A 16 de janeiro de 1960 começava a trabalhar na Televisão Portuguesa, sendo por isso uma das figuras mais marcantes de sempre do espaço televisivo português. Falamos de Júlio Isidro, para muitos o Senhor Televisão. Esta terça-feira é lançada uma autobiografia do apresentador.
Comunicador nato, Júlio Isidro é uma referência incontornável na história da Rádio e da Televisão em Portugal. Com apenas 15 anos de idade, a 16 de janeiro de 1960, estreou-se na televisão, tornando-se durante décadas presença regular no pequeno ecrã. A paixão pela rádio, a vocação para a televisão, a visão e pioneirismo nos muitos programas que criou, produziu e apresentou, as entrevistas históricas, a formação nos EUA, são marcas que deixaram marca na história da televisão e na história de muitos apresentadores que se seguiram.
Ao longo da sua carreira, apresentou cerca de 30 programas na RTP e 7 programas na TVI, para onde se mudou de 1993 a 1996. Também trabalhou na rádio desde 1968 e escreveu 7 livros.
Esta terça-feira, é lançada a autobiografia de Júlio Isidro, com o título “O programa segue dentro de momentos. Autobiografia”. A sessão decorre pelas 18 horas no Teatro da Trindade, em Lisboa, e contará com a presença do ministro da Cultura, Luís Filipe de Castro Mendes. Segundo nota da editora, vão ser projetadas “imagens de uma vida em frente às câmaras e memórias vivas da música nacional”.
Baptista-Bastos afirma no prefácio que a presença assídua de Júlio Isidro, nos ecrãs televisivos, é “o sinal de um afeto e a lembrança que resiste, mesmo na sombra e no aparente silêncio”. “Consciência, liberdade e atenção pelos outros fazem deste homem [Júlio Isidro] uma espécie de vigilante do nosso tempo, que o próprio tempo se encarrega de fragilizar”, afirma Baptista-Bastos.
Segundo Baptista-Bastos, “o que Júlio Isidro tem feito e praticado na televisão é um exercício de presença, ensinando que, quando odiamos alguém, só nos ferimos a nós próprios”.
Como profissional de televisão, diz-se que lançou inúmeros artistas portugueses nos diversos programas que criou e apresentou. Um dos casos mais bem sucedidos é o de Dulce Pontes, que se estreou na televisão nos programas de Júlio Isidro e mais tarde participou no Festival da Canção (por si apresentado) e acabou por vencer.
O Festival da Canção faz também parte da história de Júlio Isidro. O primeiro festival que apresentou foi o de 1991, ao lado de Ana Paula Reis e que teve lugar na Feira Internacional de Lisboa. Nos dois anos seguintes, Júlio Isidro apresentou as 5 semifinais nos estúdios da RTP.
Em 2015 apresentou a final do Festival ao lado de Catarina Furtado.
Fonte: ESCPORTUGAL. OBSERVADOR /Imagem: GOOGLE
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