Responsável pela última vitória de Espanha no Festival Eurovisão, Salomé teceu duras críticas às últimas participações da RTVE no formato, elogiando a canção de Salvador Sobral em 2017: "Uma canção com pés e cabeça e com olhos na cara...".
Salomé, uma das quatro vencedoras do Festival Eurovisão de 1969, esteve, recentemente, em destaque no jornal espanhol ABC com uma entrevista onde recordou o seu triunfo em Madrid. "Eu não esperava, mas admito que fui para ganhar. Sempre o disse: O importante é participar? Não, se é só para participar, é melhor ficar em casa" afirmou a cantora, atualmente com 79 anos de idade, recordando a importância na sua vida, "A Eurovisão fez subir a minha carreira para um patamar ainda mais acima. O meu cachet subiu e tive a sorte de fazer diversas tournés. Se antes do Festival tinha conhecido meio mundo, depois dele corri a outra metade". "Estive dez anos sem o cantar... Agora só no chuveiro" afirmou, quando questionada sobre se continua a cantar "Vivo Cantando", tema responsável pela última vitória de Espanha no Festival Eurovisão.
Abordada sobre se continua a acompanhar o Festival Eurovisão, a cantora garante que não reconhece o certame: "Veja como o meu corpo mudou... a Eurovisão mudou igualmente. Agora é tudo karaoke, a orquestra não aparece em lado algum e aparecem alguns cromos com bonecos atrás (...) No ano passado não aguentei até ao fim, porque adormeci. Mas quando vi o vencedor nem sabia o que pensar". Salomé vai mais longe e compara as duas últimas duas canções vencedoras do certame: "A louca que passou a atuação aos gritos, parecendo estar possuída? Acha aquilo música? Vamos lá comparar com a canção do Salvador Sobral, no ano anterior: aquilo sim, era uma canção que tinha pés e cabeça e olhos na cara...".
Sobre a última participação de Espanha, Salomé criticou a atitude da RTVE no concurso: "Eles era muito bons cantores, mas não gostava da canção... nem das roupas. Por amor de Deus, meninos tão jovens... Ela, pobre mulher, nem sei o que me parecia e ele parecia um porteiro de discoteca. Não cuidaram deles como mereciam" afirmou, lamentando a falta de interesse para o certame, "Não há vontade. A canção para a Eurovisão tem de ser feita por compositores que conheçam muito bem os cantores que a vão cantar... Por cá, há uma grande audiência no concurso, mas a RTVE é que tem de tomar medidas. O dinheiro gasto está a ser atirado ao ar. Ou vamos bem ou o melhor é não participar".
Fonte/Imagem: ABC / Vídeo: Youtube
Palmas para esta senhora, nao sou do tempo dela mas ao ler isto so me da vontade de elogiar
ResponderEliminarRazao nao lhe falta
ResponderEliminarO clássico choque de gerações no universo eurovisivo ...no qual as gerações mais antigas não conseguem acompanhar ou perceber o concurso atual ...e uma geração atual tão entrenhada naquilo que o concurso é hoje que não suportam opiniões contrárias que lhe estraguem a festa ... para além de não manifestarem grande interesse na história do concurso. Parece que "carpe diem" se tornou "carpe-not-give-a"
ResponderEliminarai nao! as jeraçoes antigas sabem-no e sabem-no bem. o concurso, como tu lhe xamas, nao é o que estes adolescentes imberbes que se julgao fas pensem que é.
EliminarSó disse verdades, doa a quem doer
ResponderEliminarAvó! Derramou o chá todo!!! ;)
ResponderEliminar