Os Prémios Arco-íris 2016, uma iniciativa da ILGA Portugal, serão entregues no próximo sábado no Estúdio Time Out no Mercado da Ribeira, em Lisboa.
A cerimónia de entrega dos prémios arco-íris está agendada para 14 de janeiro, pelas 21h30 no Mercado da Ribeira, em Lisboa, numa cerimónia conduzida por Rita Ferro Rodrigues, com a participação musical de Rita Redshoes, Carlos Costa e e CoLeGaS – Coro Lésbico, Gay e Simpatizante.
A 14ª edição destes Prémios celebra, uma vez mais, pessoas e instituições que se distinguiram ao longo do ano de 2016 na luta contra a discriminação em função da orientação sexual e da identidade de género.
De acordo com comunicado da ILGA Portugal, os troféus, criados pela dupla de artistas New Karma, serão entregues a:
Catarina Marques Rodrigues – ‘A vida no Colégio Militar: “Parece um Big Brother”‘
Num extenso artigo sobre a vida de jovens estudantes do Colégio Militar, a jornalista debruça-se sobre modelos de educação e igualdade de género, denunciando a discriminação em função da orientação sexual vivida nesta instituição.
Boas práticas empresariais – TAP/LUSH
LUSH Portugal – A marca de cosméticos que conta com várias lojas em Portugal decidiu lançar a campanha “TRANSformando o Mundo”, que não só apelou à participação de todos e todas para “Limpar Preconceitos” em relação às pessoas trans, como também se constituiu como um momento de formação para a equipa de trabalho da própria empresa, que está agora mais apta para contribuir diariamente para a igualdade das pessoas LGBT.
TAP Portugal – Depois de ter lançado um passatempo que teve também como vencedor um casal de mulheres, os comentários de ódio inundaram os canais de comunicação desta companhia aérea, que nem por isso deixou de atribuir o prémio ou de fazer notar o cumprimento da Constituição, apelando em resposta a todos os comentários homofóbicos para a importância da inclusão e do uso de linguagem adequada e não ofensiva, numa gestão exemplar de um caso claro de discurso de ódio e homofobia online.
‘E se fosse consigo?’ – Conceição Lino / Carlão e Boss AC
Da autoria da jornalista Conceição Lino, o programa “E se fosse consigo?” testa a nossa capacidade de intervenção perante situações de discriminação.
No genérico do programa, e no videoclip associado, Carlão e Boss AC dão corpo musical a uma lógica de serviço público que se quer mais presente na televisão e na música portuguesa: a da representatividade e a da visibilidade, também das pessoas trans.
Rui Maria Pêgo
Afirmando-se como homem gay no seguimento do atentado de Orlando e já depois de vários posicionamentos públicos contra a homofobia e a transfobia, Rui Maria Pêgo juntou-se à lista crescente de figuras públicas que contribuem para a visibilidade da causa LGBT em Portugal, tornando-se em mais uma importante referência junto das tantas pessoas que ainda não conseguiram sair do armário do medo, da invisibilidade e do silêncio.
Filme “Jogo de Damas”, de Patrícia Sequeira
Rita Blanco, Maria João Luís, Ana Nave, Ana Padrão e Fátima Belo constituem o elenco do filme “Jogo de Damas”, escrito por Filipa Leal e realizado por Patrícia Sequeira. Este é um filme de mulheres e sobre mulheres que nos vem lembrar que a orientação sexual continua a estar bem no centro dos conflitos familiares e a ser motivo para medos e silêncios dentro das relações de amizade. Pensar, desenvolver e representar personagens lésbicas ou bissexuais é fundamental para que as longas metragens portuguesas continuem a sair do armário.
Fim da Discriminação no Acesso à PMA – Assembleia da República
Em abril de 2016, o Parlamento decidiu finalmente alargar a PMA a todas as mulheres, promovendo também os seus direitos sexuais e reprodutivos. Depois da igualdade no acesso à adoção e coadoção, cumpriu-se finalmente a igualdade no acesso à parentalidade.
Recorde-se que Rita Ferro Rodrigues apresentou o FC2000, Carlos Costa participou como intérprete no FC2012 e Rita Redshoes é uma das compositoras do FC2017.
Fonte: ILGA PORTUGAL /Imagem: ILGA PORTUGAL
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