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[ESPECIAL] ESC2017: As divergências entre a votação do júri e do público no Festival Eurovisão 2017


O público e o júri do Festival Eurovisão 2017 apenas estiveram em consenso em 13 dos 20 finalistas da competição. Por outro lado, na Grande Final, foi a primeira vez na história que houve consenso no 1.º e no 2.º lugar.

1.ª Semifinal
Sem grandes surpresas, Portugal foi o país mais votado pelo público e pelo júri na 1.ª semifinal do Festival Eurovisão, sendo que as duas vertentes da votação estiveram em consonância em sete dos dez finalistas (Portugal, Moldávia, Suécia, Chipre, Arménia, Azerbaijão e Grécia).

O grande destaque vai para a Bélgica e para a Austrália. Blanche foi quarta classificada na semifinal, tendo terminado a votação do televoto no 3.º lugar: contudo, pela votação dos jurados, a cantora teria sido eliminado, tendo apenas conquistado o 13.º lugar na sua votação. O inverso aconteceu com Isaiah: o cantor australiano foi o 2.º mais votado pelo júri, mas apenas conquistou o 15.º posto no televoto, terminando a competição no 6.º lugar. 

A Finlândia, 12.ª classificada na semifinal, também teria sido finalista pelo público (10.º), enquanto que o júri colocou a candidatura fora dos lugares de apuramento (12.º). Por outro lado, a República Checa e a Géorgia teriam sido finalistas pelo júri, tendo conquistado o 7.º e o 8.º lugar na sua votação, ao contrário da Polónia que ficou em 11.º lugar nas preferências dos júris nacionais.

De realçar que, a primeira semifinal do Festival Eurovisão 2017, foi o único espetáculo em que não houve nenhum null points: a República Checa terminou em último no televoto com 2 pontos (de Portugal), enquanto a Letónia foi a última classificada do júri com 1 ponto (do Azerbaijão).


2.ª Semifinal
A Bulgária foi o país mais votado pelo público e pelo júri na 2.ª semifinal do Festival Eurovisão, sendo que as duas vertentes da votação apenas estiveram em consonância em seis dos dez finalistas (Bulgária, Hungria, Israel, Holanda, Noruega e Bielorrússia).

O grande destaque vai para a Dinamarca. Anja Nilssen foi a quinta classificada na votação do júri com 96 pontos, mas apenas conseguiu 5 pontos do televoto, terminando na antepenúltima posição. No somatório das votações, a candidatura da Dinamarca terminou em 10.º lugar com 101 pontos, mais 3 que a Sérvia. Também a Áustria (7.º) e a Roménia (6.º) tiveram situações semelhantes nas votações: Nathan foi 4.º classificado no júri e 14.º no televoto e Ilinca ft. Alex Florea ficaram em 3.º no televoto mas apenas conquistaram a 15.ª posição no júri. 

A Estónia, 14.ª classificada na semifinal, teria sido finalista pela votação do público (6.º), enquanto o júri colocou o país fora dos lugares de apuramento (17.º). O mesmo aconteceu com a Suíça: o grupo Apollo foi o 10.º classificado no televoto e o 11.º no júri, sendo que, no somatório terminou em 12.º lugar, a escassos 4 pontos do apuramento. Por outro lado, o júri dava o apuramento a Malta e à Sérvia, deixando a Croácia e a Roménia de fora dos apurados.

Ao contrário da primeira semifinal, a segunda eliminatória contou com um duplo null points: Malta não foi pontuada pelo televoto, enquanto que São Marino não recebeu qualquer pontuação do júri.



Grande Final
Pela primeira vez desde a reinstauração do júri nacional no Festival Eurovisão, em 2009, o público e o júri estiveram em consenso ao atribuir o 1.º lugar a Portugal e o 2.º à Bulgária. Contudo, no que diz respeito ao top10, as duas vertentes só estiveram em consenso em mais quatro países: Moldávia, Bélgica, Suécia e Itália.

A Austrália, 9.º classificado da geral, foi o país que mais opiniões dividiu: Isaiah foi o 4.º classificado no júri (171 pontos), mas não foi além do 25.º (e penúltimo lugar) no televoto com apenas dois votos. Também a Áustria teve final semelhante: Nathan foi 11.º classificado no júri, mas não foi pontuado pelo público, terminando na 11.ª posição. 

Por outro lado, o televoto colocou a Roménia, Hungria, Croácia e França no top10 das preferências, enquanto que o júri preferiu a Holanda, Noruega e Reino Unido.

De realçar que o público colocou 6 países com menos de 10 pontos atribuídos (Dinamarca, Israel, Espanha, Alemanha, Austrália e Áustria). Por outro lado, o júri não pontuou Espanha (que apenas recebeu 5 pontos do televoto português) e a Alemanha apenas recebeu três pontos.


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Fonte: eurovision,tv / Imagem: Eurovision.tv/ESCPortugal

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  1. Anónimo23:50

    a finlandia super roubada!! o cantor da australia cantou tao mal.. ja a finlandia tinha a melhor voz a concurso.

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    1. Anónimo00:16

      a voz é o menos relevante, mas sim era muito boa intérprete e tinha música para estar num top 5

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    2. Anónimo08:00

      De acordo com os comentários 23:50 e 00:16. (h)

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    3. Anónimo11:15

      Não se percebe o resultado da Finlândia... ;( Muito injusto, concordo com o sistema misto de votação mas é loucura o júri eliminar uma música e interpretação tão belas.

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  2. Anónimo00:00

    Acho que o televoto esteve melhor que o júri, não faz sentido o júri. Além disso descartaram uma das melhores canções deste ano da Finlândia.
    Espero que não haja júri no próximo ano, pelo menos o televoto foi uma surpresa agradável para Portugal! :)

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    1. Anónimo00:29

      Foi o juri que deliberadamente tirou Portugal da final de 2014

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    2. Anónimo10:55

      E ainda bem. A canção de Portugal era ridícula.Para mim a questão aqui é a qualidade dos júris. Se escolhem júris que trabalham no mundo comercial pop vendável, é evidente que o resultado não será muito diferente do televoto. E a classificação de júris profissionais é ridícula, pois muitos deles são produtores ( empresários) e não especialistas em música.

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    3. Anónimo17:34

      A suzy merecia o top 15 em 2014. Estes haters...

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  3. Anónimo01:08

    Eu creio que este modelo é o que faz mais sentido actualmente. Ninguém ganha sem apoio quer do publico quer do juri. Mesmo minimo que seja uma das partes tem de dar pontos. Corrige algum desiquilibrio dos que têm mais vizinhos, e retira vantagem ao elitismo do juri.

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  4. Anónimo08:20

    A opinião/votação do júri é importante, mas o mesmo tem de ser experiente e profissional. Eu "responsabilizava" esta decisão aos jornalistas credenciados de cada País (cada País penso que terá pelo menos 2, um da tv e outra da imprensa) e aos comentadores de cada País, pois ambos estão lá no terreno mesmo antes do ESC abrir as portas, assistem aos ensaios todos e vêem e analisam a canção, a música e o intérprete como um todo, para além de, os jornalistas (obrigatoriamente!), terem um código deontológico que devem de seguir, onde está a imparcialidade, entre mais. Uma questão, por curiosidade, há algum sítio onde se possa ver a tabela final (ou top 10) das várias categorias do 'Marcel Bezençon Awards' de cada ano? Obrigado. Namasté.

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  5. Anónimo11:13

    Ninguém pode dizer que a vitória de Portugal foi injusta. Foi, aliás, a vitória mais consensual dos últimos anos! Fomos os mais votados na nossa semi-final e na final, tanto pelo júri, como pelo público. Além de que foi a canção mais pontuada de sempre!

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  6. O juri beneficia muito a Austrália. Mas muito mesmo.

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  7. Anónimo13:33

    Pois eu acho que este sistema é o mais justo! É equilibrado! Esquecam a ideia de 100% televoto de uma vez por todas! O televoto é super volatil!

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  8. Anónimo14:17

    Não tem que haver sintonia entre júri e público, aliá, a sintonia é estranha porque se o júri é realmente constituído por profissionais com gostos mais exigentes que as massas, então o desfasamento é natural que aconteça. Claro que há casos raros em que a qualidade é percebida por boa parte dessas massas.

    1. O júri este ano tinha uma composição profissional muito interessante, não sei se se deram ao trabalho de verificar na lista. No entanto, alguns países (poucos) praticamente só tinham cantores, o que explica também alguns votos menos bons a Portugal.

    2. O voto do público, a julgar pelas características polarizadoras da nossa canção (ódio ou paixão, sem garu intermédio), resultou de telefonemas massivos/repetidos de um grupo menor do que podemos pensar, a julgar por muitos comentários de quem afirma em vários países ter votado até ao limite possível, tal o amor à canção.

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  9. Anónimo17:33

    A estonia devia ter feito a final!

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  10. Anónimo23:08

    A unica coisa que sei é que o recorde de Portugal vai durar muitos anos.. isso é uma certeza...

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