A proposta para o financiamento do Festival Eurovisão da Canção 2018 por parte da Câmara Municipal de Lisboa foi hoje aprovada com os votos favoráveis do PS, PSD e CDS-PP, e os votos contra dos eleitos do PCP e BE.
A Câmara Municipal de Lisboa apreciou hoje, em reunião privada, uma proposta que prevê um investimento de cinco milhões de euros para a organização do Festival Eurovisão da Canção 2018 - "que representa cerca de 1/3 dos custos da organização" -, dos quais 2,8 milhões serão transferidos para a RTP, através de um protocolo a celebrar entre o município, a estação pública de televisão e a Associação de Turismo de Lisboa (ATL). Os termos do financiamento foram publicados pelo ESCPORTUGAL AQUI. O financiamento para a Eurovisão será proveniente do Fundo de Desenvolvimento Turístico de Lisboa. A proposta, assinada pelo vereador das Finanças, João Paulo Saraiva, foi aprovada com os votos favoráveis do PS, PSD e CDS-PP, e os votos contra dos eleitos do PCP e BE.
Ouvido pela agência Lusa no final da reunião, e citado pelo SAPO MAG, o vereador do PCP Carlos Moura, afirmou ser "um completo absurdo que a Câmara Municipal de Lisboa esteja a recorrer a um fundo municipal de turismo, que devia ter sido criado precisamente para atalhar as questões de utilização dos turistas dos equipamentos da cidade e que afinal serve para pagar a Altice Arena". O documento prevê a "contratação da cedência do espaço principal para realização do evento (Altice Arena), com um valor estimado de 2.042.000,00 euros (dois milhões e quarenta e dois mil euros), acrescidos de IVA". Para o PCP, o preço para a utilização da Altice Arena "é completamente escandaloso", uma vez que "este é um equipamento construído com fundos públicos, que sempre foi muito rentável e que foi vendido a um privado". E continuou: "O festival pode ser importante, pode ter um aspeto de projeção da cidade e do país, que são importantes, não negamos isso, mas não pode ser a cidade de Lisboa a arcar com as consequências desta maneira e a arcar sozinha com os custos" do investimento, considerou o vereador comunista. Ainda que admitindo um impacto positivo do ponto de vista turístico e económico, Carlos Moura falou na pressão que os 30 mil visitantes esperados terão no dia-a-dia da cidade, salientando que "não é líquido falar com a ligeireza com que tudo é tratado".
O voluntariado usado para a Eurovisão foi outro ponto criticado pelo vereador comunista, argumentando que a "organização está a colocar pessoas com atividades específicas, como voluntários, através de trabalho gratuito".
Ouvido pela agência Lusa no final da reunião, e citado pelo SAPO MAG, o vereador do PCP Carlos Moura, afirmou ser "um completo absurdo que a Câmara Municipal de Lisboa esteja a recorrer a um fundo municipal de turismo, que devia ter sido criado precisamente para atalhar as questões de utilização dos turistas dos equipamentos da cidade e que afinal serve para pagar a Altice Arena". O documento prevê a "contratação da cedência do espaço principal para realização do evento (Altice Arena), com um valor estimado de 2.042.000,00 euros (dois milhões e quarenta e dois mil euros), acrescidos de IVA". Para o PCP, o preço para a utilização da Altice Arena "é completamente escandaloso", uma vez que "este é um equipamento construído com fundos públicos, que sempre foi muito rentável e que foi vendido a um privado". E continuou: "O festival pode ser importante, pode ter um aspeto de projeção da cidade e do país, que são importantes, não negamos isso, mas não pode ser a cidade de Lisboa a arcar com as consequências desta maneira e a arcar sozinha com os custos" do investimento, considerou o vereador comunista. Ainda que admitindo um impacto positivo do ponto de vista turístico e económico, Carlos Moura falou na pressão que os 30 mil visitantes esperados terão no dia-a-dia da cidade, salientando que "não é líquido falar com a ligeireza com que tudo é tratado".
O voluntariado usado para a Eurovisão foi outro ponto criticado pelo vereador comunista, argumentando que a "organização está a colocar pessoas com atividades específicas, como voluntários, através de trabalho gratuito".
Fonte: SAPO MAG /Imagem: GOOGLE
Não deixam de ter razão em alguns pontos,nomeadamente aquele que refere que é realmente estúpido pagar para utilizar uma arena que foi construida com dinheiros publicos (faz-me lembrar as magnificas auto-estradas portuguesas).
ResponderEliminarMas por outro lado ainda bem que foi aprovado porque senão ia dar uma valente "barraca"! :(
Mas meu amigo, se vendemos está há espera do que? Quer usar á borla como se ninguém tivesse pago por ele?
Eliminara questão é que o copmpraram a preço de saldo, e sabemos todos quem o comprou.. o homem da filha do Cavaco... foi uma venda a saldos, quando aquele dinheiro saiu dos nossos bolsos para a Expo 98... uma vergonha esta país que faz estes negócios.
EliminarFoi vendido pela melhor proposta, 21.2 milhões de euros que é praticamente o valor máximo da avaliacão feita na altura. Nem a CIP nem a multinacional AEG ofereceram tanto. Tinha um custo anual de 600mil eur e o parque expo uma divida de 200milhoes. O estado tinha de realizar activos. Com o estado a gerir, este pavilhao so aumentava a divida. Com a venda á Arena Atlântico, o produto foi alvo de um plano de rentabilização, foi contratado um naming, na altura Meo Arena e foram buscar pessoas competentes, hoje o pavilhao dá lucro. É menos um elefante que o estado carrega as costas e mais um produto sustentável para a economia portuguesa. Agora se o dono é este ou aquele isso ja nao sei. Não me leve a mal, eu ja pensei como o senhor, mas os dias de hoje não permitem que o estado seja dono de tudo e mais alguma coisa a qualquer custo. E a RTP devia ser a seguinte.
EliminarEntão, para quem aqui é comunista alguma coisa a dizer? Pois!
ResponderEliminarEstranho só agora ir a votação. E a proposta nao fosse aprovada?? O ESC já não se fazia??
ResponderEliminarQuando Lisboa se candidatou o PS ja sabia com quem ia contar como é obvio. Se fosse chumbado a câmera de Lisboa não ia poder investir os 5milhoes, esta foi uma votação municipal, nao da assembleia da república. Se a câmera não avançasse com a sua parte la teriam de ser todos a pagar mais 5 milhoes. Mas a bem da verdade, faz sentido que seja Lisboa como região mais beneficiada com o evento a avancar com parte substancial do projecto.
EliminarOs couminstas são contra o sucesso de um país, uma trsiteza mas já expectável! Ainda bem que esses não contam para nada
ResponderEliminarDesculpe, mas acho que está a ver as coisas de maneira errada. O ESC irá sim projetar a imagem do país, no entanto não é justo termos que pagar algo como a Altice Arena, construída com dinheiros públicos. Acho sim que estavam a defender todos ps portugueses.
EliminarO Altice bem que podia fazer um desconto, já que vão e estão a ganhar imensa publicidade só pelas pessoas dizerem o nome do espaço.
EliminarRelembro que a Altice é uma marca de telecomunicações que funciona em diversos países europeus e cheira-me que esse foi o motivo para o Meo Arena ter mudado de nome
Sim foi construido com dinheiros públicos. Segundo, so contribuía para o aumento da divida do Parque Expo, 200milhoes de euros, sabe, é que é bonito dizer que foi com dinheiro dos portugueses mas é mentira, fomos pedir á banca e fica dificil pagar quando se verifica que do investimento não obtemos lucro! Terceiro, vendemos e foi uma grande decisão e ainda assim ainda devemos a banca. Quarto, se já nao é nosso e queremos usar, temos de pagar. Quinto, vão ver os orcamentos das outras Eurovisões e vão chegar a seguinte conclusão. 2 milhoes de euros para usar esta infraestrutura é uma pechincha que muitos nao poderam ter.
EliminarOrçamentos à tuga 😢
ResponderEliminarPara haver turismo há que investir. Esperemos que funcione tudo bem e sem prejuízos. Penso que até vão tirar lucro , vamos ver. Altice Arena alugou por um mês para este evento.
ResponderEliminarSou da mesma opinião, 2milhoes por um mes de ocupacao deve ser o custo de infraestrutura mais baixo dos ultimos 10anos de eurovisao.
EliminarPoderá ser a organização mais barata de sempre e com isto tenham o maior número de receitas possíveis. Em 2016 na Suécia_Estocolmo custou 14milhoes de euros e 27 milhões de receitas. Para que corra tudo como desejado venham daí turistas e muita segurança.
ResponderEliminarA magia da Luísa Sobral, Amar pelos dois, Salvador Sobral e a vitória ainda corre na organização do Eurovision Song Contest.
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