[ESPECIAL] Que cantores falharam, este ano, o regresso ao Festival Eurovisão?

Num ano marcado pelo regresso de quatro artistas ao palco do Festival Eurovisão, com destaque para o triunfo de Loreen e a melhoria dos anteriores resultados de Marco Mengoni e Monika Linkyte, recorde connosco os artistas eurovisivos que falharam, este ano, o regresso ao formato.

Ano após ano, vários são os artistas que regressam ao Festival Eurovisão. Loreen (Suécia 2012), Marco Mengoni (Itália 2013), Monika Linkyte (Lituânia 2015) e Pasha Parfani (Moldávia 2012) regressaram, este ano, ao formato, com os três primeiros a igualarem/melhorarem a anterior marca, ainda que todos tenham marcado presença na Grande Final. Também Iru regressou aos eventos eurovisivos, depois do triunfo no Festival Eurovisão Júnior, tendo falhado o apuramento para a Final da competição sénior.

No último dia do mês eurovisivo, recorde connosco todos os artistas eurovisivos que falharam o regresso ao Festival Eurovisão, incluindo os artistas de 2020 que tentaram, em 2023, a concretização do seu sonho eurovisivo:

Alfred García (Espanha 2018)

Concorrente da Operación Triunfo, Alfred García adquiriu o direito de representar Espanha no Festival Eurovisão 2018 em Lisboa com Amaia Romero em defesa de "Tu Canción" depois da vitória na Gala Eurovisión. No concurso, a canção ficou em 23.º lugar na Grande Final com 61 pontos, 14 oriundos de Portugal (12 do televoto e 2 do júri). Em 2023, o cantor concorreu ao Benidorm Fest 2023 com "Desde Que Tú Estás" tendo ficado em 5.º lugar na semifinal com 102 pontos, a 3 pontos do apuramento para a Final da competição.

Alicja Szemplińska (Polónia 2020)

Vencedora do Szansa Na Sukces com "Empires", Alicja representaria a Polónia no Festival Eurovisão 2020, certame que foi cancelado devido à pandemia de Covid-19. Ainda que tenha manifestado interesse em representar o país em 2021, a emissora TVP optou pela escolha interna de Rafal Brzozowski. Em 2023, a cantora participou no Tu bije serce Europy! Wybieramy hit na Eurowizję! com "New Home" terminando em 6.º lugar com 10 pontos, fruto do 6.º lugar no júri (5) e no público (5).

Aliona Moon (Moldávia 2013)

Depois de ter sido backing singer de Pasha Parfani em Baku, Aliona Moon disputou o O Melodie Pentru Europa 2013 com "A Million", tema de Pasha Parfani, tendo adquirido o direito de representar a Moldávia em Malmö. Com a mudança da canção de inglês para romeno, intitulando-se "O Mie", a cantora alcançou o 11.º lugar na Grande Final com 71 pontos. Dez anos depois, regressou à final nacional moldava com "Du-mă", tendo ficado em 3.º lugar na Final com 17 pontos, fruto do 2.º lugar no júri (10) e o 4.º no televoto (7).

Anna Oxa (Itália 1989)

Anna Oxa representou Itália no Festival Eurovisão de 1989 com "Avrei Voluto", ao lado de Fausto Leali, depois do triunfo no Festival di Sanremo 1989, tendo alcançado o 9.º lugar com 56 pontos, 7 deles oriundos de Portugal. Ainda que o Festival di Sanremo não seja diretamente uma final nacional eurovisiva, mas um concurso onde o vencedor é convidado para representar Itália na Eurovisão, Anna Oxa esteve entre as concorrentes do evento deste ano com "Sali (Canto Dell'Anima)" a ficar em 25.º lugar entre 28 concorrentes.

Cláudia Pascoal (Portugal 2018)

Vencedora do Festival da Canção 2018 com "O Jardim", tema composto por Isaura, Cláudia Pascoal foi a representante de Portugal no Festival Eurovisão 2018 em Lisboa. Na Grande Final, a canção acabaria por ficar em 26.º (e último) lugar com 39 pontos, fruto do 25.º lugar no júri (21) e o 25.º no público (18). Em 2023, a cantora foi convidada pela RTP para o Festival da Canção 2023, tendo interpretado e composto "Nasci Maria", tema que venceu a semifinal e que ficou em 3.º lugar na Grande Final com 12 pontos, oriundos do 3.º lugar no júri (8) e o 7.º no televoto (4).

Damir Kedzo (Croácia 2020)

Eliminado na primeira ronda do DORA 2011, Damir Kedze regressou à corrida para representar a Croácia no Festival Eurovisão 2020 com "Divlji Vjetre", tema com que venceu a competição e adquiriu o passaporte eurovisivo, tendo a competição sido cancelada devido à pandemia de Covid-19. Depois de recusar o convite para disputar a edição de 2011, Damir entrou no DORA 2023 com "Angels And Demons", terminando em 5.º lugar com 103 pontos, fruto do 6.º lugar do júri (44) e o 4.º no televoto (59).

Fabrizio Faniello (Malta 2001 e 2006)

Fabrizio Faniello representou Malta no Festival Eurovisão em duas ocasiões: em 2001, defendeu "Another Summer Night" em Copenhaga, conquistando o 9.º lugar com 48 pontos (onde recebeu os 12 pontos do país anfitrião), enquanto, em 2006, levou "I Do" a Atenas, onde terminou em 24.º (e último) lugar na Grande Final, onde teve acesso direto, com apenas 1 ponto oriundo da Albânia. Além disso, Fabrizio contou com 8 participações nas finais nacionais entre 1998 e 2014, com destaque para os segundos lugares alcançados em 1998 e 2000. Em 2023 regressou ao Malta Eurovision Song Contest com "Try To Be Better" terminando em 8.º lugar com 21 pontos, fruto do 8.º lugar no júri (12) e o 7.º no público (9).

Jessika Muscat (São Marino 2018)

Ao lado da alemã Jenifer Brening, a cantora maltesa Jessika Muscat venceu o 1in360 adquirindo o direito de representar São Marino no Festival Eurovisão 2018 em Lisboa com "Who We Are", tema que acabou em 17.º lugar na semifinal com 28 pontos, falhando o apuramento para a Grande Final. Antes disso, a cantora tentou representar Malta em todas as edições entre 2008 e 2017, tendo como melhor resultado o 7.º lugar em 2016 com "The Flame". Em 2023 regressou à final nacional com "Unapologetic", tema eliminado nos quartos-de-final.

JOWST (Noruega 2017)

Artisticamente conhecido como JOWST, o produtor Joakim With Steen representou a Noruega no Festival Eurovisão 2017 em Kiev com "Grab The Moment", ao lado do cantor Aleksander Walmann, terminando em 10.º lugar na Grande Final com 158 pontos, 2 deles oriundos do júri português. Depois de ter sido um dos compositores de um dos temas da final nacional de 2018, JOWST regressou em 2023 ao Melodi Grand Prix ao lado de Byron Williams Jr. com "Freaky for the Weekend", tema que acabou por falhar o apuramento para a Grande Final na primeira semifinal.

Justs (Letónia 2016)

Vencedor do Supernova 2016 com "Heartbeat", Justs representou a Letónia no Festival Eurovisão 2016, tendo alcançado o 15.º lugar na Grande Final, tendo sido a última presença do país numa final eurovisiva. Depois de ter co-apresentado a edição de 2018, Justs regressou, em 2023, ao Supernova com "Stranger", tema que acabou por ser eliminado na semifinal da competição.

Kate Gulbrandsen (Noruega 1987)

Vencedora do Melodi Grand Prix 1987, Kate Gulbrandsen representou a Noruega no Festival Eurovisão de 1987 com "Mitt Liv" (em português, Minha Vida), terminando em 9.º lugar com 65 pontos, nenhum deles oriundo de Portugal. Em 1989 voltou a participar na final nacional norueguesa com "Nærhet", ficando de fora dos finalistas da edição. Em 2023 regressa ao Melodi Grand Prix com "Tårer i paradis", tema que falhou o apuramento na primeira semifinal da competição.

Loulou Lamotte (Suécia 2020)

Integrante do grupo The Mamas, Loulou acompanhou John Lundvik no Festival Eurovisão 2019 em Telavive, depois do triunfo no Melodifestivalen 2019, com "Too Late For Love", que terminou em 5.º lugar na Grande Final. No ano seguinte, o grupo concorrente ao Melodifestivalen 2020 com "Move", tema que se sagra vencedor e representante da Suécia no Festival Eurovisão 2020, evento que seria cancelado devido à pandemia de Covid-19. Em 2021, o trio regressa ao concurso com "In The Middle", ficando em 3.º lugar, enquanto Loulou Lamotte participa, em 2023, a solo na competição com "Inga Sorger", não indo além do 5.º lugar na semifinal 1.

Robin Juhkental (Estónia 2010)

Vocalista dos Malcolm Lincoln, Robin Junkental representou a Estónia no Festival Eurovisão 2010 depois do triunfo no Eesti Laul 2010. Em defesa de "Siren", o cantor ficou em 14.º lugar na semifinal com 39 pontos, 4 oriundos de Portugal, ficando de fora do lote de apurados. Em 2015 regressou à final nacional com "Troubles", ficando em 6.º lugar na Grande Final, voltando a participar em 2023 com "Kurbuse Matused", tema com que ficou em 10.º (e último) lugar na semifinal.

Ronela Hajati (Albânia 2022)

Vencedora do Festivali i Këngës, Ronela Hajati representou a Albânia no Festival Eurovisão 2022 com "Sekret", tema que acabaria por ficar em 12.º lugar na semifinal com 58 pontos, nenhum deles oriundo de Portugal, falhando o apuramento para a Grande Final. Em 2023, Ronela entra a concurso no Una Voce Per San Marino com "Salvaje", tema que alcança a Grande Final da competição, ficando fora das escolhas de São Marino para o Festival Eurovisão 2023.

Sunstroke Project (Moldávia 2010 e 2017)

Os Sunstroke Project contam com duas participações no Festival Eurovisão. A primeira aconteceu em 2010 com "Run Away", ao lado de Olia Tira, tendo alcançado o 22.º lugar na Grande Final com 27 pontos, 6 deles oriundos de Portugal. Em 2017, regressam ao concurso internacional com "Hey Mamma", tema que alcança o 3.º lugar na Grande Final com 374 pontos, 18 oriundos de Portugal (12 do televoto e 6 do júri), sendo o melhor resultado de sempre do país. Depois das participações nas finais nacionais em 2009 (3.º), 2012 (SF) e 2015 (3.º), os Sunstroke Project, agora reduzidos a dois elementos, regressaram à final nacional com "Yummy Mommy", terminando em 2.º lugar com 18 pontos, fruto do 3.º lugar no júri (8) e o 2.º no televoto (10), perdendo o passaporte eurovisivo para Pasha Parfani, o primeiro vocalista da banda.

Stig Van Eijk (Noruega 1999)

Vencedor do Melodi Grand Prix de 1999, Stig Van Eijk representou a Noruega no Festival Eurovisão em Jerusalém com "Living My Life Without You", tema que terminou em 14.º lugar com 35 pontos, nenhum deles oriundo de Portugal. Em 2023, o cantor regressou à final nacional norueguesa com "Someday", falhando o apuramento para a Grande Final na terceira semifinal.

Tijana Dapčević (Macedónia do Norte 2014)

Depois de ter tentado representar a Sérvia e Montenegro em 2006 com "Greh", tema que ficou em oitavo lugar no Evropesma, Tijana foi escolhida internamente para representar a Macedónia do Norte no Festival Eurovisão 2014 com "To The Sky", tema que ficou em 13.º lugar na semifinal com 33 pontos. Após a participação na final nacional do ano passado, onde terminou em 11.º lugar, Tijana entrou, este ano, novamente na corrida para representar a Sérvia na Eurovisão, com "Mamim" a ficar em 10.º lugar na semifinal, a 1 ponto do apuramento.

Tom Dice (Bélgica 2010)

Escolhido internamente, Tom Dice representou a Bélgica no Festival Eurovisão 2010 com "Me And My Guitar" onde alcançou o primeiro apuramento belga para a Grande Final desde a introdução das semifinais. Na Grande Final, Tom Dice ficou em 6.º lugar com 143 pontos, 5 deles de Portugal. Ao lado de Kato Callebaut formou o duo The Starlings, entrando no Eurosong 2023 com "Rollercoaster", tema que ficou em 2.º lugar com 277 pontos, gruto do 1.º lugar no televoto (183) e o 5.º no júri (94), ficando a apenas 1 ponto do triunfo na competição.

Ulrikke (Noruega 2020)

Ulrikke estreou-se no Melodi Grand Prix em 2017 com "Places", tema com que alcançou o 4.º lugar na Grande Final. Três anos depois, regressa ao concurso com "Attention", tema com que ganha o direito de representar a Noruega no Festival Eurovisão 2020: contudo, cerca de um mês após a vitória, a edição internacional é cancelada devido à pandemia de Covid-19. A cantora foi convidada pela NRK para a edição do MGP de 2021, com uma passagem direta à Final, mas rejeita o convite. Em 2023, Ulrikke volta ao concurso com "Honestly", terminando em 2.º lugar na Grande Final com 138 pontos, fruto do 3.º lugar do júri (60) e o 2.º no televoto (78).

Victor Crone (Estónia 2019)

Depois da participação no Melodifestivalen 2015, onde acabou eliminado no Andra Chansen, Victor Crone concorreu ao Eesti Laul 2019 com "Storm", adquirindo o direito de representar a Estónia no Festival Eurovisão 2019. Em Telavive, o cantor alcançou o 20.º lugar na Grande Final com 76 pontos, nenhum de Portugal ainda que tenha ganho o televoto português na semifinal. Em 2020 participa no Melodifestivalen com "Troubled Waters", terminando em 9.º lugar, tendo regressado ao evento em 2023 com "Diamonds", tema que acabou por ficar em 6.º lugar na semifinal de respecagem, falhando o apuramento para a Grande Final.

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Fonte e Imagem: ESCPORTUGAL / Vídeo: Eurovision.tv