Todas as semanas no ESCPORTUGAL, a crítica aos álbuns editados por artistas que participaram no concurso Eurovisão da Canção e/ou seleções nacionais ao longo dos anos.
Esta semana, a análise recai no primeiro álbum de Peter Serrado.
O responsável da rubrica é Carlos Carvalho.
Esta semana, a análise recai no primeiro álbum de Peter Serrado.
O responsável da rubrica é Carlos Carvalho.
Lançamento: 15 de março de 2019
Nota: 8/10
Se a sonoridade de Peter Serrado é
ainda pouco comum no Concurso Eurovisão da Canção, muito mais atípica será no
mítico Festival RTP da Canção. No campo eurovisivo os holandeses Douwe Bob (ESC
2016) e Waylon (ESC 2014 e 2018) poderão ser as referências mais aproximadas, mas
é fora do território europeu, mais precisamente em nomes como os americanos Counting
Crows, ou até mesmo Train, que estão as indicações mais precisas e imediatas
daquilo que podemos esperar da estreia em registo longa-duração do luso
descente Peter Serrado.
Sail on
Alinhamento
O álbum homónimo está recheado de
potencial radiofónico e comercial, facilmente inserido no género Middle of the
road (sem preconceito), na sua vertente mais roqueira / soft rock. Embora em momento algum a sonoridade se Peter
Serrado seja considerada novidade, também é verdade que nos dias de hoje joga
num campo que está longe do espectro de saturação e isto poderá jogar a seu
favor. Além disso, todo o disco, sempre baseado no registo anteriormente
referido, transporta uma agradável sensação de intemporalidade e acima de tudo uma
voz que revela personalidade. Características promissoras que, associadas ao
facto de Peter Serrado ser ainda bastante jovem, colocam-nos em expectativa com
o que o futuro nos reserva.
Para já falamos do presente e no
presente temos esta estreia que abre da melhor forma, “Lisbon”, onde para além
de ficar evidenciado o seu fascínio pela capital portuguesa, é um indicador bem
preciso daquilo Peter Serrado e a sua equipa de estudo preparam para a sua
primeira prova discográfica. Assim, fiel à matriz delineada em “Lisbon” e sem
grandes truques, temos um forte leque de canções, muitas delas grandes sucessos
em potência, ora em andamento mid-tempo, ora em modo balada, como o atual
single, “Sail On” – acompanhado de vídeo com história e mensagem. Aliás, é no
nível das baladas que encontramos alguns dos momentos mais potentes, como “Fragile
Love” - um dos pontos obrigatórios do disco- ou s orgânica balada “Don’t let
her go”. A inspiração roots rock aparece em “Heartbrak woman”, a bateria
destaca-se em “Animal” e a guitarra em “Carry On”.
Se o disco abre com um certo
orgulho assumido em relação à cidade de Lisboa, fecha com o seu tributo à
língua portuguesa, com as baladas “Vou ficar” e “Longe demais”.
Peter Serrado que já teve
oportunidade de abrir espectáculos para nomes importantes mas tão distintos com
os de Xutos & Pontapés e Aurea, revela nas suas entrevistas ambição,
determinação mas também uma grande dose de humildade.
Vídeos e temas
promocionais
Sunset & a city
Sail on
Alinhamento
Lisbon
Sunset
& City
Run
Fragile
love
Heartbreak woman
So good
Animal
Sail on
Don’t let her go
Carry
on
Face
to face
Vou
ficar
Longe
demais
Temas destacados por
Carlos Carvalho: “Sail on”; “Lisbon” e “Fragile Love”
A ver: Peter Serrado em tour por Portugal
Pode ouvir o
disco AQUI.
É incrível como já leio estas crónicas há anos e nunca vi nenhuma nota negativa
ResponderEliminarEntão anda a ler mal. Porque, e só falando nas últimas, as #90, 91, 93 e, de certo, 95, foram negativas.
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