Raquel Tavares apresentou em Vista Alegre, Ílhavo, o seu novo álbum “Raquel”, que sucede a “Bairro” gravado há 8 anos. A fadista mostrou-se extraordinária em palco, agarrando o público do princípio ao fim. O ESCPORTUGAL esteve lá.
É um dos nomes mais reconhecidos do fado contemporâneo. Raquel Tavares é toda fado desde os 5 anos de idade. Aos 12 já participava em concursos de fado, conquistando 14 primeiros lugares inclusive na Grande Noite do Fado de Lisboa, em 1997. Tornou-se, contudo, conhecida do grande público graças ao seu hobby favorito, a dança, primeiro como concorrente do programa “Dança Comigo” e depois como representante de Portugal no Eurovision Dance Contest 2008.
Esteve oito anos sem gravar, mas a experiência granjeada em palcos em Portugal e no estrangeiro, fê-la crescer e a vivenciar outras sonoridades para lá do fado. Daí o reportório deste novo álbum nos transportar a outros ritmos, numa viagem por temas saídos da pena de António Zambujo, Miguel Araújo, Jorge Cruz, Tiago Bettencourt, Rui Veloso, entre outros.
O concerto na localidade de Vista Alegre decorreu após a recente e intensa requalificação dos equipamentos - Museu, Capela de Nossa Senhora da Penha de França, Teatro, novo hotel e lojas da marca - e, ainda, da classificação das festividades locais no Inventário do Património Cultural Imaterial nacional.
Raquel Tavares preparou para Vista Alegre um concerto muito baseado no seu mais recente disco, mas não esqueceu temas do fado tradicional. Depois das luzes apagadas, surge Raquel por entre a escuridão em cima do palco pegando e tocando guitarra portuguesa. “Fama das horas” foi o tema que abriu concerto. Seguiu-se “Eu já não sei” após o qual, e visivelmente emocionada, dirigiu as primeiras palavras ao público. Palavras que foram sendo proferidas entre cada tema, não fosse Raquel uma das fadistas que melhor interage com o público.
Seguiu-se mais três temas do seu novo disco: “Tradição”, “Gostar de quem gosta de nós” e “Não me esperes de volta”, terminando esta parte no suculento “Limão”.
Nunca parada no palco, mas sim com genica, cantando e deambulando de um lado para o outro, sem nunca deixar de olhar diretamente para o público.
Em “Meu corpo”, Raquel fez uma intervenção mais pausada para homenagear a fadista Beatriz da Conceição, falecida em novembro do ano passado. Aliás, “todo o meu disco é a si dedicado”, justificou.
Recuperando o ambiente das casas de fado, Raquel proporcionou um momento de “guitarradas”, apenas o som dos instrumentos sem voz. Seguiu-se “Regras de sensatez”, “Marcha do Marceneiro” e “Fui ao baile”. Em “Senhora do Livramento” destacou uma das suas referências, a cantora Maria da Fé.
O single deste novo CD foi o que se seguiu no alinhamento. “Meu amor de longe” foi cantado pelo público, mostrando que os seus fãs já tinham ensaiado a letra. Este tema antecedeu “O Rapaz da camisola Verde” de Frei Hermano da Câmara, e “Fado Cravo”.
Já depois do encore, e do público aplaudir efusivamente, Raquel e os seus quatro músicos voltaram a subir ao palco para cantar “Fado bailado” e de novo “Meu amor de longe”. O espetáculo fechou, assim, em clima de festa!
"Foi tão lindo... parece uma princesa do fado", ouvimos uma espectadora ao nosso lado a gritar bem alto.
"Foi tão lindo... parece uma princesa do fado", ouvimos uma espectadora ao nosso lado a gritar bem alto.
Raquel Tavares foi acompanhada por André Dias na guitarra portuguesa, Sebastião Santos na bateria e percussão, Daniel Pinto no baixo, e Bernardo Viana na viola de fado que, curiosamente, completava 18 anos de idade nesse mesmo dia.
Veja o vídeo do ESCPORTUGAL com “Meu amor de longe”:
Que lindo (k)
ResponderEliminarGosto muito da raquel Tavares . Esfa num excelente mlmento para ir ao esc como escolha interna.
ResponderEliminar08:58 - Concordo contigo.Porque nao?Com uma cançao dentro do estilo de fado dançavel e com temperos tropicais ou de jazz,ou mesmo saindo TOTALMENTE da area do fado,Raquel Tavares poderia ser uma aposta de respeito para o ESC.Poderia fazer a tal diferença,que nos proporcionasse a vitoria.
EliminarApesar de considerar Raquel Tavares uma boa OPÇAO para o ESC,acho que Deolinda Kinzimba seria a number one,para arrebatarmos a taça do ESC 2017. Claro ,com uma cançao feita a medida do objectivo,de preferencia depois de se conhecer ja muitas das concorrentes.Calculismo as vezes e util e necessario.
EliminarArtigo espectacular. Apeteceu ver.
ResponderEliminarAdoro as fotos a preto e branco
ResponderEliminarQue video tão giro. A raquel é o maximo super alegre e bem disposta.
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