A União Europeia de Radiodifusão (EBU/UER) lançou um comunicado onde manifesta a sua preocupação com a transparência da emissora da República Checa.
Delphine Ernotte Cunci, presidente da EBU/UER e CEO da France Télévisions, e Noel Curran, diretor-geral da EBU/UER, lançaram um comunicado onde manifestaram as suas preocupações sobre a transparência da informação da Ceská Televize (CT), emissora estatal da República Checa. O comunicado realça que o objetivo das emissoras de serviço pública é a representação justa da varidade de opiniões, culturas e nações, manifestando que a liberdade de informação está "cada vez mais sobre ataque" e que a COVID-19 "parece agravar a situação, visto que possíveis manifestações de revolta" podem ser sufocadas pelo Estado para salvaguardar a saúde pública.
A questão da República Checa está relacionada com a intenção do Governo de afastar o responsável da emissora checa Petr Dvorak, CEO da CT desde 2011 e o primeiro vice-presidente da EBU/UER de um país da Europa Central e Oriental. Petr Dvořák é conhecido por defender os valores progressistas e os valores da inclusão, do respeito pela liberdade de opinião e diversidade, o que "não é compartilhado pelos valores conservadores de Andrej Babis, primeiro ministro da República Checa", conforme avança a imprensa do país.
Segundo vários jornais, as relações de Petr Dvořák com os demais membros do Conselho de Administração da CT foram "rompidas" no ano passado quando Pavel Matocha, colaborador de Hana Lipovska, atual presidente do Conselho, ocupou um lugar no orgão de fiscalização. Na última semana, Hana Lipovska atacou publicamente Petr Dvorak, acusando o CEO da CT de conflito de interesses, por ser co-proprietário da empresa Gopas.
A EBU/UER garante que as acusações poderão ser um ataque às eleições do Conselho da emissora checa, que estão agendadas para 13 de abril, frisando que os membros do Conselho poderão ser influenciados pela politíca na gestão da emissora estatal e que a transparência das informações será afetada. O organismo europeu admite também o receio que a lista de candidatos para as próximas eleições apenas incluam elementos com afiliações políticas ao partido no poder ou a outros partidos conservadores. Contudo, até ao momento, a CT ainda não reagiu ao comunicado da EBU/UER.
Politiquices que desmascaram e denunciam o verdadeiro estado de calamidade em que o festival da Eurovisão se tem tornado e que já não engana ninguém.
ResponderEliminarAs politiquices sempre existiram e sempre vão existir. Quando em 1956 se juntaram os primeiros sete países, automaticamente trazes com cada país as suas eventuais novelas políticas. A diferença é que hoje vive-se cada novela excessivamente às claras e ao segundo sabes uma polémica nova graças àa redes sociais e à intenet. Seria ingénuo achar que uma competição destas que reuné tantos países não haveria de ser a plataforma perfeita para os grandes e poderosos da política e da televisão "levantar toda a poeira" debaixo dos seus tapetes. Agora aguentamos, sem ter encomendado sermão.
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