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[ZONA DE DISCOS #7] Ágata - “Preto no Branco”


Todas as quartas-feiras no ESCPORTUGAL, a crítica aos álbuns editados por artistas que participaram no Festival da Canção ao longo dos anos. Depois de, na semana passada, nos termos debruçado sobre o álbum de Isaiah Firebrace, desta vez o destaque vai para "Preto no Branco" de Ágata, participante por três vezes no Festival da Canção.  O responsável da rubrica é Carlos Carvalho.

Ágata - Preto no Branco (2017)


Data de lançamento: 23 de junho de 2017
Nota: 8/10

Foi nos anos 90, época das vendas astronómicas de música em registo físico, que Ágata escreveu o seu nome na história da música portuguesa. Para tal, contribuíram sucessivos galardões de múltipla platina, sucessos à escala nacional que ainda hoje são cantarolados mesmo para quem na altura ainda não tinha nascido. Tudo isto foi apimentado com um visual provocante, que lhe valeu o título (não oficial) de Madonna Portuguesa (estão lembrados da capa do álbum ‘Maldito Amor’?), uma sitcom idealizada por Ana Bola que era descaradamente baseada na intérprete do ‘Perfume de Mulher’ (falamos de ‘Debora’) e uma polémica nacional acerca do potencial parto com transmissão televisiva, não esquecendo o reality show ‘O meu nome é Ágata’.

Contudo, desde o início do século XXI, Ágata conteve-se (em demasia) e os discos, apesar de alguns sucessos relativos (como é o caso de ‘Abençoada’, 2005), ficaram sempre muito longe do impacto de outrora, mesmo quando tentou, de modo falhado, chegar a um público mais abrangente com o disco ‘Ainda te amo’.

Pois bem, em 2017, Ágata parece finalmente determinada a ter de novo impacto mediático. Mais bonita do que nunca e com o timbre intacto, Ágata apresenta o seu melhor conjunto de canções dos últimos 20 anos, desde ‘Escrito no Céu’ (1997).

A grande força criativa volta a ser Ricardo Landum – o génio musical que consegue colocar em melodia histórias de amores / desamores e traições – que assina novos grandes potenciais sucessos, como ‘Livro de Reclamações’ ou ‘Nem Morta’, ambos na linha musical que celebrizou Ágata. Contudo, é com ‘Preto no Branco’ que Ágata dá definitivamente um passo bem-sucedido para angariar novo público. Na onda do reggaeton-pop, Ágata surge com ‘Tá bonito’, embarcando também no imperativo atual das participações, vulgarmente conhecidas pela sua abreviatura em inglês ‘feat.’. Neste caso, o featuring é de MC Danito, colaborando também em ‘Rimas ao vento’. ‘Chico Guapo’ e, principalmente, ‘Las Palmas’, seguem a linha latina sendo ambos potenciais singles.

A destoar do novo conjunto de temas aparece, a fechar o disco, uma versão de ‘Hallelujah’, de Leonard Cohen, perfeitamente dispensável para ‘Preto no Branco’, que teria sido bem substituído por ‘O mal não foi meu’.

É óbvio que a esmagadora maioria da crítica nacional, tendencionalmente segregadora, vai rejeitar com enorme júbilo ‘Preto no Branco’, mas ficará severamente perturbada pela idiossincrasia da oferta artística de Ágata, que poderá ser popular, mas nunca popularucha.

 Vídeos oficiais: ‘Livro de Reclamações’ e ‘Tá Bonito’


 Temas destacados por Carlos Carvalho: ‘Nem morta’, ‘Las Palmas’ e ‘Rimas ao Vento’. 


 A ver: Impressões Pessoais com Ágata # 04-08-2017 # JUNTOS À TARDE SIC (MixYouTube) 




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Fonte: OPINIAO CARLOS CARVALHO / Imagem: GOOGLE / Vídeo: YOUTUBE
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  1. Anónimo11:34

    Eu estou a ver bem?? AGATA? :D Depois admirem-se que se cole este site e a eurovisão a azeitice. Lixo musical..

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    Respostas
    1. Anónimo14:11

      Está a ver bem, está. Ágata, uma excelente artista portuguesa... com certeza. E depois? Há algum problema? Oh gentinha preconceituosa...

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    2. Anónimo12:47

      AOIADO! Ágata em frente...

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  2. Ricardo Alves13:38

    Qual é o criterio? O autor so critica albuns que gosta?

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    Respostas
    1. Anónimo14:13

      E o autor era suposto fazer o quê? Fazer crítica de discos de que não gosta, era? Para quê perder tempo de vida com o que não vale a pena? O leitor é que depois tem de ver: não gosta, não come. Ou neste caso, não gosta, não lê.

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