Maria de Lourdes Carvalho, autora de "Tonicha, a Eterna Menina", esteve recentemente no Você na TV, na TVI, a falar da cantora Tonicha, representante de Portugal no Festival Eurovisão de 1971.
Autora da fotobiografia de uma das mais carismáticas e populares vozes da canção ligeira portuguesa, Maria de Lourdes Carvalho esteve, recentemente, no programa Você na TV a falar da cantora Tonicha, representante de Portugal no Festival Eurovisão de 1971. Afastada do "mundo exterior" desde o falecimento do seu marido João Viegas, a cantora Tonicha tem estado fora dos holofotes há alguns anos, sendo habitual a pergunta com que Manuel Luís Goucha abriu a conversa: "Que é feito de Tonicha?".
Descrita com uma mulher "elegante e discreta", Maria de Lourdes Carvalho acrescenta ainda tais características fazem com que Tonicha "não usufrua daquilo que tem direito", oriundo do "posto que conquistou" com uma carreira de várias décadas. O contributo da cantora alentejana na música popular portuguesa e no folclore nacional estiveram em destaque na conversa, sendo que a sua participação no Festival da Canção de 1971 e, posteriormente, no Festival Eurovisão do mesmo ano não ficaram também de fora.
Nascida em Beja no ano de 1946, Tonicha estreia-se no Festival da Canção em 1968: "Calendário" ficou em 7.º lugar da geral, enquanto "Fui Ter Com a Madrugada" alcançou o 2.º lugar, ficando a escassos 2 votos da vitória. Em 1971 regressa ao concurso com "Menina (do Alto da Serra)" tendo alcançado a vitória e o direito de representar Portugal no Festival Eurovisão, onde alcança o 9.º lugar, o primeiro top10 da história de Portugal. Dois anos depois, Tonicha volta ao Festival da Canção com "A rapariga e o poeta", não indo além do 9.º lugar, sendo que, em 1978, é um dos três artistas convidados pela RTP para a edição desse ano, defendendo quatro canções: "Canção da Amizade" (4.º), "Um dia, uma flor" (8.º), "Pela Vida Fora" (9.º) e "Quem te quer bem, meu bem" (12.º).
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