O Governo decretou um Dia de Luto Nacional pela morte do fadista Carlos do Carmo. A atribuição da Ordem da Liberdade, a título póstumo, foi proposta ao Presidente da República e o artista será homenageado no espetáculo de abertura da Presidência Portuguesa da União Europeia.
Com uma carreira com mais de meio século de existência, Carlos do Carmo, um dos expoentes máximos do fado, faleceu, esta manhã, aos 81 anos de vida, vítima de um aneurisma na artéria aorta. O falecimento do fadista fez com que o Governo decretasse, para a próxima segunda-feira, um Dia de Luto Nacional: "É com extrema consternação e profundo pesar que o Governo tomou conhecimento do falecimento de Carlos do Carmo e decidiu decretar um Dia de Luto Nacional a concretizar-se na próxima segunda-feira, 4 de janeiro de 2021".
Na nota do gabinete do primeiro-ministro pode ler-se ainda que foi proposto ao Presidente da República a atribuição da Ordem da Liberdade, a título póstumo, "pelo determinante papel que Carlos do Carmo teve na renovação do fado, atribuição que, de resto, já estava prevista", bem como o anúncio que, na próxima terça-feira, no espetáculo de abertura da Presidência Portuguesa da União Europeia, o Governo prestará uma homenagem nacional a Carlos do Carmo.
O primeiro-ministro António Costa utilizou também as redes sociais para recordar a carreira de Carlos do Carmo, artista que foi mandatário da candidatura de António Costa à Câmara Municipal de Lisboa em 2009, apesar do percurso político ligado ao PCP.
Carlos do Carmo não era só um notável fadista, que o público, a crítica e um Grammy consagraram. Um dos seus maiores contributos para a cultura portuguesa foi a forma como militantemente renovou o fado e o preparou para o futuro.
— António Costa (@antoniocostapm) January 1, 2021
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