Cândida Branca Flor, a eterna cantora de 'Trocas e Baldrocas', completaria hoje 69 anos de idade, se fosse viva. Recorde connosco os melhores momentos da vida e da carreira da cantora alentejana.
Nascida a 12 de novembro de 1949 na vila de Beringel, em Beja, com o nome de Cândida Maria Coelho Soares, tendo adoptado o nome Branca Flor devido a um tema que cantou no início da sua carreira.
Foi na televisão que Cândida se revelou, em 1976, pela mão de Júlio Isidro na apresentação do Fungagá da Bicharada, tendo posteriormente sido a voz da banda sonora do programa. Ainda nesse ano, a sua voz chamou a atenção no álbum 'Coisas do Arco da Velha' da Banda do Casaco, grupo onde entrou na carreira artística, ainda como Cândida Soares. Um dos temas desse álbum, considerado Disco do Ano de 1976, 'Romance de Branca Flor' deu-lhe a inspiração para criar o seu nome artístico.
Em 1979 participa, pela primeira vez, no Festival da Canção com o tema 'A Nossa Serenata', tendo ficado de fora das eleitas da RTP para o evento. Nesse mesmo ano faz sucesso no programa Pisca-Pisca com o tema 'Banho de Lua'. Em 1982 regressa ao Festival da Canção pela mão do seu grande amigo Carlos Paião com o tema 'Trocas e Baldrocas'. Favorita à vitória, a cantora acabou por perder o 1.º lugar para as Doce por apenas 8 pontos, mas conquista um lugar na memória de todos os portugueses.
No ano seguinte, novamente pela mão de Carlos Paião, regressa ao concurso com Vinho do Porto (Vinho de Portugal), em dueto com o autor e compositor do tema. Terminaram na quarta posição, sendo a última presença de ambos no mítico concurso da emissora.
Em 1985 lança o disco infantil 'Cantigas da Minha Escola', enquanto que em 1987 lança 'Cantigas da Nossa Terra', discos que tiveram a colaboração de Carlos Paião e lançaram a cantora para o topo do panorama discográfico em Portugal. Com mais de 140 concertos por ano em Portugal e nas comunidades, Cândida Branca Flor participa em programas históricos da RTP, como Casino Royal, Parabéns e Piano Bar, sendo a sua presença bastante acarinhada pelo público.
Contudo, os últimos anos de vida ficaram marcados pela dor. Um divórcio conturbado, a morte de grandes amigos e os sucessivos aproveitamentos de 'outros', cujos amigos da cantora descreveram como 'abutres que lhe roubaram a paz', fizeram com que a cantora metesse fim à sua vida no seu apartamento em Massamá, a 11 de julho de 2001. Segundo os amigos, a cantora repousa agora "em traquilidade e na paz que sempre procurou em vida, mas que nunca encontrou". Encontra-se sepultada no Talhão dos Artistas do Cemitério dos Prazeres, em Lisboa.
Fica, aqui, a homenagem póstuma do ESCPORTUGAL a Cândida Branca Flor precisamente no dia do seu aniversário.
Fica, aqui, a homenagem póstuma do ESCPORTUGAL a Cândida Branca Flor precisamente no dia do seu aniversário.
Parabéns, Cândida... E descanse em paz a tua alma.
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