Depois de várias polémicas ao longo dos anos por alegadas compras de votos, a emissora bielorrussa BTRC revelou que aboliu o televoto na final nacional deste ano a pedido dos participantes.
Em entrevista ao principal canal da emissora bielorrussa, Ivan Eismont, chefe da BTRC, reagiu às acusações de que a estação manipulou os resultados da final nacional para o Festival Eurovisão 2019 com a retirada da votação do público. Segundo Ivan Eismont, a decisão de abolir o televoto baseou-se na opinião dos concorrentes: "A pedido dos artistas e dos produtores removemos a votação por telefone (...) Era um ciclo vicioso".
O chefe da emissora frisou também que o presidente do país, Aleksandr Lukashenko, fez um apelo aos jurados da competição: "Chamámos pessoas de renome no país para integrarem o júri, incluindo algumas celebridades como o Koldun [Dmitry Koldun, representante do país em 2007]. Mas convém lembrar o que o nosso presidente disse na ocasião: «Fechem os olhos e pensem em quem vocês gostariam de ter a representar a Bielorrússia na Eurovisão»".
Estreante em 2004, a Bielorrússia contabiliza 15 participações no certame europeu, tendo apenas cinco participações na grande final do concurso. O melhor resultado remonta a 2007 quando Dmitry Koldun e o tema Work Your Magic alcançaram o 6.º posto em Helsínquia. Em Lisboa, o ucraniano Alekseev representou a Bielorrússia com "Forever" tendo falhado o apuramento para a Grande Final, terminando em 16.º lugar com 65 pontos, nenhum deles oriundo de Portugal.
Traduzindo: uma forma polida de se dizer que a emissora obedeceu a ordem de Lukashenko em abolir o televoto para dar vitória à escolha do "ditador".
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