Todas as semanas no ESCPORTUGAL, a crítica aos álbuns editados por artistas que participaram no concurso Eurovisão da Canção e/ou seleções nacionais ao longo dos anos. Hoje, o destaque vai para o novo álbum de Francine Jordi, "Noch lange Nicht Genug".
O responsável da rubrica é Carlos Carvalho.
Lançamento: 28 de setembro de 2018
Nota: 5/10
A Eurovisão é um concurso e, como tal, todos os
participantes (CONCORRENTES) gostam de ficar bem classificados. Contudo, por
muita boa ou muito má que seja a classificação da noite do grande sábado, ela
será sempre uma nota de rodapé para um artista que constrói uma verdadeira
carreira. Os exemplos para esta máxima são muitos e quase todos os anos (para
não dizer todos) têm casos reais. O ano de 2002 não é exceção e a suiça
Francine Jordi passou quase em branco no quadro classificativo em Tallinn - um
22º lugar entre 24 - mas no regresso a casa foi galardoada com disco de ouro
pelo álbum “Im Garten meiner Seele”, sim, o disco que incluía a ignorada “Dans
le jardin de mon âme”, tendo ainda este álbum ter sido a sua estreia no top
austríaco….. um feito conseguido por poucos da classe de 2002.
Os
anos passaram, a menina bonita de olhar inofensivo manteve-se e, sem incomodar
muita gente, foi acumulando ouro, platina e sucesso comercial sólido, quer na
Suiça, quer na Áustria.
2018
dará seguimento a seu legado. “Noch lange Nicht Genug” foi lançado a 28 de
setembro e logo na primeira semana consegue entrar para o #4 do top suíço e #7
do top austríaco, lutando, lado a lado, com as novas entradas para os últimos
álbuns de Bushido (“monstro” do rap alemão), Mylène Farmer e Cher (esta última,
na primeira semana, não foi além do #7 na Suiça com o seu “Dancing Queen”).
“Noch lange Nicht Genug” jorra
schlager em catadupa do início ao fim. Não irá convencer os críticos, mas irá
agradar (como já está agradando) os aficionados do género. Dentro de um estilo deveras
previsível, Francine Jordi joga com o diminuto leque de possibilidades que o
género lhe permite, desde o schlager pop dance com inspiração em ritmos calientes em “Sommer” (#3) à
lembrança disco em “Die perfekte Nacht (Hallelujah)” (#4). O refrão orelhudo,
infantil / irritante, que se cola à
nossa memória em 10 segundos (sim, podem acreditar) tem presença em “Küssen
kann man nie genug” (#10) e o recurso à repetição silábica ecoa em “Karussell”
(#13). As baladas românticas são
obrigatórias neste tipo de registo e Francine Jordi tem algumas no alinhamento
do seu novo trabalho, como a bonita “Ewig ist für uns nicht lang genug” (#5) –
potencial single para o Natal? – ou “Lovesong” (#11), tendo este último tema
sido já divulgado em atuações televisivas na sua versão “Trampolin Remix” (#16)
– um dos momentos altos do disco, juntamente com o dueto “Ich gehe durch die
Hölle für dich” (feat. Bernhard Brink).
De
um modo geral, “Noch lange Nicht Genug” parece-nos decente, mas decerto não representa o que de mais interessante se tem feito neste campo musical, havendo
proposta mais aliciantes e que por aqui já foram analisadas.
Temas promocionais
"Da geht noch mehr"
"Sommer"
Lovesong (Trampolin
Remix)
Heimat
Temas
destacados por Carlos Carvalho: “Lovesong” e “Ich gehe durch die Hölle für
dich (feat. Bernhard Brink)”
Muito legal. Ouvirei as músicas em breve. Obrigado ESC PORTUGAL e Carlos por esse artigo.
ResponderEliminarTenho de dar os parabéns ao responsável da rúbrica e a toda a equipa envolvida… Não concordo sempre com as pontuações atribuídas, mas isso é normal… hehehehehehe… Mas gosto muito de ler pois para além de bem escrito, faz com que descubra coisas muito boas e outras também muito más :D Força aí….
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