Foi no meio de uma apurada produção fotográfica para a capa do novo CD dos The Gift que Nuno Gonçalves falou com o ESCPORTUGAL sobre o seu projeto para o Festival da Canção 2017.
Nuno Gonçalves, 39 anos de idade, é um dos criadores dos The Gift, sendo um dos compositores convidados pela RTP para o Festival da Canção. O ESCPORTUGAL falou com o músico no meio da produção fotográfica para a capa do novo CD e poucos instantes depois do sorteio que determinou a ordem de atuação das canções do festival. “Fiquei muito satisfeito por poder ver a minha canção na 1.ª semifinal e logo a fechar. Acho que isso nos pode dar sorte (risos)”.
Os The Gift são uma das bandas mais bem-sucedidas do panorama musical português, enchendo palcos em todo o país e no estrangeiro. Nos últimos dois meses, a banda natural de Alcobaça esteve em Nova Iorque, Amesterdão, Madrid, Porto e Lisboa. O concerto no último fim-de-semana no festival Eurosonic, na Holanda, foi o primeiro concerto esgotado da banda nesse país. Para além disso, estreou dois singles e respetivos videoclips, avanços do novo álbum que será lançado em abril. E foi precisamente em Nova Iorque que recebeu o convite para participar no Festival da Canção. “Respondi logo que sim”, recordou ao ESCPORTUGAL. “Em primeiro lugar porque nunca tinha sido convidado a participar e tinha muita vontade. Depois, aceitei porque percebi que a preocupação da RTP é dar um carimbo de qualidade, que me agrada muito”.
Participar no Festival é, pois, um sonho antigo. De espectador assíduo em criança a fã foi um ápice. “Recordo-me de ver em casa, em família. Era obrigatório ver desde sempre”. Desde 2008, porém, vive em Madrid e passou a ver o festival espanhol. “Quis continuar a ser espectador assíduo, mas o festival espanhol é muito mauzinho (risos)”. Mas Gonçalves também não poupa nas críticas ao festival português: “As últimas direções da RTP não souberam dignificar o festival”. Este ano, acredita que está a acontecer a reviravolta. “Penso que este ano volta-se a ter preocupações com a qualidade das canções. Acredito que, ao longo dos próximos anos, haverá um conjunto de canções que vão fazer história”.
O seu projeto para o festival passa por um trio de cantores, que irão interpretar uma canção escrita e composta por si. “São três cantores, um mais conhecido que os outros, mas todos com uma qualidade vocal acima da média”. O nosso interlocutor avança que se trata “de um grupo criado por mim de propósito para o festival, mas que eu gostaria que continuasse para além do mesmo”.
Apesar de ser muito conhecido pelas canções em inglês de sua autoria e cantadas por Sónia Tavares, Nuno Gonçalves afirma que escreveu uma letra em português para este projeto: “Senti um apelo muito grande em escrever em português. É um desafio!”, confessa. Aproveita para recordar a sua autoria de canções como “Fácil de entender”, “Clássico” ou “Primaveira” e que continuam a ser grandes êxitos dos The Gift. Perguntámos se esta canção poderia ser apresentada pelos The Gift nos palcos ou até em discos. “Com certeza que sim”, respondeu prontamente. “É uma canção dentro do meu estilo. Tem um lado de esperança, mas também de melancolia. Tem muita portugalidade na letra, um fundo de orquestra e um cunho épico”.
Não podendo ainda revelar mais detalhes, quisemos que nos destacasse uma das suas canções que melhor pudesse inspirar os leitores para a sua canção do festival. Nuno Gonçalves nomeou “Clássico”:
Apesar da autoria do tema ser em nome individual, Nuno Gonçalves afirmou que conseguiu envolver, desde a primeira hora, os restantes membros dos The Gift. “Eu estava a terminar a demo às 5 da manhã, passado meia hora já estava a receber opiniões. E todos gostaram! (risos)” A canção está a ser gravada nos seus estúdios em Alcobaça, sendo que a mesma é apoiada in loco por todos os membros dos The Gift.
Perguntámos qual o seu objetivo para este festival em termos classificativos. “Gosto de concorrer para ganhar! (risos) Agora mais a sério: quero fazer tudo por tudo para passar à final e depois ir à Eurovisão. É um sonho antigo, não vou mentir”.
Convidámos Nuno Gonçalves a fazer uma breve viagem pelo Festival da Canção e Eurovisão de outros tempos. Assim, desafiámos a nomear duas canções, uma do festival nacional, outra da Eurovisão, que lhes trouxessem boas lembranças. “Destaco ‘No teu poema’, interpretada por Carlos do Carmo em 1976, e “Rise like a Phoenix”, a canção vencedora da Eurovisão 2014 por Conchita Wurst”. Sobre a canção austríaca, é de opinião que “foi uma das últimas grandes canções que passaram pela Eurovisão”.
Os The Gift são uma das bandas mais bem-sucedidas do panorama musical português, enchendo palcos em todo o país e no estrangeiro. Nos últimos dois meses, a banda natural de Alcobaça esteve em Nova Iorque, Amesterdão, Madrid, Porto e Lisboa. O concerto no último fim-de-semana no festival Eurosonic, na Holanda, foi o primeiro concerto esgotado da banda nesse país. Para além disso, estreou dois singles e respetivos videoclips, avanços do novo álbum que será lançado em abril. E foi precisamente em Nova Iorque que recebeu o convite para participar no Festival da Canção. “Respondi logo que sim”, recordou ao ESCPORTUGAL. “Em primeiro lugar porque nunca tinha sido convidado a participar e tinha muita vontade. Depois, aceitei porque percebi que a preocupação da RTP é dar um carimbo de qualidade, que me agrada muito”.
Participar no Festival é, pois, um sonho antigo. De espectador assíduo em criança a fã foi um ápice. “Recordo-me de ver em casa, em família. Era obrigatório ver desde sempre”. Desde 2008, porém, vive em Madrid e passou a ver o festival espanhol. “Quis continuar a ser espectador assíduo, mas o festival espanhol é muito mauzinho (risos)”. Mas Gonçalves também não poupa nas críticas ao festival português: “As últimas direções da RTP não souberam dignificar o festival”. Este ano, acredita que está a acontecer a reviravolta. “Penso que este ano volta-se a ter preocupações com a qualidade das canções. Acredito que, ao longo dos próximos anos, haverá um conjunto de canções que vão fazer história”.
O seu projeto para o festival passa por um trio de cantores, que irão interpretar uma canção escrita e composta por si. “São três cantores, um mais conhecido que os outros, mas todos com uma qualidade vocal acima da média”. O nosso interlocutor avança que se trata “de um grupo criado por mim de propósito para o festival, mas que eu gostaria que continuasse para além do mesmo”.
Apesar de ser muito conhecido pelas canções em inglês de sua autoria e cantadas por Sónia Tavares, Nuno Gonçalves afirma que escreveu uma letra em português para este projeto: “Senti um apelo muito grande em escrever em português. É um desafio!”, confessa. Aproveita para recordar a sua autoria de canções como “Fácil de entender”, “Clássico” ou “Primaveira” e que continuam a ser grandes êxitos dos The Gift. Perguntámos se esta canção poderia ser apresentada pelos The Gift nos palcos ou até em discos. “Com certeza que sim”, respondeu prontamente. “É uma canção dentro do meu estilo. Tem um lado de esperança, mas também de melancolia. Tem muita portugalidade na letra, um fundo de orquestra e um cunho épico”.
Não podendo ainda revelar mais detalhes, quisemos que nos destacasse uma das suas canções que melhor pudesse inspirar os leitores para a sua canção do festival. Nuno Gonçalves nomeou “Clássico”:
Perguntámos qual o seu objetivo para este festival em termos classificativos. “Gosto de concorrer para ganhar! (risos) Agora mais a sério: quero fazer tudo por tudo para passar à final e depois ir à Eurovisão. É um sonho antigo, não vou mentir”.
Convidámos Nuno Gonçalves a fazer uma breve viagem pelo Festival da Canção e Eurovisão de outros tempos. Assim, desafiámos a nomear duas canções, uma do festival nacional, outra da Eurovisão, que lhes trouxessem boas lembranças. “Destaco ‘No teu poema’, interpretada por Carlos do Carmo em 1976, e “Rise like a Phoenix”, a canção vencedora da Eurovisão 2014 por Conchita Wurst”. Sobre a canção austríaca, é de opinião que “foi uma das últimas grandes canções que passaram pela Eurovisão”.
O único até agora que diz que vai para ganhar. Só tenho pena de não ser uma canção em inglês, mas neste momento estou mais preocupado com a qualidade do que com a língua...
ResponderEliminarAdorei esta entrevista, finalmente uma pessoa com ambição e vontade de vencer! Estou com bastante expectativa em ouvir esta música e saber quem são os intérpretes
ResponderEliminarExcelente texto. Muito bem. Fiquei curioso
ResponderEliminarMelhor entrevista! Deixou expectativa e curiosidade quer nos cantores quer na música. E ambiciona ganhar...ALELUIA!!
ResponderEliminarA melhor entrevista até agora.
ResponderEliminarA melhor entrevista até agora.
ResponderEliminarHá uma voz, muito boa por sinal, que não tem tido sorte com as canções que lhe dão. Penso que a sua voz se enquadra perfeitamente no estilo do Nuno (The Gift). Essa voz gosta e vibra com o ESC e tenho-o como um bom profissional e merece uma oportunidade séria. Falo do Ricardo Soler. Ver o talento e versatilidade: 1) https://www.youtube.com/watch?v=YlJmzKRCoYY e 2)https://www.youtube.com/watch?v=uTysGF3B-iM#t=183.236576
ResponderEliminarRui Drumond?
ResponderEliminarSó estou preocupado com o intérprete, é preciso grande força e personalidade para representar músicas deste compositor....podiam ir mesmo eles....com a Sónia talvez lá fossemos....já que estão a começar a ter êxito lá fora....
ResponderEliminarSem dúvida que parece ser a entrevista com mais foco, ambição e mais poder de convencer que algo de bom pode sair daqui.
ResponderEliminarMas por outro lado, vejo que ainda não existe um alinhamento das nossas ideias com aquilo que hoje caracteriza a Eurovisão - não sei se por "sugestão implícita" da RTP para os compositores ou se por ainda residir nas cabeças destes aquela ideia da portugalidade nas canções que levamos ao concurso. Neste campo em particular, estamos a mostrar que não acompanhamos em tempo útil as tendências e a evolução natural de um concurso que já perdeu as características de outrora, por muito que nos possa custar a aceitar. Enquanto esse alinhamento não existir serão muitíssimo reduzidas as hipóteses de lutarmos por um bom resultado. Dá-me a sensação que muitos dos compositores até se esforçam bastante por compor e produzir uma canção para o FC, alguns deles até se tentam demarcar do seu estilo em busca de algum suposto traço de portugalidade que, na maioria das vezes, acaba por não existir ou ser "colado com cuspe" numa melodia que não combina, etc etc. Quando, na verdade, deviam ser fieis ao seu estilo e fazer o que melhor sabem fazer, como se estivessem a produzir alguma música para o seu álbum, seja em PT, EN, ou noutra língua qualquer. Porque, no fundo, devemos olhar para o ESC como uma montra para o que de melhor se pode fazer em Portugal no que à música diz respeito e não como um palco para mostrar a nossa portugalidade.
Em relação à proposta do Nuno Gonçalves, espero ficar surpreendida positivamente mas já vi que não teremos nada aproximado às sonoridades mais comerciais dos The Gift, como é exemplo a mais recente música "Clinic Hope". Isto sim, devia chegar à Eurovisão.
Mas como diria o outro "enquanto houver estrada pra andar, a gente vai continuar" e um dia havemos de lá chegar ;)
Nao concordo nada. Para mim a cançao classico que ele apontou tem mta portugalidade e nao fala dos estereotipos portugueses nem a musica parece um rancho folclorico. Mas e uma cançao nostalgica, algo saudosista... Sentimentos tipicamente portugueses
EliminarAnónimo das 13:37: como é óbvio não me estava a referir concretamente a essa música em questão. Mas se quer ir por aí eu tento explicar o meu ponto de vista de outra forma: no ESC (politiquices e jogos de bastidores à parte) uma canção só consegue ir longe se conseguir de alguma forma chegar à maioria das pessoas, a um público abrangente de variadíssimos países, gostos e tradições. A canção "Clássico" é tocante, nostálgica e realmente bem feita, mas só conseguirá tocar e chegar a nós portugueses e a quem de alguma forma se interessa por estas sonoridades e sentimentos, não a um público variado como é o da Eurovisão hoje em dia. O nosso problema muitas vezes é esse, teimamos em pensar que temos de levar uma canção para os portugueses lá fora votarem e não para os estrangeiros. É para TODOS. Foi mais ou menos isto que tentei transmitir no anterior comentário. É a minha opinião e, de facto, as últimas apostas de Portugal na Eurovisão vão neste sentido e, infelizmente, dão-me razão.
EliminarMais uma vez discordo. O que toca nao e a letra e a melodia perfeita. Nao sei o que jelena tomasevic cantou em 2008 mad aquilo foi magistral, belissimo.
EliminarCaro Anónimo, diz que o que "toca" não é a letra nem a melodia perfeita mas diz que a Jelena tomasevic em 2008 "lhe tocou". E sabe porquê? Porque é uma canção magistralmente bem construída e, por acaso, cantada em sérvio...lá está, a melodia precisamente e os momentos chave num crescendo épico. Foi o caso da Senhora do Mar nesse mesmo ano. Concerteza o nosso melhor (e único) exemplo de canção pensada para o ESC, para além de todo o trabalho e esforço aplicados na apresentação em palco.
EliminarAgora, concordo em absoluto.
EliminarEu quis precisamente dizer isso: a melodia perfeita. É minha opinião que a melodia é o fator mais importante numa canção no ESC. A melodia tem de se marcante e de conquistar no imediato.
Corretíssimo! :)
EliminarEspero com muita esperança que um dos cantores seja o Rui Andrade e outra seja a Lena d'Água.
ResponderEliminarLena D'Agua? Desculpa dizer mas existem bons valores que hoje em dia precisam destas oportunidades para aparecer
EliminarHá e deve haver espaço para todos :)
EliminarPois o mal de Portugal é dar oportunidade a "bons valores".... Acabamos sempre lixados com F grande quando vamos pelos resultados de shows de caça talentos.
EliminarAna, falou efalou muito bem.
Fiquei com muitas espectativas deste. Alem disso foi o unico que disse que vem para ganhar
ResponderEliminarDos 16 compositores so deverao haver 5 musicas em ingles, 3 na 1 semi, e 2 na 2 semi, mas o mais importante é a qualidade da canção, basta recordar entre 2008 a 2010 as boas classificações.
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