A diretora de entretenimento da RTVE, Toñi Prieto, não ficou satisfeita com o resultado audimétrico do Festival Eurovisão Júnior 2019 e garante que tal não justificou o investimento feito.
A presença de Espanha no Festival Eurovisão Júnior em 2020 poderá ter causado uma guerra interna dentro da RTVE, com duas das mais importantes figuras a defenderem posições contrárias devido às audiências registadas na transmissão do passado domingo. A participação de Melani García e "Marte" em Gliwice registou 11,2% de quota de mercado e uma média de 1 milhão e 488 mil espectadores, ficando acima da média do canal no dia e liderando aquando da votação.
No entanto, o valor não terá agradado a Toñi Prieto, diretora de entretenimento da RTVE, que, segundo a jornalista Laura Ortiz, esperava "pelo menos 15% de quota de mercado". A diretora terá manifestado junto do Conselho da RTVE o seu desagrado, defendendo que o resultado audiométrico é insuficiente para justificar o dinheiro investido, que obrigou a reduzir o orçamento para as Galas de Natal. Deste modo, o Conselho de Administração terá apoiado a não participação no concurso infanto-juvenil de 2020, mas a decisão final será tomada com base em dois factores: o orçamento da RTVE para 2020 e o resultado de Blas Cantó em Roterdão.
No lado oposto da discussão está Ana María Bordas, chefe de delegação de Espanha e a principal impulsionadora do regresso da RTVE ao Festival Eurovisão Júnior. A chefe da delegação espanhola terá argumentado que a participação em Gliwice poderá ajudar na fidelização do público para a competição do maio, insistindo que a candidatura foi impecável e que mostra que o país poderá ganhar o concurso infantil e o sénior a curto prazo.
Com quatro participações entre 2003 e 2006, onde ficou sempre dentro dos quatro primeiros classificados, Espanha venceu o concurso infanto-juvenil com Maria Isabel e "Antes Muerta Que Sencilla" em 2004. Treze anos depois da última participação, Espanha regressou ao concurso com Melani Garcia e "Marte". A candidatura espanhola terminou em 3.º lugar com 212 pontos, sendo a terceira mais votada pelo júri português.
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