Michael Kealy, chefe de delegação da Irlanda, admite que o país poderá voltar a apostar numa final nacional para o Festival Eurovisão, algo que não acontece desde 2015.
Depois de ter ficado em último lugar na semifinal em duas edições consecutivas, a emissora estatal da Irlanda pondera mudar os planos para a seleção dos seus representantes para o Festival Eurovisão. O anúncio foi feito por Michael Kealy, chefe de delegação do país, em declarações ao Irish Sun, frisando que o regresso da final nacional é bastante provável: "Acho que é hora de voltarmos a pedir ao público a sua opinião sobre o que fazemos, mas devemos encontrar uma maneira eficaz e económica de o fazer" afirmou, depois de vários participantes apelarem ao regresso de uma gala de seleção.
"Outros países são capazes de investir significativamente mais dinheiro e recursos nos processos de seleção, bem como equipas de preparação e suporte do que uma pequena emissora cronicamente subfinanciada como a RTÉ, que é um facto que não podemos ignorar" relembrou, frisando que qualquer decisão a ser tomada terá de ir em conta ao orçamento bastante restrito da RTÉ. De realçar que o Eurosong foi utilizado pela última vez em 2015: desde então o país escolheu internamente os seus representantes, marcando apenas presença na Grande Final de 2018 em Lisboa com Ryan O'Shaughnessy a ficar em 16.º lugar.
Em 2021, a Irlanda foi representada por Lesley Roy, cantora que já havia sido escolhida para o Festival Eurovisão de 2020. Com "Maps", a candidatura irlandesa não foi além do 16.º (e último) lugar na semifinal com 20 pontos, tendo sido a 15.ª classificada na votação do júri (16 pontos) e do televoto (4 pontos).
Se a RTÉ, com 4 canais de TV mais 10 de rádio (4 FM e 6 online) mais a sua própria plataforma de streaming e com um orçamento em 2019 de 342 milhões de euros, é subfinanciada e não consegue fazer uma final nacional para a Eurovisão, não quero imaginar o que é a RTP com os seus 8 canais de TV mais 15 de rádio (8 FM e 7 online) mais a sua própria plataforma de streaming que também tem conteúdos próprios e com um orçamento em 2019 de 220 milhões de euros e que faz o FdC todos os anos.
ResponderEliminarPois, é neste casos que de facto, começo a perceber a pouca produção do nosso festival. Se outros com maior orçamento não conseguem, é de louvar o que fazemos nós.
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