Salvador Sobral, vencedor do Festival Eurovisão 2017, mostra-se arrependido pelas críticas que fez ao certame, afirmando estar "verdadeiramente agradecido" pela vitória
Desde a sua vitória no Festival Eurovisão 2017, Salvador Sobral fez por diversas ocasiões polémicas declarações acerca da competição europeia. A primeira delas foi precisamente na noite da Grande Final, quando no discurso após a vitória se referiu à mesma como o triunfo da "música que realmente significa algo", em detrimento da "música fast-food sem qualquer conteúdo". Tais palavras foram criticadas não só por espectadores do Festival Eurovisão, mas também por concorrentes do Festival Eurovisão 2017, como foi o caso de Robin Bengtsson. Em entrevista com Augsburger Allgemeinen, Salvador diz que "muitas pessoas entenderam isso de forma errada e pensaram que eu era um brincalhão arrogante".
Salvador Sobral afirma assim ainda ter dito "muitas coisas sem sentido depois de vencer a Eurovisão", mencionando uma entrevista em que se referiu ao Festiva Eurovisão como a sua "prostituição pessoal": "Eu não o devia ter feito. Eu quis ser engraçado e parecer um pouco rebelde. Hoje, eu sei o quão importante foi para o meu país, mas também para a Europa. Por exemplo, quando vais à Islândia e ouves as pessoas cantar 'Amar pelos dois' em português, isso mexe muito contigo" - disse Salvador. Não obstante o certame não ser o seu universo musical, o mesmo diz apreciar "a ideia unificadora do Festival Eurovisão".
Após um ano de ausência no Festival Eurovisão, Portugal regressou à competição em 2017. Salvador Sobral venceu o Festival da Canção desse mesmo ano, ganhando assim o direito a representar Portugal com a canção "Amar pelos dois". Desde o início apontado como um dos favoritos da edição, Salvador Sobral conseguiu para Portugal a sua primeira e única vitória na competição, com um recorde de 758 pontos.
A (lamentável) frase da "prostituição pessoal" disse-a já uns anos depois (num "late-night show" sueco), quando já teria tido certamente tempo para refletir o que "sem sentido" tinha dito antes. Sendo tão crítico em relação ao ESC e considerando não se integrar a sua música num evento assim, por que razão canta nos seus espetáculos (internacionais) canções do ESC (fê-lo em Tallin, por exemplo)?
ResponderEliminarDe todos os centos de concertos que tem feito nestes ultimos quatro anos só tem cantado DOIS canções eurovisivas ("Nagu merelaine" em Tallinn e "La det swinge" em Oslo), não se pode dizer que "é coisa que faça sempre" quando só tem feito DOIS vezes nos ultimos quatro anos e que inclusivel tem cantado e rescatado do esquecimento canções tipicas da Madeira e da Espanha vaziada
EliminarConcordo. Em 2018 na Eurovisao em Lisboa após terminar de cantar com o Caetano Veloso tambem mandou bocas quando estavam aplaudi-lo sobre a “real music”, a desdenhar todos os demais a concurso. Em vários momentos e durante um largo intervalo de tempo repetiu uma e outra vez sempre as mesmas coisas.. Teve tempo suficiente para refletir e ainda assim continuava sempre a bater na mesma tecla em variados ocasiões e contextos. Não foram comentários feitos pontualmente ou “no calor do momento” sem pensar duas vezes. Foi algo continuo...
Eliminar23:22 Fez muito bem. Os eurofas escreveram coisas piores sobre ele online.
EliminarEu já fui stan dele e também estive numa fase de comentar por aí negativamente as suas atitudes. Mas também era um problema meu e da necessidade de impor as minhas expectativas nos outros e demasiadas redes sociais.
ResponderEliminarRecentemente vi a conversa dele com a Bumba Na Fofinha no youtube e lembrei-me que gosto genuinamente de o ouvir a falar (apesar de há uns tempos atrás me dava um gatilho quando ele falava sobre o ESC).
Estou feliz que ele esteja a mudar opinião sobre o ESC e reconhecer que estava errado. Erramos todos, erros de todos os tipos e tamanhos mas o que importa é mesmo a vontade de querer sermos a melhor versão do ontem.
Desejo-lhe as melhores energias para ele e para o seu caminho profissional!
Foram sim comentários de alguém que quer ser engraçado e rebelde e soa só a ingrato. E o desajuste não se deu só com o ESC, qdo duas semanas depois, com um Pavilhão Atlântico a cantar em uníssono a sua canção, brindou todos com a referência ao peido. Felizmente já passou por suficientes desafios na vida para saber que o que se tem hoje, pode significar um grande nada amanhã... tal como praticamente o que era a sua carreira antes do FC. Mas vai sempre a tempo de reflectir e ser grato.
ResponderEliminarEu acho que já é tempo de parar com estes discursos de reprovação e de arrependimento sobre um assunto que dissecado não tem qualquer aproveitamento útil. Disse, está dito e está morto. A vida é feita de avanços e recuos sistemáticos, de ciclos a que ninguém escapa. É por isso que existem os partidos políticos para que as oportunidades de uns não anulem as dos outros que estão sempre à espreita das escorregadelas de quem está no poder.
ResponderEliminarAcho tão ridiculo como media internacionais (Eurovoix por exemplo) distorcem o que ele sempre diz. Ele não pediu desculpa, apenas refletiu, amadureceu e entendeu que foi errado. O rapaz naquela altura andava doente, tanto mentalmente como emocionalmente, embora nade justifica o que disse, entendo o porquê de ter acontecido. Só não entendo porque é que ficam tao ofendidos com a opiniao dele, especialmente os eurofãs, até parece que a maioria dos artistas que vai ao ESC não pensa o mesmo, so vao la para ter alguma visibilidade, nada mais.
ResponderEliminarDizem coisas piores que o Sobral no twitter, fazem bullying online a torto e a direito e depois armam-se em santinhos da vida, haja paciencia.
Alguns eurofas mais radicais insultam o rapaz e só ficam ofendidos porque o salvador DISSE A VERDADE sobre o concurso, digo-o sendo eurofã.
Nada vai mudar o facto do Sobral ser o vencedor com mais pontos, o vencedor com o discurso mais IMPACTANTE, nao foram os eurofas ressabiados do twitter que votaram nele, esses sao minoria, foram os locals e a europa INTEIRA, gente que nao segue o ESC mas que ouviu a cançao e se identificou com o que ele fez naquele palco.
Não precisou de fogo de artificio, notas altas ou de ''chocar'' o publico em palco, não foi so mais um priviligeado bonitao, a simplicidade, a música ganhou e isso é muito mais dificil de conseguir.
Numa sociedade habituada a risos falsos, que acha que a quantidade de streams que um artista tem define o seu sucesso, talento e influencia, não dá para pedir muito.
Se acham que ele disse barbaridades apertem os cintos...
ResponderEliminarDaquela boca ainda pode sair muito mais.