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Eurovision Song Contest: os pormenores que passaram despercebidos aos mais desatentos



O filme “Eurovision Song Contest: The Story of Fire Saga” foi uma excelente notícia para os fãs sedentos da energia contagiante do maior festival de música do mundo, mas a produção da Netflix contém alguns easter eggs que podem facilmente passar despercebidos aquando da sua visualização. A história é simples e deriva à volta de Sigrit (Rachel McAdams) e Lars (Will Ferrell), uma dupla islandesa que ambiciona vencer a Eurovisão. Contudo, existe muito mais para sorver desta paródia satírica que tentou captar o espírito do festival através da excentricidade das atuações, da cultura enraizada à volta do certame e, claro está, das muitas histórias reais que foram acontecendo ao longo de 64 edições.

Os artistas que concorrem à Eurovisão deparam-se invariavelmente com um dilema: cantar em inglês ou na língua nativa? De forma curiosa, “Eurovision Song Contest: The Story of Fire Saga” faz menção a esta dúvida clássica, já que Sigrit faz questão de cantar em islandês. Este é um assunto também querido para o povo português, pois foi com uma música cantada na língua de Camões que Salvador Sobral arrecadou, em 2017, a única vitória lusa no Festival da Eurovisão. De resto, “Amar pelos Dois” é, de todas as canções presentes na banda sonora do filme, a única interpretada na forma original, conforme noticiado em https://espalhafactos.com/.


Ao longo dos 123 minutos de filme existem vários tributos a momentos icónicos da Eurovisão. A cena da roda de hamster é uma homenagem a Mariya Yaremchuk, que concorreu pela Ucrânia em 2014, e uma clara referência aos imprevistos que por vezes acontecem no festival. A presença do grupo Moon Fang na semifinal funciona como um revivalismo da atuação dos Lordi, que venceram a competição em 2006. Também a performance que Philipp Korkorov apresentou em 1995 foi mimicada no filme através da personagem Alexander Lemtov. As aparições de antigos vencedores do festival são também bastante frequentes, destacando-se a presença de Loreen, Alexander Rybak, Netta, Salvador Sobral, Jamala e Conchita Wurst.

O filme não foi exibido nos cinemas e está disponível apenas na Netflix, acentuando uma passagem de práticas offline para o mundo online. Esta mudança de hábitos vem se provando comum a várias áreas. Na restauração, as plataformas como a Glovo permitem pedir comida online e receber a encomenda em casa. Nos serviços tributários e aduaneiros, basta aceder ao Portal das Finanças para ter acesso a todas funcionalidades que teríamos num gabinete das finanças. Na indústria dos casinos, o acesso a slots machines, como as que encontramos em https://www.casinos.pt/slots/ , está à distância de alguns cliques a partir do momento em que portais diversos disponibilizam o acesso a esses serviços de forma prática e rápida. Não será de estranhar que até as próximas edições da Eurovisão também se apoiem mais no universo online em aspetos como a votação, a difusão do espetáculo ou a promoção do próprio evento.


Uma das maiores dúvidas apontadas por aqueles que viram o filme centra-se na hipótese de ouvirmos a voz de Rachel McAdams nas cenas musicais ou de ser uma dobragem. A verdade é que apenas algumas partes cantadas pela atriz canadiana entraram na versão final do filme. A voz que ouvimos em Fire Saga é quase sempre a de Molly Sandén, cantora pop que representou a Suécia no festival júnior em 2006. As vozes de Rachel e Molly são parecidas e isso permitiu à produção fazer a dobragem de forma impercetível. Para facilitar o trabalho de pós-produção e evitar dessincronizações entre o som e os lábios, Rachel McAdams cantou todas as músicas no set.

“Eurovision Song Contest: The Story of Fire Saga” apresenta uma história leve e acessível a todos, mas são estas referências que só os verdadeiros fãs percebem que tornam o filme verdadeiramente interessante. Até as piadas sobre as pontuações atribuídas com base nas fronteiras geográficas estão bem conseguidas e provocam uma gargalhada àqueles que todos os anos percebem que a Grécia e o Chipre trocam entre si as suas pontuações máximas. Obviamente nada substitui o maior evento musical do Velho Continente, mas este é um filme que tem conteúdo e referências suficientes para satisfazer o apetite dos fãs acérrimos do festival durante algum tempo. Pelo menos até 2021.
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