Simone de Oliveira foi uma das primeiras personalidades a reagir ao falecimento de Carlos do Carmo: "Para além da morte do cantor, é a morte de um grande amigo, com quem eu convivi a vida toda. Era um cantor extraordinário".
A cantora Simone de Oliveira, representante de Portugal no Festival Eurovisão de 1965 e 1969, foi uma das primeiras personalidades a reagir ao falecimento de Carlos do Carmo. Em declarações à SIC Notícias e à RTP3, a cantora, bastante emocionada, destacou a longa amizade com o fadista: "Esta era uma notícia com a qual eu não queria acordar, nem agora nem nunca (...) Para além da morte do cantor, é a morte de um grande amigo, com quem eu convivi a vida toda. Era um cantor extraordinário, um homem a quem os poetas devem muito - ele tentou trazer para o fado os grandes poetas da nossa língua. É uma personalidade que se perde. É tão difícil falar do Carlos do Carmo sem que uma pessoa fique sem vontade de dizer nada".
A artista recordou também que foi Carlos do Carmo o responsável por ter voltado a cantar, depois de ter perdido a voz no final da década de 1960: "Eu era locutora de continuidade no Casino da Figueira e apresentava os meus colegas e amigos, e um dia apresentei o Carlos, e fui lá para trás sossegada, até que de repente ele chamou-me: ‘Ó Simone, chega aqui’. Pensei que me tinha esquecido de algo, mas não. Ele deu-me o braço e pediu à orquestra para tocar dois tons abaixo a canção ‘The Shadow of your Smile’, que cantámos juntos e foi assim. Aprendi a cantar com outra voz" recordou, "Portugal perde uma figura ímpar da cultura - é um facto - e eu perco um grande amigo".
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