Na passada quinta-feira, Telavive recebeu a versão "pobre" do Festival Eurovisão 2019, pois o orçamento esgotou na primeira semifinal... Esperei pelo apuramento de Portugal, mas tal voltou a não acontecer.
Afogadas as mágoas do afastamento de Portugal da Grande Final do Festival Eurovisão 2019 (o problema não foi só sermos eliminados, foi sermos eliminados para São Marino), eis chegada a segunda semifinal da competição. Contudo, se a primeira semifinal tivemos uma abertura extravagante... aqui parece que o orçamento esgotou e tiveram de recordar os momentos da primeira eliminatória. No entanto, tal semifinal fez história: nunca tinha acertado nos dez finalistas de uma semifinal!
E desta vez a fava saiu à Arménia. Uma poderosa interpretação (se calhar até em demasia) de Srbuk bem acima do potencial da canção, mas cuja atuação pecou por não ter nada de memorável. Admito que passadas duas ou três canções, não me conseguia lembrar da canção da Arménia. Nota positiva para a produção e para os planos pré-gravados da arena vazia (admito, só descobri tal depois da gala terminar). Pessoalmente, coloquei fora dos meus 10 favoritos, mas não me chocava o apuramento... Deve ter ficado pelo 11.º/12.º lugar.
A Noruega trouxe-nos uma das escolhas mais duvidosas da edição, mas que nos mostro que até as canções "foleiras" fazem falta na Eurovisão. Não que eu a considere foleira... Mas perceberam. O trio esteve bastante bem em palco, apostando tudo nos gráficos e deixando de lado as "piroseiras" que todos vimos no vídeo lip. A parte do sami é, de longe, a minha favorita, ficando eu em pânico com a falha na letra... De modo geral gosto (e muito) e acredito que tenha potencial para um bom resultado na Final. Veremos até onde o júri os deixa voar...
A Holanda é provavelmente um dos "maiores favoritos" dos últimos anos do Festival Eurovisão com o hype a crescer cada vez mais... Sempre fui muito reticente sobre todo esse foco, mas admito que Duncan Laurence me consegui surpreender. Apesar de estar longe do perfeito, o cantor fez uma interpretação bastante segura e consistente de "Arcade", apostando num palco simples, mas complexo ao mesmo tempo. Tudo ali funciona, especialmente a luz no último refrão... Arrepiou-me e decerto me voltará a arrepiar no sábado. Não sei se vencerá tão facilmente como o desenham, mas ficarei feliz se tal acontecer. (PS: A nossa Mila Dores deve estar orgulhosa de ter servido de inspiração para a canção da Holanda).
Dentro do mote de arrepiar, eis que surge a Macedónia do Norte. Fora da Final desde 2012, o país estreou a sua nova nomenclatura da melhor forma. Uma grande canção onde dominou a emoção e o dramatismo, a ser defendida por uma cantora experiente e de um profissionalismo fora do comum só poderia resultar num grande momento de música. E de televisão: este é um claro exemplo de que uma grande canção e uma grande voz, aliadas a uma forte presença, são mais que suficientes para encher o palco. Foi uma das minhas favoritas da noite e gostava muito que estivesse nos lugares cimeiros da classificação. Contudo, a passagem à Final já foi uma vitória antecipada para o país
O Azerbaijão encerrou o lote de participantes da transmissão. "Truth" é bastante cativante e ganhou imenso com a encenação em palco. Chingiz faz também uma interpretação bastante capaz e acredito que possa vir a surpreender na classificação final.
E não há melhor forma de encerrar este artigo com aquele que foi um dos momentos mais bonitos da história do Festival Eurovisão: os Shalva Band com "A Million Dreams". Nem é preciso comentar... basta ver e ouvir, mas especialmente SENTIR! Momento magnífico!
E desta vez a fava saiu à Arménia. Uma poderosa interpretação (se calhar até em demasia) de Srbuk bem acima do potencial da canção, mas cuja atuação pecou por não ter nada de memorável. Admito que passadas duas ou três canções, não me conseguia lembrar da canção da Arménia. Nota positiva para a produção e para os planos pré-gravados da arena vazia (admito, só descobri tal depois da gala terminar). Pessoalmente, coloquei fora dos meus 10 favoritos, mas não me chocava o apuramento... Deve ter ficado pelo 11.º/12.º lugar.
A canção da Irlanda era uma das mais peculiares da edição. Tanto odiava como amava, mas claramente que "22" era um dos meus guilty pleasures do ano. A atuação então... é de uma "piroseira tamanha" que até se torna interessante e bem conseguida. Em vários momentos recordei-me da participação da Letónia em 2012. Era preciso um grande milagre para a Irlanda passar à Final, mas merece uma distinção na categoria das canções fofinhas do ano.
Então vamos resumir a atuação da Moldávia em quatro pontos básicos: uma excelente cantora (Anna Odobescu fez mesmo uma das melhores interpretações do ano), uma canção datada ("Stay" é apenas mais uma... não que seja desagradável, apenas é só mais uma), uma atuação copiada (e que não resultou... nada!) e uma produção... TERRÍVEL! Como é possível a produção mostrar planos em que se vê CLARAMENTE que os desenhos que estão a ser transmitidos... foram pré-gravados?! Enfim... Tive pena da Anna Odobescu... mas alguém teria de ficar de fora.
Fórmula para 2019: juntar Eleni Foureira com Imri e deitar-lhe uma pitada de Sacha Jean-Baptiste! Eis o resultado: Luca Hänni e "She Got Me". É um má proposta? Longe disso... Cativante, animada, ritmada e bem defendida (surpreendeu-me, admito), a canção menos-suíça dos últimos anos leva a Suíça de volta à Grande Final e é uma das minhas canções favoritas porque... sim! Apenas e só porque sim. Não me importava de ver "She Got Me" a vencer...
A Letónia deve ter sido o país que mais me passou ao lado este ano. Não acompanhei a final nacional e acho que só ouvi "That Night" pela primeira vez na íntegra... nos ensaios. E não... Gostei da acústica e pouco mais. Nota-se a qualidade e acredito que seja uma boa canção, mas não consigo gostar. Para mim teria sido a última classificada da semifinal; contudo, estas canções fazem falta também na Eurovisão.
A representante dos seis jurados do Selectia Nationala seguiu-se no alinhamento. "On A Sunday" não é uma má canção, mas faltou algo na atuação para a fazer crescer... Não basta investir milhares em foguetes e fogo preso. Infelizmente, vejo a Roménia a entrar num ciclo de decadência na Eurovisão e a deixar para trás (bem lá para trás) aqueles tempos áureos. Sobre a eliminação: merecida e previsível no final da atuação.
Outro dos meus guilty pleasures. Acredite-se ou não, "Love Is Forever" é, na minha opinião, das canções mais irritantes e enervantes do ano... mas adoro-a! Excepto quando passo horas a trauteá-la... A doçura e o ar angelical transmitidos por Leonora cativaram também o público, com a atuação a captar a atenção com a cadeira gigante em palco. (Roménia, olha aqui um bom exemplo para te inspirares). Gostei, gostei muito e acredito que poderá escapar aos últimos lugares na Grande Final.
Eis o meu favorito da semifinal. A Suécia sabe jogar ao jogo da Eurovisão nas mais diversas modalidades. Desta vez aposta simples... mas forte (fortíssimo mesmo). É impossível ficar indiferente a "Too Late for Love"... e quando entra o coro, a canção toma proporções gigantes. Para mim, este momento (o da entrada do coro) é dos melhores do ano! Para mim, seria o vencedor da Eurovisão!
Depois de ter sido a sensação em Lisboa, a Áustria apostou... aliás, a Áustria esteve a concurso!? Nunca fui grande fã de "Limits" e a atuação da PAENDA... não sei, há algo ali que me faz espécie. Sem nenhum ponto de atenção, com uma interpretação bastante superficial e sem qualquer foco... era mais que previsível o afastamento. Nunca a colocaria no lote de finalistas e ficarei surpreendido se tiver escapado aos últimos três lugares da classificação.
Grande jogada da organização em colocar a Croácia a seguir à Áustria: quem adormecer em "Limits", acorda (obrigatoriamente) em "The Dream". Não sou grande fã da canção croata, mas há que louvar o trabalho do país: além de ter feito uma intepretação e pêras, Roko teve também uma das encenações mais bem conseguidas da edição. A nível geral gostei, mas não a coloquei no meu top10 final. Deverá ter ficado às portas do apuramento...
Seguiu-se aquela que, na minha opinião, foi a maior surpresa da segunda semifinal. A escolha de Michela sempre me fez comichão e a revelação da canção também não me despertou grande interesse, mas a atuação foi de uma qualidade enorme. Bem pensada, idealizada e estruturada, "Chameleon" deixou Michela brilhar no palco eurovisivo e levar Malta à Grande Final. Na minha opinião ficará a meio da tabela, mas é uma das potenciais surpresas.... Atenção a Malta!
Com uma atuação bastante simples, seguiu-se a Lituânia. "Run with the Lions" é uma canção bastante agradável e daquelas bastante propícias de ouvir no dia a dia, mas claramente que não tinha qualquer hipótese de apuramento nesta semifinal. E tal foi possível de observar, com a candidatura da Lituânia a passar totalmente despercebida... É das canções eliminadas que mais gosto.
As expectativas estavam altíssimas para a atuação de Sergey Lazarev em Telavive e apesar de ter posto a fasquia bastante mais baixa nos últimos dias, continuei a sentir um sentimento ambíguo sobre a proposta da Rússia. Ao contrário de "You Are The Only One", a força de "Scream" não conseguiu passar para o palco... ou a interpretação não correu a 100% ao cantor. Claramente que foi um dos mais votados e continua a ser uma das minhas canções favoritas, mas parece-me que poderá estar fora da corrida direta pelo triunfo.
A Albânia costuma ser um dos meus países favoritos na Eurovisão... Mas com algumas nuances: nem sempre escolhe bem e quando o faz, costuma estragar tudo com os arranjos. Felizmente, 2019 não foi assim. Apesar de não ter sido "amor à primeira vista" com "Ktheju Tokes", a Jonida mostrou-nos porque é tão bom apostar naquilo que é verdadeiramente nosso. Não sou albanês, mas senti-me orgulhoso como se o fosse. Brilhante atuação e estrondosa atuação. Para mim seria top10 na Final... Mas muito dificilmente passará do meio da tabela. Parabéns Albânia.
A Noruega trouxe-nos uma das escolhas mais duvidosas da edição, mas que nos mostro que até as canções "foleiras" fazem falta na Eurovisão. Não que eu a considere foleira... Mas perceberam. O trio esteve bastante bem em palco, apostando tudo nos gráficos e deixando de lado as "piroseiras" que todos vimos no vídeo lip. A parte do sami é, de longe, a minha favorita, ficando eu em pânico com a falha na letra... De modo geral gosto (e muito) e acredito que tenha potencial para um bom resultado na Final. Veremos até onde o júri os deixa voar...
A Holanda é provavelmente um dos "maiores favoritos" dos últimos anos do Festival Eurovisão com o hype a crescer cada vez mais... Sempre fui muito reticente sobre todo esse foco, mas admito que Duncan Laurence me consegui surpreender. Apesar de estar longe do perfeito, o cantor fez uma interpretação bastante segura e consistente de "Arcade", apostando num palco simples, mas complexo ao mesmo tempo. Tudo ali funciona, especialmente a luz no último refrão... Arrepiou-me e decerto me voltará a arrepiar no sábado. Não sei se vencerá tão facilmente como o desenham, mas ficarei feliz se tal acontecer. (PS: A nossa Mila Dores deve estar orgulhosa de ter servido de inspiração para a canção da Holanda).
Dentro do mote de arrepiar, eis que surge a Macedónia do Norte. Fora da Final desde 2012, o país estreou a sua nova nomenclatura da melhor forma. Uma grande canção onde dominou a emoção e o dramatismo, a ser defendida por uma cantora experiente e de um profissionalismo fora do comum só poderia resultar num grande momento de música. E de televisão: este é um claro exemplo de que uma grande canção e uma grande voz, aliadas a uma forte presença, são mais que suficientes para encher o palco. Foi uma das minhas favoritas da noite e gostava muito que estivesse nos lugares cimeiros da classificação. Contudo, a passagem à Final já foi uma vitória antecipada para o país
O Azerbaijão encerrou o lote de participantes da transmissão. "Truth" é bastante cativante e ganhou imenso com a encenação em palco. Chingiz faz também uma interpretação bastante capaz e acredito que possa vir a surpreender na classificação final.
E não há melhor forma de encerrar este artigo com aquele que foi um dos momentos mais bonitos da história do Festival Eurovisão: os Shalva Band com "A Million Dreams". Nem é preciso comentar... basta ver e ouvir, mas especialmente SENTIR! Momento magnífico!
Fonte: OPINIÂO /Imagem e Vídeo: Eurovision.tv
Obrigado Nuno por seus comentários. Sempre espero por este seu artigo. Amo ler.
ResponderEliminarO Christer Bjorkmann vai ficar a pula de alegria ao saber deste favoritismo gritando cm qualquer criança mimada faria "7 vitórias 7 vitórias 7 vitórias 7 vitórias" ...
ResponderEliminarDúvidar da vitória holandesa aqui só acontece porque a preferência pessoal está no país que mais egoistamente quer vencer só por vencer. E quando a nossa preferencia pessoal não é a mesma q a maioria... chateia-nos ... mesmo que não queiramos reconhecer. De perfeito a sueca tb nao teve muito ...ao contrário do que se passou com o MF o jogo de vozes das black mamas esteve abaixo das minhas expetativas ... por isso imperfeição para todos lados.
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