Todas as semanas no ESCPORTUGAL, a crítica aos álbuns editados por artistas que participaram no concurso Eurovisão da Canção e/ou seleções nacionais ao longo dos anos. Esta semana o destaque vai para o segundo álbum de Diogo Piçarra, "Dois / Do=s".
O responsável da rubrica é Carlos Carvalho.
Data de lançamento - novembro de 2017
O responsável da rubrica é Carlos Carvalho.
Nota: 7,5/10
Num país onde a cultura pop musical sempre teve fraca expressão, “Do=s” teve e tem a difícil tarefa de estabilizar Diogo Piçarra num nome forte da moderna história da música portuguesa, indo para além de um fenómeno passageiro. Com entrada direta para o #1 do top nacional de vendas (tal como o álbum de estreia – “Espelho”, 2015) e com mais de 40 semanas de permanência na tabela de vendas (tal como aconteceu também com o primeiro disco), “Do=s”, para já, parece ter superado com distinção toda a pressão pela qual o seu parto foi envolto, mas também é verdade que o sucesso deste disco ainda deve muito ao impacto do registo anterior e à elevação do estatuto de ídolo que Diogo detém.
Mas qual a essência musical deste “Do=s”? Quando foi publicado “Wall of love” (junho de 2016), tema de Karetus com a voz de Diogo Piçarra, parecia que Piçarra já queria afirmar não querer seguir a fórmula do sucesso alcançado, impressão esta que foi consolidada com o primeiro single oficial de “Do=s”, “Dialeto”. Diogo Piçarra oferece-nos um álbum muito mais rítmico do que a sua estreia. Recorde-se que “Espelho” vive baseado em torno das melodias, sendo apenas o tema “Espelho falso” aquele que destoa do quadro geral. “Do=s” é assumidamente pop do século XXI, bebendo as suas influências nas atuais referências internacionais, como são os casos de Drake ou Chain Smokers. É a pop do momento, falada no dialeto musical da juventude portuguesa, e como tal, deve ser analisado com base nesse mesmo universo pop internacional e não com base a referências pop passadas, com inúteis comparações.
Tal como afirmou ao "Diário de Notícias", há precisamente um ano, Diogo Piçarra não se queria repetir, mas não se pense que o segundo disco é um corte abrupto com o primeiro trabalho, porque não o é, basta ouvirmos “História” para percebermos do que falamos. “Caminho”, “Erro” e “Crescente” são, do conjunto de temas que ainda não foram divulgados a nível individual, aqueles que merecem especial destaque. Destaque num disco que talvez peque por ser muito longo e o alinhamento parecer um pouco arbitrário.
Em relação ao linchamento recente e precipitado a que foi sujeito nas redes sociais, não sabemos se irá fazer ricochete, quer na carreira do Diogo, quer na adesão de grandes nomes a futuras edições do Festival da Canção, tal como nunca saberemos qual a sensação de ter o maior cantor de Portugal do momento a representar o nosso país, na Eurovisão, numa Altice Arena completamente rendida...
Sem alimentar polémicas, apenas afirmo que estou convicto de que Diogo saberá dar a volta, até porque como o próprio canta em “Ponto de partida”, “Passei de herói a centavo num dia / Hoje perdi por medo / Mas guarda-me segredo / Uma batalha não me faz perder a vida”
Alinhamento
Dois
Dialeto
História
Já não falamos
Caminho
Ponto de partida ft. Valas
Erro
Não sou eu ft. April Ivy
Só existo contigo
200
Mágico Crescente
90
Eu já não estou
Entre as estrelas ft. Jimmy P
Wall of love ft. Karetus
Can’t hel falling in love (cover)
Temas promocionais de “Do=s” “Dialeto”
Mas qual a essência musical deste “Do=s”? Quando foi publicado “Wall of love” (junho de 2016), tema de Karetus com a voz de Diogo Piçarra, parecia que Piçarra já queria afirmar não querer seguir a fórmula do sucesso alcançado, impressão esta que foi consolidada com o primeiro single oficial de “Do=s”, “Dialeto”. Diogo Piçarra oferece-nos um álbum muito mais rítmico do que a sua estreia. Recorde-se que “Espelho” vive baseado em torno das melodias, sendo apenas o tema “Espelho falso” aquele que destoa do quadro geral. “Do=s” é assumidamente pop do século XXI, bebendo as suas influências nas atuais referências internacionais, como são os casos de Drake ou Chain Smokers. É a pop do momento, falada no dialeto musical da juventude portuguesa, e como tal, deve ser analisado com base nesse mesmo universo pop internacional e não com base a referências pop passadas, com inúteis comparações.
Tal como afirmou ao "Diário de Notícias", há precisamente um ano, Diogo Piçarra não se queria repetir, mas não se pense que o segundo disco é um corte abrupto com o primeiro trabalho, porque não o é, basta ouvirmos “História” para percebermos do que falamos. “Caminho”, “Erro” e “Crescente” são, do conjunto de temas que ainda não foram divulgados a nível individual, aqueles que merecem especial destaque. Destaque num disco que talvez peque por ser muito longo e o alinhamento parecer um pouco arbitrário.
Em relação ao linchamento recente e precipitado a que foi sujeito nas redes sociais, não sabemos se irá fazer ricochete, quer na carreira do Diogo, quer na adesão de grandes nomes a futuras edições do Festival da Canção, tal como nunca saberemos qual a sensação de ter o maior cantor de Portugal do momento a representar o nosso país, na Eurovisão, numa Altice Arena completamente rendida...
Sem alimentar polémicas, apenas afirmo que estou convicto de que Diogo saberá dar a volta, até porque como o próprio canta em “Ponto de partida”, “Passei de herói a centavo num dia / Hoje perdi por medo / Mas guarda-me segredo / Uma batalha não me faz perder a vida”
Alinhamento
Dois
Dialeto
História
Já não falamos
Caminho
Ponto de partida ft. Valas
Erro
Não sou eu ft. April Ivy
Só existo contigo
200
Mágico Crescente
90
Eu já não estou
Entre as estrelas ft. Jimmy P
Wall of love ft. Karetus
Can’t hel falling in love (cover)
Temas promocionais de “Do=s” “Dialeto”
“90”
“História”
“Já não falamos”
“Só existo contigo”
Karetus; “Wall of love” ft. Diogo Piçarra
Tema destacado por Carlos Carvalho: “200” e “Crescente”
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