Conhecida a lista de compositores do Festival da Canção 2018, apresentamos uma curta biografia dos 16 nomes que estão a trabalhar na seleção de Portugal para o Festival Eurovisão 2019.
Depois de divulgada a lista de 16 compositores do Festival da Canção 2019, o ESCPORTUGAL apresenta uma curta biografia de cada um. Pode recordar a primeira parte deste artigo AQUI.
Lura
Lura, nascida em Lisboa em 1975, é uma cantora de ascendência cabo-verdiana. A sua carreira como cantora despontou em 1996, aos 21 anos, quando gravou seu primeiro álbum, cuja canção título, "Nha Vida", foi um sucesso imediato e que lhe rendeu um convite para participar no projeto discográfico Red Hot + Lisbon que reuniu grandes nomes da música lusófona. Em 1998, acompanhou Cesária Évora em dois importantes projetos: abriu os espetáculos daquela cantora na Expo'98 e participou, em Paris, da série de concertos do projeto 'Cesária & friends'. Em 2002 lançou o seu segundo álbum, "In Love". Em novembro de 2003 foi uma das três cantoras escolhidas para o projeto Women of Cape Verde, uma série de concertos realizada no Reino Unido, o que lhe rendeu convites e o lançamento de seus álbuns em diversos países europeus. Teve uma pequena participação na terceira série de Morangos com Açúcar, dando vida a Ana Maria. Lançou novos álbuns em 2006, 2009, 2010 e 2015. O seu mais recente EP dá pelo nome de "Alguem Di Alguem".
Escolhida através do programa Masterclass, da Antena 1, Mariana Bragada dá-se pelo nome artístico de Meta. Meta, cantautora, nasceu em Bragança, em 1997, e com a necessidade de cantar - tanto para passar o tempo, como para libertar segredos. Começou a escrever as próprias músicas na guitarra aos 16 anos. Mais tarde, mudou-se para o Porto e, influenciada pelo ritmo da cidade, incorpora uma LoopStation no seu projeto “A voz, a vós, avós” e aí se inicia uma nova caminhada. Atualmente, para além da guitarra, Meta improvisa e explora as melodias criadas no momento com a Loopstation - sons criados no agora, espontâneos e livres, numa procura contínua de partilha e empatia e apelo à ação.
Nasceu no Porto, em 1972, e é um dos mais conhecidos músicos portugueses. É licenciado em Direito pela Universidade de Coimbra. É autor, intérprete e vocalista dos Blind Zero. Formados em 1994 no Porto, os Blind Zero rapidamente atingiram um estatuto importante e de referência na música portuguesa. Contam com dois EPs e nove álbuns lançados, o último dos quais em 2017.
NBC
Timóteo Tiny é o seu nome verdadeiro. Originário de uma família são-tomense, NBC desde muito cedo começou a preocupar-se com as desigualdades sociais. A incursão na música começa em 1993, por força da religião, através da Igreja Evangélica. NBC significa Natural Black Color. Nasceu em 1974 e veio para Portugal com a família quando tinha cinco anos de idade. As suas canções desde o primeiro disco "Afrodisíacos", de 2003, são de intervenção, com apelos à emancipação. NBC é reconhecido por fazer parte do grupo de jovens responsáveis pelo movimento do hip-hop em português, que nasceu na margem sul do Tejo. Em 2019 deverá lançar um novo álbum.
Rui Maia
É o homem por trás dos projetos Mirror People e X-Wife. Mirror People é um projeto com um universo musical que junta influências do “disco-sound” dos anos 70 com sons atuais da música de dança. Após alguns temas em editoras como Permanent Vacation, Discotexas ou Future Disco, o álbum de estreia "Voyager" surge em 2015 com singles relevantes e com bastante airplay tais como "I Need Your Love", "Come Over" ou "Dance The Night Away". Já X-Wife é uma banda de indie rock e pós-punk. É constituída por João Vieira (Dj Kitten) (voz/guitarra), Fernando Sousa (baixo) e Rui Maia (sintetizadores/teclas). O seu primeiro álbum foi lançado em 2003 e o último em 2011.
São Pedro
S. Pedro é o alter-ego de Pedro Pode, ex-homem forte dos Doismileoito. Havia muitas ideias soltas no computador e no telemóvel que tinham de ser concretizadas, que tinham de ser gravadas. Então, para se “livrar” destas melodias, que já mais pareciam um grilhão que o impedia de seguir em frente, construiu um estúdio analógico, uma oficina de artesão. E foi gravando, com tempo, em fita magnética, aperfeiçoando arranjos, acrescentando instrumentos e convidando amigos para colaborarem. Assim nasceu “O Fim”, uma coleção de canções de métrica redonda e recorte clássico, pop inteligente, afinada e ambiciosa. Histórias quotidianas, letras que nos fazem sorrir e versos que ficam a ressoar. Tendo em conta a delicadeza das canções, Pedro convidou os melhores músicos para o ajudar a levar o disco aos palcos deste país: Tó Barbot, Cláudio Tavares e Sérgio Bastos.
É uma One Woman Band cujo disco de estreia, "Antwerpen", lançado a 13 de Outubro de 2017, foi considerado um dos melhores do ano pela grande maioria dos meios de comunicação social nacionais e nomeado para melhor disco europeu do ano. Depois de começar 2018 com a presença no festival Eurosonic, conta já com um ano recheado de concertos em mais de doze países e por festivais como NOS Alive, Paredes de Coura ou South By Southwest, onde foi apontada pela NPR como uma das melhores descobertas do ano. Surma é Débora Umbelino e vem de Leiria mas o que nos traz vem de locais bem mais exóticos. Domina teclas, samplers, cordas, vozes e loop stations em sonoridades que fogem do jazz para o post-rock, da electrónica para o noise. Do universo alternativo foi conquistando público um pouco por todo o lado. O primeiro single de apresentação, "Maasai", indicava um caminho singular que "Antwerpen" veio a consolidar. "Hemma", single do disco, foi nomeado para melhor canção nacional nos prémios SPA 2017. Surma tem 23 anos e, neste momento, é já uma das figuras incontornáveis na nova música portuguesa, com provas dadas dentro e fora de portas.
Tiago Machado é um jovem pianista e compositor, que lançou recentemente “Soundlapse”, álbum de estreia que conta com a participação especial da fadista Mariza. Segundo o autor a sonoridade de Soundlapse é “uma fusão de tudo aquilo que eu sou: tem a dimensão do cinema, o dramatismo do fado, a técnica da música clássica e o frenesim do jazz". Efectuou e concluiu os seus estudos de piano no Conservatório de Música Nacional. Em simultâneo com os estudos clássicos, sempre demonstrou uma grande paixão pelo jazz. Em paralelo ao estudo do piano, Tiago Machado tem efetuado inúmeras composições para artistas consagrados, de onde se destaca o tema “Ó gente da minha terra”, interpretado por Mariza, que lhe valeu um Urso de Prata no Festival de Cinema de Berlim. Além desta obra, Tiago Machado já efetuou composições como “Melhor de Mim”, também interpretado por Mariza, “O Homem do Saldanha” interpretado por Carlos do Carmo e Marco Rodrigues, “Alguém me ouviu” interpretado pelo famoso rapper Boss AC, entre muitas outras obras conhecidas do grande público. Em 2008, participou no Festival da Canção como compositor de "Em Água e Sal", tema que acabou em 3.º lugar na voz de Marco Rodrigues.
Fonte: ESCPORTUGAL/ Imagem:GOOGLE / Vídeo: YOUTUBE
Surma 😱😱😍😍😍😍
ResponderEliminarSurma sem dúvida. ARTE e atmosfera.
ResponderEliminarSurma isso ALGO!!!!
ResponderEliminar...vamos a isso!
Já começam com isso de "Surma sem dúvida", "DAMA" sem dúvida, "Calema sem dúvida"?
ResponderEliminarEsperem pelas canções e ouçam-nas depois sem juízos pré-concebidos. Foi essa atitute preconceituosa do público e fãs cegos que este ano ditou o voto em canções fracas da Isaura e do Piçarra, em detrimento de outras propostas bem melhores, que ficaram pelo caminho.
O resultado viu-se.
Propostas melhores?? Ahhhh ta! Quais???
EliminarSim, em termos de qualidade da composição, Francisca Cortesão & Afonso Cabral, JP Simões e Júlio Resende, por exemplo, estavam muito acima dessas duas canções com três notas.
EliminarAté a do Janeiro era mais elaborada (embora tivesse um arranjo minimalista).
No meu caso apenas digo que tenho grandes expectativas em função aos vídeos aqui postados... Evidentemente que, tal como em 2017, me deixarei levar pela qualidade intrínseca da canção, interpretação e então as minhas expectativas podem vir a ser goradas e passar a defender outra proposta. Surma, que eu desconhecia, por enquanto deixa-me com curiosidade.
EliminarDeixa-te de tretas. Nao havia propostas melhores que a do piçarra, talvez a do fadista, com essa acho que nao ficavamos em ultimo. A da Isaura foi culpa dela porque preferiu fazer o que lhe apetecia ao inves de tentar ouvir outras opiniones.
EliminarTotalmente de acordo. A arrogância da Isaura que nada fez em tempo útil, e bem que foi avisada, garantiu o humilhante último lugar ainda por cima em casa.
Eliminarmeh... mais do mesmo
ResponderEliminarmeh, tal como o seu comentário
EliminarNão desmerecendo o trabalho dos artistas e até porque pessoalmente gosto do trabalho de alguns deles e todos têm imensa qualidade, mas vejo algumas propostas que infelizmente podem correr o risco serem demasiado alternativas para a Eurovisão.
ResponderEliminarSe por um lado há experiências do género que correm bem (o Salvador foi um exemplo disso) por outro há algumas que são uma desgraça e dão-se muito mal.(Letónia 2017,Geórgia 2018).
Mas ainda assim prefiro um FC assim, ecléctico e estranho, do que um festival de musica pop(?) amador e antiquado com os mesmos de sempre que era até há uns 4 anos atrás.
Por isso parabéns RTP :)
Continuo a defender e a acreditar que uma proposta em inglês apenas triunfará no Festival de Canção se for um assombro... E fico com a ideia que poderá ser este ano.
ResponderEliminarNão sei porque tanto entusiasmo com a Surma, provavelmente vai ser uma Isaura 2...
ResponderEliminarRealmente nãp entendo porque é que o miguel guedes foi convidado, nao havia nenhum compositor de metal ou rock? Sei la, o Vasco dos More than a thousand que sao super conhecidos la fora? ou o facto de só cantarem em ingles tem algo a ver ? O fernando dos moonspell tambem? É que nota-se tanto que nem se esforçaram porque duvido que nem um musico aceitasse fazer parte disto. Até há uma banda que junta heavy metal com fado. A RTP podia visitar uns barzinhos e festivais mais underground onde muitos compositores de metal dao concertos, mas nao...parece que as cunhas persistem.
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