Senhor de uma voz poderosa de timbre bem definido, Paulo de Carvalho é um dos artistas que o público, de todas as idades, mais admira e acarinha. O ESCPORTUGAL esteve em Viseu num concerto onde vimos desfilar algumas das canções que fazem parte da história da música portuguesa.
“Na mesma rua/ na mesma cor/passava alegre/ sorria amor” marcou a entrada de “Flor sem tempo”, a primeira das canções do alinhamento intemporal de Paulo de Carvalho. “Canta o sol que tens na alma/és a flor de ser feliz/ Olha o mar, na tarde calma/ouve o que ele diz…” foi o primeiro dos refrões cantado por todos os que lotaram o concerto do passado sábado.
Quando, no passado mês de julho na Praça do Município, em Lisboa, Paulo de Carvalho anunciava que aquele seria o primeiro de uma série de concertos pelo país a assinalar “uma vida de cantigas” como tão bem gosta de apelidar as canções que compôs e cantou ao longo da sua vida, depressa cumpria a promessa. Desde então, têm sido várias as localidades que têm tido a oportunidade de celebrar com ele os seus 70 anos de vida e 55 de carreira. E em Viseu um público diferente mas a mesma causa comum: ouvir as canções que fazem parte das histórias das nossas vidas, da história da música portuguesa e, sem dúvida, da própria história de Portugal.
Aclamado pela multidão mal subiu a palco, Paulo de Carvalho conseguiu aumentar ainda mais o êxtase do público com uma atuação irrepreensível. Acompanhado por uma banda de oito músicos e três vozes de apoio, o artista mostrou-se “muito feliz” e explicou que as músicas escolhidas faziam “sentido serem cantadas porque vocês as conhecem e as viveram”.
Num alinhamento em que viajou pelos seus maiores êxitos durante quase duas horas, retomou com “Maria Vida Fria”, sendo seguida pelas canções “10 anos”, “Abracadabra” e “Executivo”, com o público a aplaudir entusiasticamente cada tema e a cantar os refrões como se de um grande coro se tratasse. O ESCPORTUGAL transmitiu, em direto através de smartphone, as primeiras três canções do alinhamento. Fomos acompanhados por mais de 300 leitores, como pode (re)ver AQUI.
Seguiu-se o momento ao qual Paulo de Carvalho intitulou como “justa homenagem” a dois “senhores” da música portuguesa. “Ao longo da minha vida, compus músicas para a voz de Carlos do Carmo com grandes poemas de Ary dos Santos”. Ao enorme aplauso da assistência, Paulo de Carvalho chamou ao palco Ricardo Silva e Bernardo Saldanha, respetivamente com guitarra portuguesa e viola de fado, para o acompanharem em 4 temas: “Os putos”, “Lisboa menina e moça”, “O homem das castanhas” e “Meninos de Huambo”.
Temos este momento, especialmente para os nossos leitores:
Houve ainda direito a “Meninos de Huambo” com novo arranjo e acompanhamento de toda a banda e o coro. Depois, Paulo de Carvalho convidou o público a ir “até África” com “Mãe negra”, mais um dos grandes êxitos da carreira.
“Meu mundo inteiro”, “Beijo à lua” e “Gostava de vos ver” levou Paulo de Carvalho a afirmar que “vamos ser intemporais com este espetáculo”.
O encore trouxe, de seguida, uma das músicas mais aguardadas: “Nini dos meus 15 anos”, seguida daquela que serviu como primeira senha para o avanço das tropas que viriam a protagonizar a Revolução de 25 de Abril, “E depois do Adeus”, vencedora da edição de 1974 do Festival da Canção.
Paulo de Carvalho é dos maiores patrimónios humanos da cultura portuguesa e continua a granjear no público uma enorme simpatia e admiração. A mesma simpatia com que protagonizou vários momentos de diálogo, como aquele diretamente com um grupo de fãs que trazia cartazes e bandeiras dirigidas ao artista.
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Vi o Paulo de Carvalho no teatro tivoli , foi fantastico. Um fos nossos grandes
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