a candidatura a 11 de junho, devido a indisponibilidade do recinto durante as semanas dos ensaios. Gotemburgo, que também havia estado na corrida em 2013, voltou a entrar na disputa, novamente com duas arenas: o Scandinavium, sede do concurso de 1985, e o estádio Ullevi, com capacidade para receber 75 mil espectadores, mas que obrigaria à construção de uma cobertura, ideia que foi recusada.

Outras cidades entraram na corrida, motivadas pela recepção de algumas galas do Melodifestivalen ao longo dos anos. Linköping entrou na disputa com Saab Arena, construída em 2004 e com capacidade máxima para 11 mil espectadores, a arena recebeu galas da final nacional sueca em 2005, 2008, 2011, 2017, 2020 e 2023, mas poderá ter sido inviabilizada devido à lotação do espaço. O mesmo aconteceu com Örnsköldsvik e a sua candidatura com a Hägglunds Arena, uma das sedes da final nacional de 2007, 2010 e 2014, mas cuja capacidade máxima de 10 mil espectadores, ficara aquém dos mínimos da EBU/UER. Por fim, Sandviken e Gävle apresentaram uma proposta conjunta com a Göransson Arena, em Sandviken, a encabeçar a candidatura, sendo que, em caso de escolha, Gavle receberia os eventos satélites da competição internacional.

Com a retirada e a inviabilidade da maioria das propostas, Estocolmo ganhou (novamente) favoritismo na corrida pela organização, tendo sido anunciada como cidade anfitriã do Festival Eurovisão 2016 a 8 de julho. Contudo, a Arena Tele2, apontada como a favorita da SVT, acabou por ficar de fora, não tendo havido acordo com o Hammarby Fotboll para a reorganização dos jogos agendados para as semanas de montagem do palco. Assim, a arena apenas recebeu o Eurovision The Party, realizado na noite do evento, com o Festival Eurovisão a ser transmitido nos ecrãs gigantes dentro da arena. A escolha acabou por ser a vizinha Globen, atualmente denominada Avicii Arena. Com capacidade para 16 mil espectadores, a arena já havia recebido o Festival Eurovisão de 2000, bem como as Finais do Melodifestivalen de 1989 e de 2002 a 2012. A Friends Arena acabou por não ser incluída na candidatura de Estocolmo, o mesmo acontecendo com o Annexet, local anexo ao Globen e que receberia o Melodifestivalen de 2021, e o Hovet, com capacidade para apenas 8 mil espectadores, mas que foram mencionados como potenciais candidatos.

2024

Ainda que não tenha sido aberto oficialmente o processo de candidaturas para o Festival Eurovisão 2024, várias cidades já manifestaram interesse na organização, com outras a serem motivadas por instituições locais para entrarem na corrida. Gotemburgo apresentar-se-à com a Scadinavium, ainda que o local esteja em vias de entrar num processo de demolição e reconstrução, enquanto Malmö ponderará a entrada na corrida com a Malmö Arena. A cidade de Estkilstuna também pondera etrar com a Stiga Sports Arena, uma das sedes do Melodifestivalen 2020, enquanto Jönköping está a ser pressionada para concorrer com o Husqvarna Garden, contando já com oposição da Agência de Turismo da cidade.

A cidade de Partille também mencionou a possível candidatura da Parille Arena, sede do Eurovision Choir 2019 mas com uma capacidade máxima de apenas 5 mil espectadores, enquanto Sandviken aponta a Göransson Arena, desta vez com uma candidatura a solo. Örnsköldvik também deverá repetir a candidatura de 2016 com a Hägglunds Arena.

No entanto, as atenções voltam a estar centradas em Estocolmo, começando pela primeira baixa: o Avicci Arena (ou Globen) está fora das possibilidades, devido às obras previstas para 2024 que ajustarão o recinto para os jogos de hóquei no gelo e que passarão também pela demolição do Hovet, uma arena anexa ao recinto. Deste modo, as opções reduzem-se a duas: Friends Arena e Tele2 Arena. Contudo, as duas propostas contam já com forte oposição dos clubes que jogam nos recintos habitualmente: o AIK Fotboll na Friends Arena e os Djurgardens IF e o Hammarby Fotboll, com os clubes a recusarem mudar de local para os jogos no auge do calendários desportivo. No entanto, um eventual acordo com a SVT e as entidades locais poderão resolver a situação.

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Fonte: SVT / Imagem e Vídeo: Eurovision.tv
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