A EBU/UER reagiu às declarações de Ibrahim Eren, chefe da TRT, sobre o boicote da Turquia ao Festival Eurovisão devido às conotações LGBT: "A TRT fez uma enorme contribuição para o concurso no passado e nós a receberíamos de volta caso decidissem participar novamente".
Ibrahim Eren, chefe da emissora estatal da Turquia, foi o responsável por uma das declarações mais polémicas desde a retirada do país do Festival Eurovisão em 2012, alegando que a EBU/UER sofre uma "confusão mental", apontando várias críticas a Conchita Wurst, vencedora da edição de 2014: "Como emissora pública, nós não podemos transmitir, ao vivo, às 21h, horário em que as nossas crianças estão a ver televisão, algo como um austríaco barbudo de saia, que não acredita em genéros e diz que tanto é homem como é mulher".
Além da comunidade eurovisiva, também alguns jornalistas mostraram-se contra as declarações de Eren: "É uma cadeia de eventos" defendeu Musa Igrek, jornalista londrina em declarações à Reuters, "Primeiro baniram o Pride em 2015, depois o Festival de Cinema de Ankara e agora voltaram a atacar a Eurovisão. É uma tentativa de apagar LGBT na Turquia" afirmou, relembrando que os casamentos entre pessoas do mesmo sexo não são reconhecidos no país e que as lésbicas estão impedidas de aceder à fertilização in vitro.
Questionada pela Reuters, a EBU/UER (União Europeia de Radiofusão) garantiu que "os valores do Festival Eurovisão são de universalidade e inclusão e que o mesmo mantém a orgulhosa tradição de celebrar a diversidade através da música", relembrando o passado do país no evento: "A TRT fez uma enorme contribuição para o concurso no passado, incluindo a realização do evento em Istambul em 2004, e nós a receberíamos de volta caso decidissem participar novamente".
A Turquia estreou-se na competição em 1975, tendo participado por 34 ocasiões. Em 2003, Sertab Erener e o tema Everyway That I Can conseguiu a única vitória turca na competição, com um total de 165 pontos. A última participação da Turquia esteve a cargo de Can Bonomo e Love Me Back, que conseguiu o 7.º posto em Baku, cuja prestação pode recordar de seguida:
A Turquia e a Eurovisão são o espelho do que se está a passar no país e a incapacidade dos governantes do mesmo em lidar com a diferença e é uma pena pois as vezes que lá estive foi agradável e a sua musica é muito apelativa
ResponderEliminarNão podia estar mais acordo com essas palavras!
ResponderEliminarEntretanto, no facebook, EBU manda uma boca contra a TRT publicando o discurso da Conchita.
ResponderEliminar#bitchmove
Não faz lá falta nenhuma , e já agora devia sair também a Rússia !!!! são outros atrasados !!!!
ResponderEliminarIncluía nos países que deviam ser expulsos a Bielorússia, Hungria, Itália e a Aústria. Fascistas não deviam participar na eurovisão!!!!
EliminarPor um lado convordo convosco. Por outro, parece-me a oportunidade de se fazerem passar mensagens de diversidade e inclusão nesses países. A Rússia proibe toda a “publicidade gay”, mas foi obrigada a tranmitir a vitória da Conchita, beijos gay em palco ou a actuação da Irlanda, para que também aquelas mentes dogmáticas sejam obrigadas a ver que há diferença no mundo e que pessoas que vivem oprimidas saibam que são normais e não estão sozinhas.
Eliminaranonimo das 00:20 a esse modo nao sobraria nenhum pais elegivel a participar
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