Todas as semanas no ESCPORTUGAL, a crítica aos álbuns editados por artistas que participaram no concurso Eurovisão da Canção e/ou seleções nacionais ao longo dos anos. Hoje o destaque vai para o mais recente álbum dos Lordi, "Sexorcism".
O responsável da rubrica é Carlos Carvalho.
O responsável da rubrica é Carlos Carvalho.
Lançamento: 25 de maio de 2018
Nota: 8/10
Se nenhum vencedor da Eurovisão é consensual, muito menos será a vitória dos Lordi. Ponto assente é a lufada de ar fresco no pódio eurovisivo que, entre 2002 e 2005, foi dominado com canções pop (algumas sem interesse) aliadas à componente de dança. Como os próprios Lordi afirmaram, foi uma vitória dos Lordi, da Finlândia, das minorias e da música rock.
Após a vitória, foram galardoados com um sucesso internacional, muitos álbuns, e extensas digressões, ligadas, de modo esmagador, aos ambientes rock e metal, embora nunca tenham renegado o seu vínculo eurovisivo apesar de reacções pejorativas a que estão sujeitos por fações mais conservadores do mundo metaleiro.
Os Lordi não são uma banda com intervenções políticas, nem pretendem mudar o mundo. São, sim, um coletivo com um espírito de missão bem definido, munidos por um louvável espírito de sacrifício em nome da sua arte. Não será, porventura, fácil manter todo aquele aparato visual, especialmente em condições severamente adversas como as altas temperaturas. Os Lordi são como a banda sonora de um filme de terror que chega agora à sua nona longa-metragem, o mesmo é dizer ao nono álbum, “Sexorcism”. À imagem de terror associa-se neste disco uma componente sexual, mas altamente criativa, ou até mesmo anedótica ou puramente “non sense”, como se pode constatar pelos títulos de algumas das canções, “Romeo Ate Juliet” (#3) ou “The Beast Is Yet to Cum” (#5).
Os monstros finlandeses continuam assim com o seu nível de criatividade intacto. Será possível exigir maior criatividade do que monstros gritando a plenos pulmões “Hard Rock Hallelujah”, ou serem detentores de outros títulos insólitos como “Babez for Breakfast”, “Happy New Fear" ou “To beast or not to beast”. A nível musical e depois do mal-amado “Monstereophonic (Theaterror vs. Demonarchy)” (2016), os monstros voltam a recorrer aos serviços de Mikko Karmila na produção e apresentam alguns dos temas mais pesados de toda a sua discografia, tais como “Rimskin Assassin” (#9) e “Sodomesticated Animal” (#12).
Embora altamente ignorados por grande parte da comunidade eurovisiva, e provavelmente contra os conhecimentos e crenças de muitos fãs, os Lordi são os vencedores Eurovisivos mais internacionais do novo milénio (e já lá vão dezoito edições), com constantes enormes digressões internacionais, como a atual “SexTourCism European Tour 2018”, a decorrer entre junho e novembro, levando-os a diversos países como Espanha, França, Bélgica, Alemanha, Suiça, Áustria, Eslováquia, Hungria e Reino Unido.
O álbum, embora potente, não é o mais memorável a nível melódico. Contudo, não podemos deixar de referir “Polterchrist” (#6) e o single “Your Tongue's Got the Cat” (#2). “Sexorcism” atingiu o #19 na Finlândia, #20 na Alemanha, #64 na Suiça e #74 na Áustria.
Alinhamento
Sexorcism
Your Tongue's Got the Cat (1º single)
Romeo Ate Juliet
Naked in My Cellar (2º single)
The Beast Is Yet to Cum Polterchrist (tema destacado por Carlos Carvalho)
SCG9: The Documented Phenomenon
Slashion Model Girls
Rimskin Assassin
Hell Has Room
Hot & Satanned
Sodomesticated Animal
Haunting Season
A ver: Entrevista a Mr Lordi | Diário de Bordo | Eurovisão 2018:
Pode ouvir o disco AQUI
Os Lordi não são uma banda com intervenções políticas, nem pretendem mudar o mundo. São, sim, um coletivo com um espírito de missão bem definido, munidos por um louvável espírito de sacrifício em nome da sua arte. Não será, porventura, fácil manter todo aquele aparato visual, especialmente em condições severamente adversas como as altas temperaturas. Os Lordi são como a banda sonora de um filme de terror que chega agora à sua nona longa-metragem, o mesmo é dizer ao nono álbum, “Sexorcism”. À imagem de terror associa-se neste disco uma componente sexual, mas altamente criativa, ou até mesmo anedótica ou puramente “non sense”, como se pode constatar pelos títulos de algumas das canções, “Romeo Ate Juliet” (#3) ou “The Beast Is Yet to Cum” (#5).
Os monstros finlandeses continuam assim com o seu nível de criatividade intacto. Será possível exigir maior criatividade do que monstros gritando a plenos pulmões “Hard Rock Hallelujah”, ou serem detentores de outros títulos insólitos como “Babez for Breakfast”, “Happy New Fear" ou “To beast or not to beast”. A nível musical e depois do mal-amado “Monstereophonic (Theaterror vs. Demonarchy)” (2016), os monstros voltam a recorrer aos serviços de Mikko Karmila na produção e apresentam alguns dos temas mais pesados de toda a sua discografia, tais como “Rimskin Assassin” (#9) e “Sodomesticated Animal” (#12).
Embora altamente ignorados por grande parte da comunidade eurovisiva, e provavelmente contra os conhecimentos e crenças de muitos fãs, os Lordi são os vencedores Eurovisivos mais internacionais do novo milénio (e já lá vão dezoito edições), com constantes enormes digressões internacionais, como a atual “SexTourCism European Tour 2018”, a decorrer entre junho e novembro, levando-os a diversos países como Espanha, França, Bélgica, Alemanha, Suiça, Áustria, Eslováquia, Hungria e Reino Unido.
O álbum, embora potente, não é o mais memorável a nível melódico. Contudo, não podemos deixar de referir “Polterchrist” (#6) e o single “Your Tongue's Got the Cat” (#2). “Sexorcism” atingiu o #19 na Finlândia, #20 na Alemanha, #64 na Suiça e #74 na Áustria.
Alinhamento
Sexorcism
Your Tongue's Got the Cat (1º single)
Romeo Ate Juliet
Naked in My Cellar (2º single)
The Beast Is Yet to Cum Polterchrist (tema destacado por Carlos Carvalho)
SCG9: The Documented Phenomenon
Slashion Model Girls
Rimskin Assassin
Hell Has Room
Hot & Satanned
Sodomesticated Animal
Haunting Season
A ver: Entrevista a Mr Lordi | Diário de Bordo | Eurovisão 2018:
Pode ouvir o disco AQUI
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