O Barbara Dex Award, conhecido como o prémio do mais mal vestido, é atribuído, anualmente, desde 1997 a um dos figurinos mais notáveis do Festival Eurovisão. Recorde connosco os diversos vencedores da distinção.
Criado por Edwin van Thillo e Rob Paardekam, fundadores do site holandês The House of Eurovision, o Barbara Dex Award surgiu, pela primeira vez, em 1997. A distinção ao candidato mais mal vestido da edição ganhou o nome da cantora belga Barbara Dex que, em 1993, participara no Festival Eurovisão com um vestido transparente feito por si e que fez furor na imprensa internacional... pelos piores motivos.
Debbie Scerri, representante de Malta em 1997, foi a primeira vencedora da distinção, enquanto o icónico Guildo Horn, representante alemão em 1998, venceu a segunda edição do prémio. De realçar que, nas duas primeiras edições, a escolha do vencedor foi feita internamente pelos administradores do The House of Eurovision.
Nos dois primeiros anos em que o prémio foi entregue por votação pública, os vencedores foram os últimos classificados da edição: Lydia, representante de Espanha em 1999, e Nathalie Sorce, representante da Bélgica em 2000, venceram o Barbara Dex além do último lugar da classificação. Piasek, da Polónia, e Michalis Rakintzis, da Grécia, venceram o prémio nos dois anos seguintes.
Em 2003, o Barbara Dex Award foi entregue às t.A.T.u, representantes da Rússia, dupla que ultrapassou Karmen Stavec, da Eslovénia, na classificação por apenas 5 pontos, enquanto os britânicos Jemini, últimos classificados na gala, encerraram o pódio. Por sua vez, em 2004, o prémio foi entregue a Sanda Ladosi, representante da Roménia, enquanto os polacos Blue Café ficaram a apenas 3 pontos do triunfo.
Em 2005, Portugal ficou perto de vencer o Barbara Dex Award, com a dupla 2B a ser apenas ultrapassada pelo vencedor Martin Vucic, representante da ARJ Macedónia, e pela islandesa Selma. Contudo, no ano seguinte, o prémio não escapou a Portugal: o grupo Nonstop, vestidas por Dino Alves, arrebatou o troféu com 196 votos, enquanto a Finlândia (89) e a Islândia (75) encerraram o pódio. Foi a primeira vez que um país semifinalista venceu o prémio.
Em 2007, os dois primeiros classificados disputaram também o Barbara Dex Award: Verka Serduchka levou a melhor e venceu o troféu com 297 pontos, mais 14 que a Marija Serifovic da Sérvia. Contudo, esta é a vencedora do troféu que melhor classificação alcançou no concurso. Por outro lado, Portugal ficou nas últimas posições com apenas 7 votos. No ano seguinte, o troféu foi entregue à espanhola Gisela, representante de Andorra em Belgrado, com 104 pontos, seguida da Bélgica (30) e Espanha (23). Portugal, com apenas 4 pontos, ficou de fora dos 20 primeiros.
Zoli Ádok, representante húngaro em 2009, foi o vencedor do Barbara Dex Award 2009, sendo seguido pelos representantes da República Checa, Bulgária e Albânia, enquanto Portugal ficou em 17.º lugar. Em 2010, o prémio rumou a Milan Stankovic, representante sérvio, com os candidatos da Moldávia, Rússia, Letónia e Arménia a completarem o top5. Na edição de 2011, o grupo da Geórgia Eldrine venceu a distinção com 133 pontos, seguido dos representantes da Irlanda (81) e da Moldávia (66). Portugal, representado pelos Homens da Luta, ficou em 5.º lugar com 59 pontos.
Trijntje Oosterhuis, representante holandesa, venceu o Barbara Dex Award com mais do dobro da pontuação de Bojana Stamenov, da Sérvia, e dos Electro Velvet, do Reino Unido, com Portugal a ficar de fora dos 10 mais votados. No ano seguinte, o troféu seguiu para a Croácia, com Nina Kraljic, a arrecadar 770 pontos, mais do dobro da alemã Jamie-Lee (335) e de Rykka (201). Essa foi a primeira edição organizada pelo Songfestival.be. Slavko Kalezic, de Montenegro, venceu a edição de 2017, sendo que a organização apenas revelou o pódio da votação: Letónia e República Checa ficaram em segundo e terceiro lugar, respetivamente.
Em 2012, Rona Nishliu venceu a distinção com uma das maiores votações de sempre: a cantora da Albânia arrecadou 829 pontos, sendo seguida pela Irlanda (551) e pela Bulgária (232). Três anos depois da primeira vitória, a Sérvia tornou-se, em 2013, no primeiro país com dois Barbara Dex Awards: o grupo Moje 3 arrecadou 35% dos votos e superou os candidatos da Roménia e Israel. Em 2014, a vitória sorriu à cantora Vilija Matačiūnaitė, da Lituânia, com 311 votos, sendo seguida por Itália e Moldávia, ambos com 90 votos.
Trijntje Oosterhuis, representante holandesa, venceu o Barbara Dex Award com mais do dobro da pontuação de Bojana Stamenov, da Sérvia, e dos Electro Velvet, do Reino Unido, com Portugal a ficar de fora dos 10 mais votados. No ano seguinte, o troféu seguiu para a Croácia, com Nina Kraljic, a arrecadar 770 pontos, mais do dobro da alemã Jamie-Lee (335) e de Rykka (201). Essa foi a primeira edição organizada pelo Songfestival.be. Slavko Kalezic, de Montenegro, venceu a edição de 2017, sendo que a organização apenas revelou o pódio da votação: Letónia e República Checa ficaram em segundo e terceiro lugar, respetivamente.
Em 2018, os Eye Cue, representantes da ARJ Macedónia (atual Macedónia do Norte) em Lisboa, conquistaram o segundo prémio para o país, seguidos pelos representantes da Austrália, Bélgica, Montenegro e a vencedora Netta Barzilai de Israel. Por sua vez, 13 anos depois do primeiro triunfo, Portugal voltou a vencer o Barbara Dex. O figurino usado por Conan Osiris, criado por Luís Carvalho, venceu a votação, sendo seguidos pelos representantes de Chipre, Bielorrússia, Bélgica e Macedónia do Norte.
Foi devido ao fato palmeira-verde-das-arábias avant-garde que o Pokeconan levou ao Pokefestival que a canção Portuguesa (por sinal, também avant-garde!) não terminou em último lugar, pois a sua beleza espampanante cativou um número suficiente de pessoas de modo a garantir o seu voto!...
ResponderEliminarQuando se é demasiado edgy para um festival que é sobretudo mainstream, corre-se o serio risco de acabar como Portugal acabou - uma das piores classificações da sua historia. Este fato eu entendo, mas acredito que a maioria não consiga perceber. Foi um risco e a musica era boa, mas um staging um bocadinho mais pensado e roupas menos estranhas, talvez fossem o suficiente para passar à final e ate ter uma boa classificação. O risco foi tomado, e no final nao fomos compreendidos pela maioria da Europa. Julgo que nos próximos anos teremos que repensar o modelo do FdC
ResponderEliminarAdmito que há indumentárias que chocam por inapropriadas para um programa visto por tantos milhões de espetadores, mas há que ter em conta o tipo de atuação que se pretende. O representante da Lituânia, por exemplo (e note-se que gostei da canção e da interpretação), estaria bem vestido para a ocasião? Não havia mau gosto na roupa que escolheu, mas com ela poderia ter também atuado no baile da junta de freguesia local. Por outro lado, por que não há um prémio, por simbólico que seja, para o(a) mais bem vestido(a)? E para o melhor "staging"? E para a melhor letra? Porquê para o pior figurino? Já agora uma breve consulta ao YouTube permite ver (e ouvir!) que Barbara Dex (desnecessariamente humilhada com este pseudo-prémio) prosseguiu a sua carreira na Flandres, onde é uma artista respeitada. Não é um grande país (oficialmente nem é um país), não se está perante uma carreira internacional, mas aqui está alguém que (sobre)vive da música, mais de 25 anos depois da experiência eurovisiva. Outros(as) houve e há que, mais bem vestidos(as) e mais bem pontuados(as), tiveram de pôr a música de lado.
ResponderEliminarCredo, havia bem pior...
ResponderEliminar