Julio Pérez del Campo, premiado nos Goya 2019 com o documentário 'Gaza', apelou à saída de Israel do Festival Eurovisão: "Não devemos ser cúmplices do apartheid israelita. Israel no Festival Eurovisão não, por favor".
Sevilha recebeu, este sábado, a atribuição dos Prémios Goya, gala apresentada por Andreau Buenafuente e Silvia Abril, backing singer e bailarina de Rodolfo Chikilicuatre no Festival Eurovisão 2008, com a RTVE a conquistar a melhor audiência dos últimos nove anos, com mais de quatro milhões de espectadores espanhóis a acompanhar a transmissão.
Amaia Romero, representante de Espanha em Lisboa, foi uma das convidadas musicais do espetáculo, que também contou com outra referência (inesperada) ao Festival Eurovisão. Julio Pérez del Campo, um dos criadores do documentário 'Gaza', premiado na gala, apelou à saída de Israel do Festival Eurovisão: "Apesar das tentativas de censura, estamos aqui graças à Academia e aos académicos que rompera o silêncio em defesa dos direitos humanos" afirmou Julio Pérez del Campo, acompanhado por Carles Bover em palco, "a partir da cultura pode-se fazer muitas coisas. A primeira é não legitimar países que violam sistematicamente os direitos humanos. Para isso não devemos ser cúmplices do apartheid israelita. Israel no Festival Eurovisão não, por favor" defendeu, dedicando o prémio "a todos os que têm mantido viva a luta pelo povo palestino e para os que não se renderam ao extremismo".
Fonte/Imagem: ElEspanhol / Vídeo: RTVE
Às vezes deve-se começar-se a ver o que está mais perto para depois se dirigir o olhar para o que está mais longe. Mas talvez seja possível fazer-se o contrário. Deixo aqui dois possíveis títulos para dois possíveis próximos documentários destes cineastas: "Ceuta" e "Melilla". São duas possessões espanholas, onde não se realizam galas televisivas, donde não saem participantes representando a Espanha em concursos internacionais, mas são lugares que existem e dariam para temas de documentários feitos com a dedicação com que decerto fizeram este sobre a faixa de Gaza.
ResponderEliminarQue comparação mais parva e que espelha uma total falta de conhecimento. Vá estudar sff
EliminarNao entendo a sua referencia as cidades de Ceuta e Melilla, a Espanha nao realiza apartheid nem genocidio aos nativos como Israel esta a realizar sistematicamente ao povo palestino
Eliminar23.56 - Há várias formas de desrespeito pelos direitos humanos, umas mais violentas, outras menos, mas nem por isso mais passíveis de serem ignoradas. Contrariamente ao que diz no seu comentário, não se fez nenhuma comparação nem parva, nem inteligente. Aquilo que se disse é que, por vezes, se ignora o que de errado está mais perto de nós. Sobre a situação (passada e, sobretudo, presente - porque o passado não se altera, mas o presente pode e deve alterar-se, se nele há algo de injusto) em Ceuta e Melilla, seria deveras incorreto da minha parte mandá-lo estudar, mas permito-me - creio que educadamente - sugerir-lhe a consulta (por internet, por exemplo) de reivindicações de parte significativa das suas populações. Investir sistematicamente menos na área cultural duma região (e permitir até o trabalho aos 14 e 15 anos) também é discriminação (não se compara, claro com um genocídio, mas nenhuma comparação havia sido feita no comentário). Um outro exemplo, geograficamente distante: por que não se pede a proibição do Azerbaijão no ESC? Respeitar-se-ão devidamente os direitos humanos lá ou, só porque se fala menos do país, deve ignorar-se o tratamento a certos setores da população?
ResponderEliminarÉ sempre mais fácil e dá mais audiência bater em Israel...que, só por acaso, é uma democracia, não tão desenvolvida como na Palestina ou em qualquer outro país árabe onde abundam os exemplos de tolerância, respeito pelo outro, ecumenismo...que até realizar um ESC com uma Conchita ou bandeiras LGBT seria totalmente possível e até incentivada
EliminarÉ por isso que não concorrem: porque tinham de permitir a exibição da canção israelita...
Inicialmente protestava-se contra a organização do ESC em Jerusalém, depois contra a organização em Israel. Agora Julio Campo diz "Israel no Festival da Eurovisão, não!". São as suas ideias, tudo bem. Mas o mais coerente seria dizer: "Israel em competições internacionais, não!". Será que para ele Israel nos Jogos Olímpicos já faz sentido? Ou nas eliminatórias do Campeonato Europeu de Futebol? Ou em provas internacionais de canoagem ou windsurf, em que têm sempre bons resultados? Ou também na pré-seleção para o óscar e outros prémios de cinema na categoria de Melhor Filme Estrangeiro?
ResponderEliminarO objectivo desta gente democrata e tolerante é eliminar Israel...
EliminarEu sugiro, desde já a este rapaz uns documentários sobre a situação da mulher nos países árabes, violência doméstica, igualdade de género, corrupção, etc...e depois compare tudo isto com Israel
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