Sede do Festival Eurovisão de 1979 e 1999, Jerusalém está, pela terceira vez, na corrida para albergar o certame internacional. Neste artigo, dizemos-lhe tudo o que precisa de saber sobre a candidatura da cidade.
A CIDADE
Testemunha de inúmeras culturas dos numerosos povos que a habitaram, Jerusalém, 'al-Quds al-Sharif' (a nobre cidade santa), é uma das cidades com maior significado religioso, simbólico e político para a Humanidade. Com vestígios de ocupação humana desde o século XX a.C., a cidade de Jerusalém era, segundo a Bíblia, uma cidade fortificada no final do século XI a.C. Capital do Reino de Israel, a cidade foi destruída em 607 a.C. pelos babilónios, tendo sido reconstruída posteriormente aquando do domínio persa. Em 63 a.C. foi tomada pelos romanos, tendo-se tornado a capital do reino de Herodes, o Grande, um reino fantasma no Império Romano.
Em 70 d.C., Tito, filho do imperador romano Vespasiano, destrói a cidade como forma de esmagar uma revolta iniciada anos antes, tendo sido destruído o Segundo Templo, do qual apenas ficou a muralha ocidental, conhecida como Muro das Lamentações. Reconstruída em 135 pelo imperador Adriano, a cidade é cristianizada em 324, pela mão de Constantino, estimulado pela sua mãe Helena, tentou sido dotada de várias igrejas, como a do Santo Sepulcro. Durante o domínio bizantino, os judeus são autorizados a regressar à cidade, sendo que, em 614, a cidade é invadida pelos persa, tendo sido retomada pelos bizantinos em 628.
Em 638, o califado Omar conquista a cidade, tendo sido construídas duas mesquitas na zona do Templo: a Cúpula da Rocha (691) e a Mesquita de Al-Aqsa (715). A população judaica e cristã na cidade eram toleradas, sendo que a situação mudou em 969, com perseguições aos cristãos e judeus e a destruição de igrejas e sinagogas. A tomada da cidade pelos turcos seljúcidas em 1071 e a destruição do Santo Sepulcro, faz com que se iniciem as Cruzadas que tomam a cidade em 1099 e reconstroem diversas igrejas cristãs. Contudo, em 1187, a cidade de Jerusalém é conquistada pelos muçulmanos, tendo passado, em meados do século XIII, para o dominío dos mamelucos do Egipto. Em 1517, a Palestina e a cidade de Jerusalém caem sob o domínio otomano até 1917, período em que a cidade conhece a paz e a tolerância religiosa, estando aberta às três religiões monoteístas.
Em 1917, durante a 1.ª Guerra Mundial, a cidade é tomada pelas forças britânicas, tendo o Reino Unido tornado-se administrador da Palestina (termo que na altura se referia a uma área que é hoje ocupada por Israel, Faixa de Gaza, Cisjordânia e reino da Jordânia), de acordo com o mandato atribuído pela Liga das Nações e que terminou em 1948. Contudo, após o fim da 2.ª Guerra Mundial começaram os conflitos entre os árabes e os judeus sionistas, tendo as Nações Unidas estabelecido um plano, em 1947, que visava dividir a terra de Israel em dois estados, um judeu e um árabe, com a cidade de Jerusalém administrada pela comunidade internacional com o estatuto de corpum separatum.
Nas últimas décadas, Jerusalém foi palco de conflitos armados, sendo que, durante a Guerra dos Seis Dias, em 1967, as forças israelitas tomaram a zona oriental dos jordanianos, tendo a Knesset decretado a reunificação da cidade. Em 1980, o parlamento declara que Jerusalém é a “eterna e indivisível capital de Israel”, algo que nunca foi reconhecido pelo Conselho de Seguranças das Nações Unidas. Apesar do acordo de paz em 1993, os conflitos entre palestinianos e as forças israelitas têm sido recorrentes. Em dezembro de 2017, Donald Trump, presidente dos Estados Unidos da América, reconheceu Jerusalém como capital de Israel e transferiu a embaixada americana de Telavive para a cidade, em ruptura com décadas de consenso internacional, o que levou a grande contestação da comunidade internacional e dos palestinianos.
Em 70 d.C., Tito, filho do imperador romano Vespasiano, destrói a cidade como forma de esmagar uma revolta iniciada anos antes, tendo sido destruído o Segundo Templo, do qual apenas ficou a muralha ocidental, conhecida como Muro das Lamentações. Reconstruída em 135 pelo imperador Adriano, a cidade é cristianizada em 324, pela mão de Constantino, estimulado pela sua mãe Helena, tentou sido dotada de várias igrejas, como a do Santo Sepulcro. Durante o domínio bizantino, os judeus são autorizados a regressar à cidade, sendo que, em 614, a cidade é invadida pelos persa, tendo sido retomada pelos bizantinos em 628.
Em 638, o califado Omar conquista a cidade, tendo sido construídas duas mesquitas na zona do Templo: a Cúpula da Rocha (691) e a Mesquita de Al-Aqsa (715). A população judaica e cristã na cidade eram toleradas, sendo que a situação mudou em 969, com perseguições aos cristãos e judeus e a destruição de igrejas e sinagogas. A tomada da cidade pelos turcos seljúcidas em 1071 e a destruição do Santo Sepulcro, faz com que se iniciem as Cruzadas que tomam a cidade em 1099 e reconstroem diversas igrejas cristãs. Contudo, em 1187, a cidade de Jerusalém é conquistada pelos muçulmanos, tendo passado, em meados do século XIII, para o dominío dos mamelucos do Egipto. Em 1517, a Palestina e a cidade de Jerusalém caem sob o domínio otomano até 1917, período em que a cidade conhece a paz e a tolerância religiosa, estando aberta às três religiões monoteístas.
Em 1917, durante a 1.ª Guerra Mundial, a cidade é tomada pelas forças britânicas, tendo o Reino Unido tornado-se administrador da Palestina (termo que na altura se referia a uma área que é hoje ocupada por Israel, Faixa de Gaza, Cisjordânia e reino da Jordânia), de acordo com o mandato atribuído pela Liga das Nações e que terminou em 1948. Contudo, após o fim da 2.ª Guerra Mundial começaram os conflitos entre os árabes e os judeus sionistas, tendo as Nações Unidas estabelecido um plano, em 1947, que visava dividir a terra de Israel em dois estados, um judeu e um árabe, com a cidade de Jerusalém administrada pela comunidade internacional com o estatuto de corpum separatum.
Nas últimas décadas, Jerusalém foi palco de conflitos armados, sendo que, durante a Guerra dos Seis Dias, em 1967, as forças israelitas tomaram a zona oriental dos jordanianos, tendo a Knesset decretado a reunificação da cidade. Em 1980, o parlamento declara que Jerusalém é a “eterna e indivisível capital de Israel”, algo que nunca foi reconhecido pelo Conselho de Seguranças das Nações Unidas. Apesar do acordo de paz em 1993, os conflitos entre palestinianos e as forças israelitas têm sido recorrentes. Em dezembro de 2017, Donald Trump, presidente dos Estados Unidos da América, reconheceu Jerusalém como capital de Israel e transferiu a embaixada americana de Telavive para a cidade, em ruptura com décadas de consenso internacional, o que levou a grande contestação da comunidade internacional e dos palestinianos.
TRANSPORTES
O aeroporto Ben Gurion, o aeroporto internacional de Israel, está localizado a 40 minutos de Jerusalém, sendo que, até ao momento, não existem voos diretos para Israel oriundos de Portugal. Para entrar no país, os portugueses não precisam de visto, sendo apenas necessário um passaporte com uma validade mínima de seis meses a partir da data de entrada no país.
Do aeroporto para Jerusalém existem diversos serviços de autocarro (cerca de 1h10 de duração), sendo que, ultimamente, o mercado de aluguer de automóveis disparou, com diversas empresas a oferecer os seus serviços no aeroporto internacional, com a viagem de automóvel a demorar cerca de 40 minutos.
Do aeroporto para Jerusalém existem diversos serviços de autocarro (cerca de 1h10 de duração), sendo que, ultimamente, o mercado de aluguer de automóveis disparou, com diversas empresas a oferecer os seus serviços no aeroporto internacional, com a viagem de automóvel a demorar cerca de 40 minutos.
O QUE VISITAR
Considerada "um museu a céu aberto", a cidade de Jerusalém oferece inúmeras sugestões de destinos a visitas. A Cidade Velha, cercada por muros e cujo acesso está limitado a 8 portões, de onde se destaca o Portão de Jaffa, a cidade é composta por quatro bairros (judeu, árabe, arménio e cristão) e por inúmeras ruelas apertadas e cheias de pormenores especiais. O Muro das Lamentações, o local mais importante para o judaísmo, a Via Sacra e o Santo Sepulcro, a representação do caminho de Jesus Cristo até à cruz e a igreja onde foi sepultado, e o Domo da Rocha, o monumento mais antigo construído pelos muçulmanos que acreditam ser o local da ascensão de Maomé aos céus, são alguns dos locais a visitar na cidade de Jerusalém.
A poucos metros do Muro das Lamentações fica o Parque Arqueológico de Jerusalém, um dos mais importantes do país, mostrando vestígios do Primeiro e Segundo Templo da cidade. O Museu de Israel, onde estão os famosos Pergaminhos do Mar Morto, e o Museu do Holocausto, o maior museu dedicado à memória das vítimas do flagelo, são pontos obrigatórios de visita, bem como o Monte das Oliveiras.
A poucos metros do Muro das Lamentações fica o Parque Arqueológico de Jerusalém, um dos mais importantes do país, mostrando vestígios do Primeiro e Segundo Templo da cidade. O Museu de Israel, onde estão os famosos Pergaminhos do Mar Morto, e o Museu do Holocausto, o maior museu dedicado à memória das vítimas do flagelo, são pontos obrigatórios de visita, bem como o Monte das Oliveiras.
ALOJAMENTOS
Segundo os últimos dados, a cidade de Jerusalém conta com cerca de 323 hotéis, o que se traduz num número estimado de 7500 camas no interior da cidade. Contudo, aumentando a distância ao centro da cidade, o número de camas duplica a uma distância de 25 km, o que poderá ser a escolha da maioria dos fãs que rumarão a Jerusalém, caso seja a escolhida, tendo em conta que o preço médio por noite num dos hotéis da cidade ronda os 140 euros...
ARENA
Inaugurado em 2014, o Pais Arena Jerusalem é o maior recinto fechado da cidade israelita, sendo o grande favorito a receber o Festival Eurovisão 2019 se Jerusalém for a cidade anfitriã do evento. Sede do clube de basquetebol Hapoel Jerusalem BC, o recinto, construído com fundos estatais e por concessão da Lotaria Nacional Mifal HaPais, tem capacidade para 11 600 espectadores em jogos de basquetebol, subindo o número para 15 654 pessoas para concertos. O recinto faz parte das instalações desportivas do Jerusalem Sport Quarter, que inclui uma piscina olímpica, recintos de ténis e pista de gelo, bem como um hotel com 240 quartos e um parque de estacionamento subterrâneo com capacidade para 1700 veículos.
Além disso, a Câmara Municipal de Jerusalém afirmou que, caso o recinto seja o escolhido, o Press Centre será sediado numa das infraestruturas desportivas do Jerusalem Sport Quarter. Por outro lado, é desconhecido os locais em que poderão ser sediados o Euroclub, a Eurovillage e a Cerimónia de Abertura.
Fonte: ESCPORTUGAL / Imagem: Google / Vídeo: Youtube
Pensava que este especial era sobre a festa de ontem 😣
ResponderEliminarE também sairá :)
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