Nuno Galopim é mais conhecido como jornalista e crítico musical mas, a partir de agora, junta mais uma faceta na sua vida tão polivalente: escreveu um livro sobre "Os Últimos Dias do Rei". É uma estreia na ficção literária com uma história baseada na vida de D. Manuel II, o último rei de Portugal. O ESCPORTUGAL esteve na apresentação.
Começou por traçar um futuro nas ciências, mas o jornalismo, a rádio e, sobretudo, a música e o cinema acabaram por falar mais alto. Fundou nos anos 90 a OGAE Portugal e, desde sempre, tem estado ligado à Eurovisão como fã. Este ano, foi convidado, pela RTP, para ser comentador da transmissão do Festival a partir de Lisboa.
Mas a vida profissional de Nuno Galopim vai muito para além disso: com 27 anos de carreira nos media, escreve atualmente no Expresso, Blitz, Time Out e Metropolis e é autor dos blogues Sound + Vision e Máquina de Escrever. Tem também estado ligado ao cinema como autor, consultor e programador. Juntando a este leque tão variado de ofícios, junta agora mais um: escritor de ficção. A estreia acontece com o romance que tem como base D. Manuel II, o último rei de Portugal.
Na apresentação que decorreu este sábado na FNAC do Norte Shopping, em Matosinhos, Galopim explicou que gosta muito desta personagem da História de Portugal, por vários motivos, mas um chamou mais alto: “Esta figura cruza o ciclo de vida de familiares meus, os meus pais que tinham 1 ano de idade quando ele morre. A minha avó tinha memórias do Regicídio de 1º de fevereiro de 1908, que resultou a morte do rei D. Carlos e a subida inesperada do seu filho, D Manuel II, a Rei de Portugal. A minha avó Quitéria foi a primeira a contar-me as histórias de El-Rei, como ela lhe chamava". Por outro lado, “deste Rei sabemos pouco”, reconheceu Galopim, tendo em conta que foi Rei durante pouco tempo, até à Proclamação da República em 1908 e a sua fuga e exílio imediato para Inglaterra. “Foi bom reencontrar esta figura e, para isso, resolvi visitar palácios – sobretudo o das Necessidade e de Vila Viçosa – ler livros, falar com pessoas, ver imagens da época…” Mas também visitar Londres: “Ir às casas onde viveu, às lojas e mercados que frequentava e também à Igreja onde rezava e que tem uma placa a lembrá-lo”.
A personagem principal do livro é um jornalista (alter ego do autor?) que, em 1932, vindo de Lisboa, apresenta-se na residência de D. Manuel II em Londres, onde vivia em exílio há 22 anos. O objetivo seria entrevistá-lo com o projeto de uma biografia em mente. Embora cansado, o que teria sido o último Rei de Portugal começa a desfolhar as memórias da sua vida. Contudo, morre de forma inesperada antes da biografia estar concluída. O autor faz, então, um regresso ao futuro: Em 2016, um jovem português emigrado em Londres, recebe um inesperado presente da dona de casa: uma mala cheia de papéis, as memórias de um inquilino que ocupara o mesmo quarto 80 anos antes… o último Rei e o jornalista que não chegara a terminar a sua biografia…
“É nesse encontro com as memórias desse jornalista que se estabelecem pontes para chegar à figura real”, afirmou Galopim, acrescentando ter procurado que todos os aspetos da vida de D. Manuel II fossem factuais.
“Os últimos dias do Rei” tem a chancela “A Esfera dos Livros” e pode ser adquirido nas principais livrarias do país.
Fonte: ESCPORTUGAL, ESFERA DOS LIVROS / Imagem: ESCPORTUGAL
Figura enigmatica esta. Com 18 anos viu se obrigado a ser rei sem estar a contar, depois daquela morte tao tragica do pai no terreiro do paço. Aos 20 ja teve de fugif, mas conta se que a Rainha de Inglaterra lhe deu um palácio perto de Londres para viver.
ResponderEliminarInteressante o esc Portugal dar relevo as outras facetas dos fas do esc.
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