Portugal fez a sua estreia no Festival Eurovisão a 21 de março de 1964, há precisamente 56 anos. O ESCPORTUGAL convida-o a recordar alguns dos momentos mais marcantes da história de Portugal no concurso internacional.
A 21 de março de 1964, o Tivolis Koncertsal, em Copenhaga, recebeu a 9.ª edição do Festival Eurovisão, certame que contaria pela primeira vez com a participação de Portugal. António Calvário e "Oração" foram os escolhidos para representar o país, terminando em último lugar, juntamente com a Alemanha, Suíça e Jugoslávia, não tendo recebido qualquer pontuação. Além disso, a edição ficaria marcada por uma invasão de palco no fim da atuação helvética em protesto com as participações de Portugal e Espanha no evento, numa época em que os dois países eram governados por regimes ditatoriais.
No ano seguinte, Simone de Oliveira e "Sol de Inverno" foram os escolhidos para representar Portugal no Festival Eurovisão em Napóles, ficando na história como a primeira candidatura portuguesa a ser pontuada. "Sol de Inverno" recebera 1 ponto do Mónaco, equivalente ao 3.º lugar na votação do país, terminando o concurso em 13.º lugar entre os 18 países participantes.
No entanto, a primeira entrada de Portugal no top10 do Festival Eurovisão apenas aconteceria em 1971, naquela que foi a sua sétima participação. Tonicha e "Menina do Alto da Serra" representaram Portugal em Dublin, terminando a edição em 9.º lugar com 83 pontos, tendo recebido a pontuação máxima do júri de Espanha.
Apesar do último lugar no Festival Eurovisão de 1974, Paulo de Carvalho e "E Depois do Adeus" ficaram na história do concurso europeu. A canção, que apenas recolheu 3 pontos no formato internacional, foi a escolhida pelo Movimento das Forças Armadas (MFA) como uma das senhas para a movimentação de tropas a 24 de abril de 1974, o que levou à queda do regime ditatorial que governava Portugal há várias décadas. Foi um dos inúmeros casos em que a música esteve de mãos dadas com a História Mundial.
Naquele que foi o primeiro ano em que foi utilizado o sistema base de votação do concurso (1-8, 10 e 12 pontos), Portugal recebeu a primeira pontuação máxima no concurso de 1975. Os primeiros doze pontos portugueses no concurso vieram da Turquia, com Duarte Mendes e "Madrugada" a terminarem em 16.º lugar com 16 pontos... depois de ter sido o 16.º a subir ao palco eurovisivo.
José Cid e "Um Grande, Grande Amor" foram os representantes de Portugal no Festival Eurovisão de 1980 em Haia, cidade holandesa que organizou o concurso depois da recusa israelita em organizar o concurso em dois anos consecutivos. Com o refrão interpretado em várias línguas, a canção portuguesa foi apontada por muitos como uma das favoritas ao triunfo: no final, José Cid ficou-se pelo 7.º lugar com 71 pontos, um dos melhores resultados de sempre de Portugal.
Décima-quarta classificada entre vinte países, Dora fez furor pela Europa com a participação no Festival Eurovisão de 1986. O arrojado visual utilizado na Noruega foi capa de revista em diversas publicações internacionais e "Não sejas mau pra mim" ficou eternizada na história de Portugal.
Com apenas 16 anos aquando do concurso, Sara Tavares foi a mais jovem representante de Portugal no Festival Eurovisão em 1994. Em defesa de "Chamar a Música", a cantora de raízes cabo-verdianas alcançou o 8.º lugar com 73 pontos, uma das melhores classificações de sempre de Portugal.
Depois do discreto 18.º lugar na ronda preliminar de apuramento, Lúcia Moniz e "O meu coração não tem cor" surpreenderam tudo e todos com a classificação em Oslo. A canção portuguesa subiu ao 6.º lugar com 92 pontos, tendo sido a favorita de Chipre e Noruega, tornando-se a melhor classificação de Portugal no concurso até 2017. No entanto, "O meu coração não tem cor" nunca foi gravado em disco...
Depois do discreto 18.º lugar na ronda preliminar de apuramento, Lúcia Moniz e "O meu coração não tem cor" surpreenderam tudo e todos com a classificação em Oslo. A canção portuguesa subiu ao 6.º lugar com 92 pontos, tendo sido a favorita de Chipre e Noruega, tornando-se a melhor classificação de Portugal no concurso até 2017. No entanto, "O meu coração não tem cor" nunca foi gravado em disco...
Escolhida internamente pela RTP, Rita Guerra foi a primeira artista portuguesa a levar uma canção bilingue ao Festival Eurovisão em 2003. "Deixa-me sonhar (Só Mais Uma Vez)" foi defendida em português e em inglês, mas ficou apenas na 22.ª posição com 13 pontos de quatro países. Posteriormente, Portugal voltaria a apostar em canções bilingues apenas em 2005 e 2006.
Depois de quatro eliminações consecutivas nas semifinais, Vânia Fernandes e "Senhora do Mar" tornaram-se os primeiros representantes de Portugal numa Grande Final do Festival Eurovisão desde a introdução das semifinais. A canção portuguesa apurou-se no 2.º lugar na semifinal, tendo terminado em 13.º lugar com 69 pontos na Grande Final, no último ano em que a votação esteve totalmente a cargo do televoto.
Depois de quatro eliminações consecutivas nas semifinais, Vânia Fernandes e "Senhora do Mar" tornaram-se os primeiros representantes de Portugal numa Grande Final do Festival Eurovisão desde a introdução das semifinais. A canção portuguesa apurou-se no 2.º lugar na semifinal, tendo terminado em 13.º lugar com 69 pontos na Grande Final, no último ano em que a votação esteve totalmente a cargo do televoto.
13 de maio de 2017: uma data que nenhum eurofã português esquecerá. Depois do apuramento para a Grande Final, o primeiro desde 2010, Salvador Sobral e "Amar Pelos Dois" conquistaram, em Kiev, a primeira vitória de Portugal no Festival Eurovisão. Com a marca recorde de 758 pontos e 30 pontuações máximas (18 do júri e 12 do público), Portugal perderia o título de país com mais participações e nenhuma vitória.
Praticamente um ano depois da vitória de Portugal em Kiev, Lisboa receberia o Festival Eurovisão de 2018. 43 países participaram no concurso que foi ganho por Israel, enquanto Portugal, representado por Cláudia Pascoal e "O Jardim", terminaria em último lugar na Grande Final com 39 pontos.
Nem no último lugar conseguimos ser bons, já que a Áustria logo no ano a seguir a ter ganho, após 48 anos de jejum, saiu vergada ao peso de um nulo.
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