O cantor israelita IMRI, representante do país em 2017, esteve recentemente à conversa com o ESCPORTUGAL: "Honestamente, concordo que a Eurovisão seja realizada numa cidade divertida, jovem e sem problemas como Telavive".
Representante de Israel no Festival Eurovisão de 2017, o ator e cantor israelita Imri Ziv esteve, recentemente, à conversa com o ESCPORTUGAL. Com ascendência romena, polaca, austríaca e ucraniana, Imri nasceu em 1991 em Hod HaSharon, tendo-se licenciado em Ciências da Comunicação após cumprir serviço militar obrigatório. Contudo, Imri garante que a música nasceu consigo: "Quando alguém diz IMRI, está a dizer música. Ela aparece em todos os passos da minha vida. Desde que era um bebé recém-nascido estive rodeado por instrumentos tocados pelos meus irmãos. Os meus países garantem que, aos 2 anos, já cantava o 'We Are The Champions' dos Queen".
Depois da participação no The Voice Israel, o cantor teve a sua primeira experiência eurovisiva em 2015, ao acompanhar Nadav Guedj no Festival Eurovisão em Viena: "O produtor da canção perguntou-me se gostaria de me juntar à equipa para esta incrível aventura. Tive de pensar sobre o convite, mas acabei por aceitar... Quem se atreveria a recusar isto? Foi a melhor decisão que tomei na vida! E assim a Eurovisão entrou na minha vida... e nunca mais saiu". Questionado sobre a primeira qualificação do país desde 2010, Imri garante que a posição do país mudou a partir desta participação: "Na minha opinião, em 2015, Israel finalmente percebeu o que é a Eurovisão atualmente. Ok, já vencemos 3 vezes anteriormente, mas foram tempos diferentes. Nós fomos com uma canção completamente em inglês pela primeira vez, com pirotecnia... e demos ao público o que eles querem. Nada se compara ao que vivemos lá! Foi uma experiência incrível! Fui um sortudo em ter tido esta oportunidade".
No ano seguinte, Imri repetiu a experiência eurovisiva, mas de forma distinta: "Na minha primeira Eurovisão fui com a intenção de me promover. No segundo, já fui numa de aproveitar. Hovi Star é totalmente diferente de Nadav Guedj e tornámo-nos grandes amigos. E claro, as canções são totalmente distintas e dessa vez não estive em palco como em Viena.".
A amizade com Hovi Star ficou e foi o representante de Israel em 2016 que incentivou IMRI no ano seguinte: "Ele incentivou-me a tentar ganhar o direito de representar o país. Foi sempre muito positivo sobre o meu talento e arrisquei... Foi um sonho de nós os dois, admito" afirmou o cantor, garantindo que a vitória "foi um sonho tornado realidade". Em Kiev, "I Feel Alive" ficou em 3.º lugar na semifinal, mas não foi além do 23.º posto na Grande Final: "Aprendi que na Eurovisão tudo pode acontecer. Talvez a razão tenha sido o facto de ser o primeiro a subir ao palco ou talvez tenha estado melhor na semifinal... Quem sabe! É passado e já segui em frente" defende, garantindo ter ficado triste com os resultados, "Fiquei triste. Esperava receber mais votos, mas dei o meu melhor e estou muito orgulhoso com a atuação. Este é o jogo". "«Amar Pelos Dois» é uma canção linda e única" afirmou o cantor, enaltecendo "a beleza da vossa língua, o português", quando questionado sobre a canção vencedora do Festival Eurovisão 2017.
Contudo, em Lisboa, Israel conquistou a 4.ª vitória no Festival Eurovisão: "A Netta Barzilai mereceu, em 200%, vencer o concurso. Ela levou algo especial, uma canção maravilhosa, uma voz linda e uma personalidade fora de séria. Fiquei imensamente feliz por ela e pelo meu país" afirmou, orgulhando-se da escolha de Telavive para albergar a edição de 2019, "Honestamente, concordo que a Eurovisão seja realizada numa cidade divertida, jovem e sem problemas como Telavive".
Com planos para o lançamento de um novo single nas próximas semanas e com alguns projetos no teatro, Imri Ziv não descarta um regresso ao Festival Eurovisão num futuro próximo: "É uma experiência incrível e eu adorava repetir a experiência novamente" mas "talvez não como concorrente".
É triste dizer que a eurovisao é só musicas em inglês e com pirotecnia que triunfam neste concurso :(
ResponderEliminarMusicalmente é dececionante sim ... estrategicamente para efeitos do concurso é o que sempre resultou por influência de um televoto e de uma fanbase, que maioritariamente, esperam todo este aparato circense num palco enorme rodeado de mais de 10.000 ou 15.000 ou 20.000 pessoas assistir. Os números acabam por ter mais poder e impacto do que a qualidade musical do que se apresenta. Exceto qd é possível anastesia na hiperativisade do publico e conseguir que sossegadamente deixem os ouvidos escutar musica ... foi a nossa exceção do ano passado que tao cedo nao se repitirá.
EliminarMas o gajo tem razão. A nossa de 2017 foi a unica canção não-inglesa a ganhar nos últimos 10 anos.
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