O Presidente francês Emmanuel Macron lamentou, em comunicado, o falecimento da cantora portuguesa Linda de Suza, evocando-a como "ícone dos destinos cruzados" entre franceses e portugueses.
Num comunicado oficial emitido na noite de quarta-feira pelo Palácio do Eliseu, o presidente francês Emmanuel Macron e a sua mulher, Brigitte Macron, exprimiram as condolências à família, amigos e admiradores da cantora portuguesa Linda de Suza, um dos maiores nomes da música portuguesa nas comunidades da diáspora e uma das artistas de maior sucesso em França na década de 80 do século passado.
"No cruzamento de duas culturas, de duas línguas, traduzindo em português os seus maiores sucessos em francês, ela afirmou-se como um ícone dos destinos cruzados dos nossos dois povos" escreveu Emmanuel Macron, lembrando as dificuldades da artista antes da partida para França, "com uma família que a asfixiava" devido ao estatuto de mãe solteira, mas que teve "uma recompensa inesperada" quando foi descoberta por Claude Carrère. O chefe de Estado assinalou ainda o "tom de veludo" da voz de Linda de Suza, relembrando o apoio público da artista aquando da entrada de Portugal na CEE, bem como a "ligação profunda com o público que nunca cessou verdadeiramente", mesmo com a sua retirada de cena.
Linda de Suza, nascida Teolinda Joaquina de Sousa, fez carreira na área da música depois de ter emigrado em 1970 para França, onde foi uma das artistas de maior sucesso, com milhões de discos vendidos. Em 1984 liderou o júri do Festival da Canção, gala onde foi a responsável pelas atuações da primeira parte. Faleceu ontem, 28 de dezembro, aos 74 anos, vítima de Covid-19, com as cerimónias fúnebres a decorrerem em Paris a 6 de janeiro.
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