De Lys Assia a Dana International, passando por Céline Dion e Kate Boyle, o ESCPORTUGAL convida-o a recordar, em pleno Dia Internacional da Mulher, as mulheres mais marcantes da história do Festival Eurovisão (e do Festival da Canção).
Originado numa manifestação de operárias de uma fábrica de têxteis em Nova Iorque em 1857, onde um incêndio decorrido durante a greve causou a morte a cerca de 130 manifestantes, o Dia Internacional da Mulher começou a ser comemorado em 1909. Contudo, as Nações Unidas apenas proclamaram oficialmente a data em 1975, quatro anos antes da aprovação da Convenção para a eliminação de todas as formas de discriminação contra as mulheres.
Desde então, o dia 8 de março é utilizado para celebrar as conquistas sociais, económicas, culturais e políticas das mulheres em todo o Mundo. E o Festival Eurovisão não é excepção. Em dia de celebração, recordamos algumas (das muitas) mulheres que moldaram a história do concurso ao longo dos anos, dominando, em absoluto, a lista de vencedores do Festival Eurovisão, bem como do Festival da Canção.
Lys Assia
Vencedora da primeira edição do Festival Eurovisão em 1956, em representação da Suíça, Lys Assia contou também com outras duas participações. Apaixonada pelo certame, a cantora suíça acompanhou ao vivo inúmeras edições do concurso internacional, tendo falecido aos 94 anos de idade, a 24 de março de 2018, ano em que Portugal organizara o Festival Eurovisão.
Simone de Oliveira
Depois do terceiro lugar na edição inaugural do Festival da Canção, Simone de Oliveira tornou-se, em 1965, a primeira mulher a representar Portugal no Festival Eurovisão, levando "Sol de Inverno" a Napóles, onde recebeu o primeiro ponto da história portuguesa no concurso. Quatro anos regressa ao concurso internacional com "Desfolhada Portuguesa", canção que causa grande polémica em Portugal devido à expressão "Quem faz um filho, fá-lo por gosto". Depois de uma pausa forçada na carreira, regressa ao ativo em 1973, sendo uma das cantoras mais acarinhadas pelo público português.
France Gall
Um dos ícones da música yé-yé, France Gall venceu o Festival Eurovisão de 1965 com "Poupée de cire, poupée de son" em representação do Luxemburgo. Com 32 pontos de 10 dos 18 países, a canção, considerada a primeira canção pop a vencer o Festival Eurovisão, conquistou a segunda vitória do país, lançando France Gall para uma carreira internacional até 1997, ano em que abandona a carreira depois da morte da filha. Faleceu no início de 2018, aos 70 anos de idade.
Kate Boyle
Filha de pai italiano e mãe britânica, Kate Boyle foi a única apresentadora do Festival Eurovisão a conduzir quatro edições do certame: 1960, 1963, 1968 e 1974. Manequim, atriz e locutora de continuidade da BBC, Kate Boyle foi uma das personalidades televisivas mais marcantes do século XX. Na edição de 1998, também sediada no Reino Unido, Katie Boyle foi convidada da BBC. Em 2004 foi concorrente convidada do concurso "O Elo Mais Fraco", numa emissão especial dedicada ao Festival Eurovisão. Faleceu em março de 2018, aos 91 anos de idade.
Gigliola Cinquetti
Vencedora do Festival Eurovisão de 1964, Gigliola Cinquetti regressou ao concurso dez anos depois em defesa de "Si". A canção causou grande polémica em Itália... tendo em conta que o país se preparava para um referendo sobre a legalização do aborto. Várias rádios e emissoras censuraram a canção por alegada campanha a favor da legalização. A canção acabou em segundo lugar no concurso e o não venceu o referendo com 59% dos votos.
Céline Dion
Escolhida internamente pela emissora helvética, Céline Dion, cantora canadiana, conquistou a segunda vitória da Suíça no Festival Eurovisão com "Ne partez pas sans moi", com uma das votações mais mediáticas da história. Três anos depois da vitória, a cantora lançou o álbum Unison, estabelecendo-se como uma das maiores artistas da história da música mundial e outras áreas de língua inglesa no mundo. Com mais de 250 milhões de discos vendidos, Céline Dion é uma das artistas mais premiadas a nível mundial.
Dana International
Nascida em 1972 em Telavive, Dana International submeteu-se, em 1993, a uma cirurgia de mudança de sexo, depois de vários anos a cantar em discotecas como drag queen. Cinco anos depois, Dana conquista o direito de representar Israel no Festival Eurovisão de 1998 com "Diva", eleição que foi condenada pelos judeus ortodoxos e as alas mais conservadoras da sociedade israelita que apelaram para a sua desclassificação. Vence o Festival Eurovisão em Birmingham, tornando-se uma das referências da história do concurso, onde voltou a concorrer em 2011, falhando o apuramento para a Grande Final.
Loreen
Vencedora do Melodifestivalen 2012 com a maior votação da história do concurso, registando mais de 670 mil telefonemas, Loreen entrou para a história do Festival Eurovisão com "Euphoria", canção que recolheu 372 pontos, uma das maiores pontuações de sempre. Em Baku, a cantora manifestou o seu desagrado com o regime do país, tendo reunido com alguns ativistas locais. Por sua vez, a canção tornou-se um sucesso mundial, alcançando o número 1 nos tops dos vários países e vendendo mais de 2 milhões de cópias.
Luísa Sobral
Em mais de cinco décadas de história, Luísa Sobral foi a terceira (!) compositora a vencer o Festival da Canção. "Amar Pelos Dois", canção defendida pelo seu irmão, Salvador Sobral, conquistou a primeira vitória portuguesa no Festival Eurovisão com uma pontuação recorde, recolhendo o favoritismo do público e do júri.
Netta Barzilai
Inspirada no movimento #MeToo, Netta Barzilai defendeu "Toy" no Festival Eurovisão 2018, canção com uma mensagem a favor da emancipação feminina e contra toda forma de assédio. A canção venceu a competição com a preferência do televoto e Netta Barzilai lançou, posteriormente, "Bassa Sababa", canção em que também destaca a figura feminina na sociedade atual.
Fonte: ESCPORTUGAL/Imagem: Google/Vídeo: Eurovision.tv
Ainda estou para perceber o fascinio com a Simone, ja que ficou duas vezes em penultimo.
ResponderEliminarSó neste site
EliminarPois...
EliminarQue interessa isso? É uma lenda viva
EliminarSubscrevo a 100%. A Simone é homenageada em praticamente todas as edições do festival da canção. Pessoalmente gostei da representação dela com a desfolhada contudo não acho que seja a actuação melhor que levamos a eurovisao. Apesar do resultado la fora ter sido um penúltimo lugar acho bem que ca dentro se dê valor mas parece-me exagerado face a outros representantes que enviámos. Também a Rita Guerra em 2003 ficou no fim da tabela e para mim foi das melhores canções e actuações que já levámos à Eurovisao. E nunca em Portugal seja no contexto que for, essa actuação é relembrada ou falada. E se formos ver não é por ser recente pois de 2003 ate hoje já la vão 16 anos (tempo suficiente para também ser considerada como parte da "história" de Portugal no certame.)
ResponderEliminarJa se fizeram mais homenagens que Festivais quase
Eliminarpara anónimo das 23:01: A tua frase só pode vir de alguém com tal baixa densidade de neurónios, que nem vale a pena tentar explicar porque é que Simone é uma mulher fascinante e relevante. Não vale a pena.
ResponderEliminarFaltam a Petra e a Mena
ResponderEliminarA senhora Simone, inculto insensível
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