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[Rumo a Roterdão] Gebrasy: "O Salvador Sobral é, para mim, o melhor vencedor de sempre"


Audrius Petrauskas, artisticamente conhecido como Gebrasy, é outro dos artistas que está de regresso à corrida para representar a Lituânia no Festival Eurovisão. O cantor esteve à conversa com o ESCPORTUGAL na rubrica Rumo a Roterdão.


A Lituânia é um dos países que optou pela realização da sua final nacional para o Festival Eurovisão de 2021, com o Pabandom iš naujo a contar com a participação de 22 artistas entre duas eliminatórias, uma semifinal e a Grande Final, agendada para 6 de fevereiro. Depois de Rapolas Meskauskas e Gabrielius Vagelis, o ESCPORTUGAL, na rubrica Rumo a Roterdão, esteve à conversa com Gebrasy, candidato que regressa, este ano, ao concurso, disputando a segunda eliminatória com "Where'd You Wanna Go".

"Comecei a cantar aos 4 anos e tenho escrito as minhas canções a partir dos 11. Por isso toda a minha vida tem estado rodeada de música. Já cantei a solo, em grupo e enquanto backing singer" começou por referir Audrius Petrauskas ao ESCPORTUGAL, "Já tentei a minha sorte no X Factor e na final nacional para a Eurovisão, mas atualmente tenho estado focado na composição de temas para mim e para outros artistas, bem como no lançamento das minhas canções".

A participação com "Where'd You Wanna Go" não será a sua estreia no Pabandom is Naujo: "Recordo-me com carinho da atuação em 2018 porque estive em palco com os meus amigos incríveis. Talvez outra memória que tenha grande peso seja a primeira vez em que participei na final: foi em 2020 enquanto backing vocal de Moniqué, que perdeu o passaporte eurovisivo para os The Roop" recordou, frisando que a Eurovisão tem sido bastante marcante na sua vida, "Curiosamente, nasci no ano em que a Lituânia começou a participar na Eurovisão e o concurso tem sido algo que acompanhámos sempre em família. Posso não ter prestado grande atenção em jovem mas, após alguma pesquisa, penso que comecei a ver em 2002. Recordo-me bem porque era o único dia em que eu e a minha irmã podiamos ficar acordados até tarde para ver o televoto".

Depois de várias participações, Audrius Petrauskas confessou-nos que a pandemia foi determinante para a participação de 2021: "Bem, o ano de 2020 obrigou-me a cancelar ou adiar a maioria dos meus planos. Os artistas ficaram sem trabalho e então pensei que o Festival Euovisão seria uma oportunidade de regressar aos palcos. O último concerto que tive foi em agosto e sinto grande falta de atuar em palco" defendeu, falando sobre a canção que interpreta no concurso, "É como uma viagem. Quando ouvirem a letra vão perceber o que quero dizer".

Relativamente ao concurso deste ano, Audrius garante que será uma participação especial: "Vai ser diferente porque, primeiramente, é uma canção escrita e trabalhada com o meu melhor amigo, cujo nome é Faustas Venckus. Acho que finalmente encontrei a pessoa com que quero fazer música durante anos a fio... Esta competição é perfeita para mostrar aquilo em que temos trabalho".

Em caso de vitória, o artista admite "ser impossível não mudar nada na atuação", frisando que "quanto à canção, estou satisfeito como ela está atualmente, mas poderemos fazer as mudanças necessárias". Contudo, a possibilidade do Festival Eurovisão ser realizado com atuações pré-gravadas é, para o artista, uma decepção enorme: "Acho que será uma decepção absoluta, quer para o público quer para os artistas. Não podemos subestimar o quanto o público ao vivo faz crescer as atuações. As pré-gravações podem ser uma espécie de vantagem para as baladas, mas não para as atuações mais animadas e elaboradas a nível coreográfico. Acho que será bastante difícil «animar» uma arena vazia".

Questionado sobre o histórico de participações da Lituânia no Festival Eurovisão, Audrius admite que o país poderá ter perdido uma das melhores oportunidades de vencer com o cancelamento do concurso de 2020: "Infelizmente, os The Roop não puderam representar-nos em 2020 e as probabilidades eram muito boas... Acho que o problema do nosso país é que passámos muitos anos a tentar imitar o sucesso alheio, em vez de tentarmos apenas ser nós próprios e criar o próprio sucesso. Criar tendências em vez de imitá-las é o que te leva ao primeiro lugar na Eurovisão. Não deve haver vergonha em enviar algo diferente, mesmo que não funcione".

Com o desejo de "visitar Portugal num dos próximos anos", Audrius Petrauskas recordou três participações de Portugal no Festival Eurovisão: "A minha primeira memória e uma das mais carinhosas é a vossa participação de 2010 (...) Depois, mais recentemente, apareceu o Salvador Sobral que é, provavelmente, o meu vencedor favorito do Festival Eurovisão. (...) Além disso, também adorei a vossa canção de 2018, "O Jardim"".

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Fonte: ESCPORTUGAL /Imagem: Google / Vídeo: Youtube

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