Todas as quartas-feiras no ESCPORTUGAL, a crítica aos álbuns editados por artistas que participaram no Concurso Eurovisão da Canção e/ou Seleções Nacionais ao longo dos anos. Esta semana o destaque vai para o primeiro álbum dos Dismissed (Melodifestivalen 2017). O responsável da rubrica é Carlos Carvalho.
Data de lançamento: 15 de setembro de 2017
Nota: 10/10
5 segundos foi o tempo suficiente para apagar um preconceito e perceber que ia acontecer algo grande e marcante a nível musical. Nunca tinha ouvido falar dos Dismissed, não fazendo a mais pequena ideia acerca do estilo que apresentavam. O primeiro impacto foi através do vídeo entrevista que antecede cada atuação no Melodifestivalen e a impressão não podia ser pior: um bando de borboletas prontas a entrar no circo, pensei eu, até que, começa a atuação de “Hearts allign” e a vergonha foi enorme por ter sido tão preconceituoso. “Hearts allign” é o tema que os The Killers procuram desesperadamente apresentar desde “Human”, 2008, e não têm conseguido.
Dismissed, a banda, primeiro estranha-se, depois entranha-se, mas entranha-se pela música, não pela imagem. A imagem arrojada, algures entre o vanguardista David Bowie e os suecos The Ark, surge como suporte a uma ideologia e não por necessidade. Uma banda que se tem erguido como voz de uma causa mas que em termos sónicos se distancia do estereótipo musical de um evento LGBT, ou seja, (muita) coragem em dose dupla.
O álbum fornece-nos um deleite musical que provém da sonoridade alternativa de cariz mais negro do rock dos anos 90. De um modo geral, “Heads Held High” é mais pesado e agressivo do que o single que pretendiam representar a Suécia na Eurovisão 2017. Porém, o “Lonely way to die”, tema recentemente adicionado à edição física do álbum, dá-nos um momento talhado para as playlist, sortindo um bom equilíbrio na estética auditiva do longa-duração. Enquanto muitos poderão encarar a banda como uma voluptuosidade secreta e indecente, o grupo tem-se apresentado como uma força crescente ao vivo, defendida pela voz potente e presença carismática de Tor. Johan e Freddie completam a força, a determinação e a competência de uma banda que merece ser das mais reconhecidas na actualidade.
“Heads Held High” não podia ser melhor e oferece-nos uma banda a sério para ouvir alto..bem alto!
O tema concorrente no “Melodifestivalen 2017”, “Hearts Allign”
“Glitch” foi lançado em novembro de 2016
“Leave It Under Water”, tema agressivo, foi o primeiro lançamento após o “Melodifestivalen”
O single actual, “Lonely way to die”
“Dance on the borderline” é o single mais antigo a incorpar “Heads Held High”
Temas destacados por Carlos Carvalho: “Escape” e “March with Heads Held High”
Dismissed, a banda, primeiro estranha-se, depois entranha-se, mas entranha-se pela música, não pela imagem. A imagem arrojada, algures entre o vanguardista David Bowie e os suecos The Ark, surge como suporte a uma ideologia e não por necessidade. Uma banda que se tem erguido como voz de uma causa mas que em termos sónicos se distancia do estereótipo musical de um evento LGBT, ou seja, (muita) coragem em dose dupla.
O álbum fornece-nos um deleite musical que provém da sonoridade alternativa de cariz mais negro do rock dos anos 90. De um modo geral, “Heads Held High” é mais pesado e agressivo do que o single que pretendiam representar a Suécia na Eurovisão 2017. Porém, o “Lonely way to die”, tema recentemente adicionado à edição física do álbum, dá-nos um momento talhado para as playlist, sortindo um bom equilíbrio na estética auditiva do longa-duração. Enquanto muitos poderão encarar a banda como uma voluptuosidade secreta e indecente, o grupo tem-se apresentado como uma força crescente ao vivo, defendida pela voz potente e presença carismática de Tor. Johan e Freddie completam a força, a determinação e a competência de uma banda que merece ser das mais reconhecidas na actualidade.
“Heads Held High” não podia ser melhor e oferece-nos uma banda a sério para ouvir alto..bem alto!
O tema concorrente no “Melodifestivalen 2017”, “Hearts Allign”
“Glitch” foi lançado em novembro de 2016
“Leave It Under Water”, tema agressivo, foi o primeiro lançamento após o “Melodifestivalen”
O single actual, “Lonely way to die”
“Dance on the borderline” é o single mais antigo a incorpar “Heads Held High”
Temas destacados por Carlos Carvalho: “Escape” e “March with Heads Held High”
Sem comentários
Enviar um comentário