Em memória do episódio histórico da Tomada da Bastilha em 1789, o dia 14 de julho é o feriado nacional francês, sendo denominado como Festa da Federação ou Dia da Bastilha. Nesta data recorde connosco alguns dos momentos mais marcantes da história de França no Festival Eurovisão.
Considerado um evento central da Revolução Francesa, a Tomada da Bastilha, fortaleza medieval utilizada como prisão, a 14 de julho de 1789 tornou-se num dos episódios mais marcantes da história francesa e europeia. Formalmente conhecido como Festa da Federação, o 14 de julho é feriado nacional francês e, neste dia especial, convidamos todos os leitores a recordar alguns dos momentos mais marcantes da história de um dos mais marcantes países na história do Festival Eurovisão.
Mahé Altéry e Dany Dauberson em defesa de "Le temps perdu" e "Il est là", respetivamente, foram os responsáveis pela estreia de França no Festival Eurovisão de 1956, na primeira edição do certame, sendo que nunca foi revelada a classificação completa do evento. Depois do segundo lugar de Paule Desjardins em 1957, a primeira vitória de França ocorreu em 1958 com "André Claveau" e "Dors, mon amour" a receberem 27 pontos, mais 3 que a Suíça, país representado por Lys Assia.
Após o terceiro alcançado em Cannes, a segunda vitória francesa aconteceu em 1960, com Jacqueline Boyer e "Tom Pillibi", tornando-se no país com maior número de vitórias no concurso, perdendo o "título" apenas em... 1993. Contudo, a terceira vitória aconteceu em 1962 com "Un premier amour", tendo a emissora francesa abdicado da organização em 1963 devido a dificuldades financeiras.
Em 1966, representada por Dominique Walter e "Chez nous", a França fica pela primeira vez fora do top 5 do Festival Eurovisão, sendo a única vez que tal acontece... até 1970. De realçar que o 16.º lugar com apenas 1 ponto de Dominique Walter foi o pior resultado francês até 1986, ano em que o país terminou em 17.º lugar.
Na polémica edição de 1969, França, representada por Frida Boccara e "Un jour, en enfant", é um dos quatro países vencedores, alcançado a sua quarta vitória no certame. Se as atuais regras de desempate estivesse em vigor (venceria a canção que recebeu pontos do maior número de países, com o maior número de pontuações mais altas a servir como segunda regra de desempate), França teria sido a única vencedora, recebendo pontos de 9 países e 4 pontos de 2 países, enquanto Espanha, pontuada por 9 países, apenas recebeu 3 pontos como pontuação mais alta.
Em 1974, a emissora francesa retirou-se do concurso, sendo a primeira vez que França ficou de fora do Festival Eurovisão. A retirada aconteceu na semana do evento, devido ao falecimento do presidente do país, Georges Pompidou. O país teria sido representado por Dani e "La vie à vingt-cinq ans".
Segunda classificada em 1976, a França conquistou a quinta (e última) vitória no Festival Eurovisão em 1977 representada pela luso-descendente Marie Myriam e "L'oiseau et l'enfant', recebendo 136 pontos, superando o Reino Unido por 15 pontos e recebendo pontos de todos os países, com Portugal a dar 5 pontos a França.
Em 1979, o país foi representado por Anne-Marie David, cantora que venceu o Festival Eurovisão de 1973 pelo Luxemburgo, terminando em 3.º lugar, depois das candidaturas de Israel e Espanha. Em 1981, a TF1 anunciou a retirada do concurso, com o chefe de entretenimento a justificar a saída com "a ausência de talento e mediocricidade das canções". A Antenne 2 assumiu a participação em 1983, sendo a responsável até 1993, ano em que foi substituída pela France 2. Esta foi a última vez que o país ficou de fora do Festival Eurovisão.
Depois de várias classificações modestas até 1989, o país voltou ao pódio em 1990 com Joëlle Ursull a terminar em 2.º lugar a 17 pontos de Itália. No ano seguinte, representada por Amina e "C'est le dernier qui a parlé qui a rason", França ficou em 2.º lugar com 146 pontos, perdendo a vitória para a Suécia devido às regras de desempate em vigor na época: com quatro pontuações máximas, a Suécia recebeu cinco 10 pontos contra 2 de França, sendo declarada vencedora apesar de ter sido pontuada por 17 dos 21 países, menos 1 que a candidatura francesa. Esta foi a última vez que França ficou no pódio do concurso.
Até ao final do século XX, o país voltou a ficar no top5 em duas ocasiões (1993 e 1995, 4.º), totalizando um total de 24 presenças no top5 do Festival Eurovisão. Na primeira participação no século XXI, França foi representado pela canadiana Natasha St-Pier e "Je n'ai que mon âme" terminando em 4.º lugar, sendo seguida pelo 5.º lugar de Sandrine François em 2002. Desde então, França nunca mais voltou a ficar nos cinco primeiros classificados.
Depois de várias edições entre o 15.º e o 22.º lugar de 2003 a 2008, Patricia Kaas e "Et s'il fallait le faire" levou França de volta ao top10 em Moscovo, terminando em 8.º lugar com 107 pontos. Após o 22.º lugar em 2012, onde teve null points no televoto, e o 23.º em 2013, o país ficou em último lugar pela primeira (e única vez) em 2014: os Twin Twin e "Moustache" ficaram em 26.º lugar na Grande Final em Copenhaga com apenas 2 pontos, oriundos de Suécia e Finlândia.
Após o antepenúltimo lugar em 2015, Amir e "J'ai cherché" levou França até ao 6.º lugar na Grande Final do Festival Eurovisão, sendo o melhor resultado do país desde 2002. Nos dois anos seguintes, Alma e Madame Monsieur colocaram França na primeira metade da tabela, apesar dos modestos resultados: "Requiem" foi 12.º em Kiev e "Mercy" ficou em 13.º em Lisboa.
Em Telavive, Bilal Hassani e "Roi" representaram França no Festival Eurovisão, terminando em 16.º lugar com 105 pontos, 2 deles oriundos do televoto português. No total das participações conjuntas, França atribuiu 188 pontos a Portugal em Grandes Finais (sendo o 3.º país mais pontuado por França, depois de Israel e Reino Unido), sendo que o valor sobe para os 262 pontos contando com as semifinais (sendo o país mais pontuado por França). Por outro lado, Portugal retribuiu 144 pontos, sendo França o 5.º país mais pontuado por Portugal em toda a sua história, enquanto França é o país que mais pontuou Portugal.
Para 2020, França abdicou da final nacional e escolheu Tom Leeb com "Mon Alliée" para o Festival Eurovisão, evento que acabaria por ser cancelado face à pandemia de Covid-19. Posteriormente, a France 2 revelou que apostará numa final nacional para a escolha dos representantes em 2021.
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Fonte: ESCPORTUGAL /Imagem: GOOGLE /Vídeo: YOUTUBE
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