A cantora Manizha denunciou o ódio recebido nas redes sociais depois de ter vencido a final nacional russa.
Depois da vitória na final nacional russa, a cantora Manizha tem sido alvo de várias críticas e mensagens de ódio através das redes sociais, sendo acusada de promover "valores anti-russos", como os direitos das mulheres e o apoio da comunidade LGBT. O elevado número de críticas e a pressão dos órgãos de comunicação levou à abertura de um processo no Comité de Investigação para analisar a letra da canção, cujo resultado não foi comunicado até ao momento.
No entanto, a cantora utilizou as redes sociais para denunciar todas as mensagens de ódio recebidas durante o período, aproveitando também para agradecer a todos os que a apoiaram desde a escolha para o Festival Eurovisão 2021. Antes disso, a cantora já havia partilhado um vídeo de paródia no Youtube, respondendo aos críticos que afirmavam que a cantora não tinha nacionalidade russa... e que tinha subornado os empregados da Channel One.
Estreante em 1994, a Rússia participou em 22 edições do Festival Eurovisão, contando com uma vitória (2008) e outras sete presenças no pódio do certame. Depois da retirada da edição de 2017 devido à proibição imposta a Julia Samoylova, a Rússia foi representada pela cantora em Lisboa, ficando de fora da Grande Final pela primeira vez. Em Telavive, Sergey Lazarev alcançou o 3.º lugar na Final com "Scream" com 370 pontos, sendo a segunda canção mais votada pelo televoto português. Em 2020, o país seria representado pelos Little Big e "Uno".
Uma pergunta, se a Russia fosse o país organizador e houvesse algum artista a concurso com uma música pró-lgbt ou feminista também seria tratado desta forma? Será que os cidadãos russos também lhes enviariam messagens de ódio e ameaças de morte?
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