Oito candidatos disputam, amanhã, a primeira semifinal do Festival da Canção 2020. O ESCPORTUGAL dá-lhe a conhecer um pouco mais da carreira dos intérpretes das 8 canções.
Meera
Há alguns anos, Johny Abbey, nome artístico de João Abrantes, (ex guitarrista e vocalista dos Mirror People) e Cecília Costa (vocalista e baterista portuense) fizeram parte de uma banda que partiu em digressão mundial. Viajaram pelo mundo e construíram uma amizade que, já de regresso a Portugal e num terraço no Porto, perceberam que tinham uma visão musical muito semelhante, dando início a um novo projecto com o produtor Leonardo Pinto, mais conhecido por Goldmatique. Foi no Porto que o trio Meera ficou e encontrou a energia certa para as canções de libertação sexual, intimidade e auto-aceitação das próprias falhas e desequilíbrios que têm vindo a criar, culimando no EP “Think Straight” lançado em 2019. Johny Abbey estudou na Escola Superior de Música e Artes do Espectáculo do Porto, onde também estudou o produtor Goldmatique, e é também guitarrista da banda que acompanha a cantora Aurea ao vivo. Os Meera marcaram ainda presença no warm up do último Super Bock Super Rock. Convidados pela RTP, participam agora no Festival da Canção 2020 com o tema “Copo de Gin”, co-escrito pela Isaura.
Filipe Sambado
Vindo de Elvas e por volta dos 12 anos, Sambado arriscou os primeiros acordes numa viola oferecida pela avó. Aos 15, já fazia rap, beatbox e rimas com vizinhos do bairro onde morou em Lagos e foi já em Lisboa, entre 2012 e 2014, que edita uma trilogia de EPs. A instabilidade geográfica a que foi sujeito durante a infância e a adolescência é um bom ponto de partida para entender quem é Filipe Sambado, autor de uma música que tenta desbravar a intimidade, com a vulnerabilidade de quem viaja. Em 2016, lança o seu primeiro álbum, “Vida Salgada”, que lhe viria a abrir a porta da Valentim de Carvalho. Aclamado pela crítica e pelo público, foi nomeado para os Prémios SPA 2019 na categoria de Música – Melhor Trabalho de Música Popular e considerado o melhor disco nacional do ano pela Antena 3, Radar e Vodafone FM. Enquanto autor e intérprete de “Gerbera Amarela do Sul”, canção que fará parte do seu novo disco, Sambado apresenta-se no Festival da Canção 2020 a convite da RTP.
Ian Mucznik
Fundador, cantor, guitarrista e compositor dos Los Tomatos, criada em 1993, banda que já passou pelo Sudoeste e a Festa do Avante, Ian Mucznik é o intérprete escolhido por João Cabrita, autor convidado pela RTP para o Festival da Canção. Nascido em 1967 em Paris, Ian Mucznik colabora ainda nos projectos Prince Wadada (baixo, guitarra e coros), Moi Non Plus (cantor e guitarrista), Big Band Era (cantor), Lisbon Klezmer (cantor e guitarrista), Miss Manouche (cantor e guitarrista) e Real Combo Lisbonense. Cabrita, dos Cais Sodré Funk Connection, que participou no festival em 2008 como saxofonista de Ricardo Soler e no Festival Eurovisão da Canção Júnior em 2019, enquanto co-autor e co-compositor da canção “Youtuber”, escreveu o tema “O Dia de Amanhã” que Mucznik defenderá no certame musical.
Bárbara Tinoco
Quem não se recorda da actuação brilhante no The Voice Portugal em 2018? Tinoco não conseguiu virar as cadeiras dos mentores, mas conseguiu imediatamente o sucesso nas rádios nacionais com o original “Antes Dela Dizer Que Sim” e no canal do programa, atingindo mais de um milhão de visualizações que se juntam aos mais de cinco milhões no seu vídeo oficial. Nascida em Lisboa, Bárbara Tinoco tem 21 anos e é autodidata na guitarra e no canto e estuda Ciências Musicais na Faculdade Nova de Ciências Sociais e Humanas. Compositora desde os 13 anos, a ligação à música surge com a loja de instrumentos musicais que o avô e o pai tinham no Rossio. Tinoco tem aberto os concertos da tour nacional do João Só, enquanto simultaneamente se apresenta em concertos seus. Tiago Nacarato, que também passou pelo The Voice Portugal no mesmo ano, foi um dos autores convidados pela RTP para o Festival da Canção 2020; escreveu “Passe-Partout”, o tema que Bárbara defenderá em palco no certame musical.
Blasted
Os Blasted apresentam-se como “mais do que apenas uma banda ou um colectivo de artistas, (…) são um grupo de pensadores que se juntaram para desenvolver um conceito que ultrapasse barreiras em palco e entre na realidade do dia a dia.” Criados em 1995 e com o nome Blasted Mechanism, lançaram em 1996 o primeiro EP, “Balaiashi”, e o primeiro álbum em 1999, “Plasma”. Foram nomeados três vezes para “Best Portuguese Act” dos EMA’s da MTV e em 2006 foram galardoados com o Globo de Ouro português para a melhor banda nacional. Com mais de vinte e cinco anos de existência e oito álbuns editados, os Blasted, recentemente nomeados para “Best Live Act” dos Iberian Festival Awards, criaram uma identidade própria inexistente no panorama musical português, tanto a nível sonoro como visual, com actuações ao vivo bastante características e fortes. Convidados pela RTP, participam no Festival da Canção 2020 como autores e intérpretes, com o tema “Rebellion”.
Elisa
Com 19 anos e vinda do arquipélago madeirense, Maria Elisa Silva ou, somente, Elisa, conta no currículo com a presença em vários festivais regionais e um curso de jazz no conservatório da Madeira. Tendo começado a cantar aos sete anos, com especial interesse pela música das décadas 60, 70 e 80, Elisa mudou-se para Lisboa em 2018, tendo começado a preparar o lançamento de um EP, estreando a sua carreira a solo, enquanto estuda na Escola Superior de Música. Foi a intérprete escolhida pela autora convidada da RTP Marta Carvalho, já conhecida do palco do The Voice Portugal e de ter colaborado com artistas como Carolina Deslandes, David Carreira, Diogo Piçarra, Agir, entre outros.
JJaZZ
Joana Morais nasceu em Lisboa, fez um dueto com Pedro Abrunhosa e gosta de bolos. Estudou canto no conservatório durante três anos, tendo-se depois mudado para o Rio de Janeiro, onde ficou a viver durante dois anos. Zeca Pregal da Cunha, filho do autor convidado pela RTP, Rui Pregal da Cunha, estudou em várias línguas, é fascinado pela cultura japonesa e estudou também guitarra clássica e saxofone na Academia de Amadores de Música. Juntos formam o duo JJaZZ e é enquanto JJaZZ que se apresentam no Festival da Canção 2020 para defender a canção “Agora”.
Throes + The Shine
Novembro de 2010, Porto: foi no bar Plano B que o kuduro do angolano The Shine, alter ego de Diron Shine, encontrou o rock dos Throes, duo formado pelo guitarrista Marco Castro e baterista Igor Lopes. A ligação foi imediata e, pouco tempo dois, juntaram-se no palco do Milhões em Festa no verão seguinte, tendo funcionado como banda desde então e tendo feito a estreia em disco em 2012 com “Rockduro”. Em 2017, Dirion abandonou o projecto e as luzes passaram a apontar para Mob Dedaldino, que se tinha juntado à banda três anos antes. Dois anos depois, surge “Enza”, o primeiro álbum composto pelo novo alinhamento da banda e o quarto desde que o projecto foi criado. Com centenas de concertos dados em mais de dez países, Throes + The Shine apresentam-se como autores e intérpretes na edição deste ano do Festival da Canção, com o tema “Movimento”, a convite da televisão pública.
Fonte: RTP/ESCPortugal / Imagem: Google / Vídeo: RTP
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