Né Ladeiras regressa aos discos em nome próprio com "Outras vidas", 15 anos depois do seu último álbum intitulado "Da minha voz". O lançamento decorrerá em Coimbra e em Lisboa.
Né Ladeiras esteve demasiado tempo sem gravar, mas esse jejum terá o seu fim com o lançamento do seu novo CD intitulado "Outras vidas", dedicado a várias mulheres que marcaram a sua vivência e a sua carreira como “Avita, Greta Garbo, Frida Khalo, Madre Teresa, Isabelle Eberhardt ou Violeta Parra”. A intérprete é também a compositora de todas as faixas, sendo que as letras têm assinatura de Tiago Torres da Silva e produção de Amadeu Magalhães, que também toca quase todos os instrumentos que ouvimos no disco.
“Outras Vidas”, afirma Né Ladeiras ao portal O Fado, é o culminar de um trabalho de escrita que começou há oito anos a partir de uma figura – a de Avita – e o que suscitou, no seu imaginário, a viagem que a trouxe até Torres Novas no séc. IV DC (à Villa Cardilium). "Descobri-a quando visitei a estância arqueológica de Cardilium e vi uma frase inscrita no mosaico romano – Viventes Cardilium et Avitam Felix Turre” (Cardilium e Avita vivem felizes na Torre). O nomadismo habitual em mim pôs-se a trabalhar sobre a ideia de alguém ser feliz num chão desconhecido. As canções partiram deste ‘encontro’ com mais uma mulher que se juntou a todas as outras que me são tão queridas e que traduzem ‘Outras Vidas’, o título deste trabalho”.
O lançamento de "Outras vidas" irá decorrer no Conservatório de Música de Coimbra a 17 de novembro, pelas 21.30 horas. Né Ladeiras estará acompanhada no palco pelos músicos Amadeu Magalhães, Ricardo Mingatos e Diogo Passos. Segundo a cantora, "vai ser um concerto inclusivo com a participação da Rafa Cota Silva para assinalar o Dia Nacional da Língua Gestual Portuguesa". O ESCPORTUGAL sabe que o concerto em Lisboa decorreá a 15 de dezembro, no Centro Cultural de Belém.
O percurso profissional de Né Ladeiras começou em 1974 ao integrar a Brigada Victor Jara. Em 1979, depois de sair do grupo, junta-se aos Trovante. Entre 1980 e 1982 integra um dos projetos mais inovadores da música portuguesa, a Banda do Casaco. O seu primeiro álbum a solo é editado em 1982. Em 1984 o seu primeiro grande sucesso, "Sonho Azul", faixa do álbum com o mesmo título.
Dois anos depois, participa no programa "Uma canção para a Noruega", a final nacional da RTP para o Festival Eurovisão 1986. Com a canção "Dessas juras que se fazem", um original de Rui Veloso e Carlos Tê, não ganhou o passaporte para Bergen, mas ganhou um lugar especial na lista das melhores canções portuguesas de sempre. Recorde essa participação:
Adoro a Né! Todo o sucesso do mundo para este novo CD!
ResponderEliminarComo eu adoro a Ne Ladeiras. Viu gostar de ouvir o novo álbum.
ResponderEliminarHá quanto tempo!!!!!
ResponderEliminar"Dessas juras que se fazem",um exemplo de uma obra-prima no contexto errado.Em 1986 ou em 2016 nao tem nada a ver com ESC,contudo uma das minhas evergreens do FdC.Em tempo de contençao,seria de voltar a usar o formato de"Uma cançao para a Noruega",mas com televoto?
ResponderEliminar"Jura" é uma canção lindíssima, muito atual 30 anos depois, mas nunca para a Eurovisão. É uma das minhas baladas de todo e sempre (h)
ResponderEliminarA Ne Ladeiras está mais bonita agora que há 30 anos. :-)
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