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Parlamento grego ratifica nome de Macedónia do Norte


O parlamento da Grécia ratificou, esta sexta-feira, o Acordo de Prespes, permitindo o fim do veto grego sobre a adesão da vizinha Macedónia à NATO. O país altera o seu nome de Antiga República Jugoslava da Macedónia para República da Macedónia do Norte.


28 anos depois, a disputa entre a Grécia e a antiga república jugoslava chegou ao fim. Os deputados gregos ratificaram, esta sexta-feira, o Acordo de Prespes que permite o fim do veto da Grécia sobre a adesão da vizinha Macedónia à NATO, com a mudança de nome de Antiga República Jugoslava da Macedónia para República da Macedónia do Norte.

O acordo, previamente assinado por Atenas e Skopje em junho, enfrentou uma forte oposição e já custou ao primeiro-ministro Alexis Tsipras a sua maioria parlamentar. No entanto, Tsipras garantiu esta manhã o apoio de 153 dos 300 deputados do parlamento, incluindo os 145 eleitos pelo partido de esquerda Syriza, no poder desde 2015. Os restantes oito votos foram provenientes de deputados independentes, do centro ou de dissidentes das fileiras do ex-parceiro governamental, os Gregos Independentes (Anel) de Panos Kammenos, que rompeu a coligação em 13 de janeiro a abandonou o cargo de ministro da Defesa por descordar do Acordo de Prespes.

O voto de ratificação surgiu após três dias de intensos debates sobre o acordo, destinado a terminar com quase três décadas de um contencioso que impediu a ex-república jugoslava, independente desde 1991, de aderir à NATO e à União Europeia. Anteriores governos gregos e amplos setores da sociedade argumentaram que a utilização deste nome implicava reivindicações territoriais sobre a sua província do norte com o mesmo nome, e uma usurpação da cultura e da história da antiga Grécia. O Parlamento macedónio tinha já ratificado o acordo sobre a mudança do nome em 11 de janeiro.

A ARJ da Macedónia participa no Festival da Eurovisão desde 1998, tendo participado por 18 ocasiões no certame europeu. O melhor resultado obtido pelo país remota a 2006, quando Elena Risteska e Ninanajna conquistaram a 12.ª posição em Atenas, sendo que desde a implementação das duas semifinais, o país apenas conseguiu o apuramento em 2012. Em Lisboa, o grupo Eye Cue levou "Lost and Found" ao palco eurovisivo, terminando em 18.º lugar na semifinal 1 com 24 pontos. Em 2019, primeiro ano em que participará como Macedónia do Norte, o país será representado por Tamara Todevska.



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Fonte: Expresso/Observador/ Imagem: Google/Vídeo: Eurovision.tv
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  1. Anónimo00:22

    Achoq ue os gregos implicaram demasiado. Podiam deixar so Republica da Macedonia que ja significava que nao era a regiao da grecia chamada macedonia

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    Respostas
    1. Anónimo01:48

      Concordo.

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    2. Anónimo14:24

      Discordo porque é uma forma de se apropiar de uma cultura que nao lhes pertence(tentar usar a estrela de Vergina na bandeira e a estatua de alexandre magno etc) e isto poderia causar futuras reivindicaçoes irredentistas

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  2. Anónimo15:02

    As coisas são mais complicadas do que parece.
    A questão do nome têm a ver sobretudo sobre a Alexandre o grande.
    A ARJ da Macedónia sempre foi vista como querendo roubar a herança de Alexandre e o nome como prova que a província grega lhes pertence.
    Há motivos históricos para a ARJM ter o nome que têm, parte do território a sul fazia parte do antigo reino da Macedónia, mas grande parte do antigo reino e a sua capital fazem parte da atual província grega Macedónia.
    Há algumas cláusulas no acordo entre Skopie e Atenas que servem para evitar que algum governo da Macedónia (ou Grego) tenha ambições territoriais ou tentem apropriar-se de património histórico.

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  3. Anónimo15:06

    Aconcelho ler este artigo da wikipedia para perceber melhor esta questão:

    https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Disputa_sobre_o_nome_da_Maced%C3%B4nia

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