Jamala venceu o Eurovision Song Contest 2016 com o tema 1944, uma vitória várias vezes apelidada de política. Em entrevista à Euronews, a cantora afirmou que não quer ter nada a ver com política.
A vencedora do Festival da Eurovisão de 2016, Jamala, deu uma entrevista à Euronews tendo sido a sua vitória o tema central da conversa. Questionada sobre se esperava vencer a Eurovisão e que dificuldades encontrou pelo caminho, Jamala afirmou que não foi fácil: "posso dizer que não foi fácil, isso é certo. Era difícil ganhar, desde logo porque apresentei uma canção pouco comum neste tipo de concurso. A minha música foi considerada desde o início estranha, triste, entre outras coisas. Foi muito difícil apresentar uma canção tão íntima, tão pessoal num concurso com canções mais superficiais".
Jamala contou a história que influenciou o seu tema, a canção que gostava de nunca ter escrito: “aconteceu na madrugada de 18 de maio, por volta das três da manhã. As tropas do NKVD, Comissariado do Povo para os Assuntos Internos deram-nos 15 minutos para pegarmos nos nossos pertences. A minha bisavó (Nazalkhan) teve cinco filhos: quatro rapazes e uma rapariga. Eles foram colocados num comboio e levados da Crimeia para a Ásia Central. Passaram várias semanas sem comida e sem água. Enquanto estavam no comboio, a minha bisavô perdeu a filha mais pequena. Eu percebi que gostava de escrever sobre tudo isso”.
Questionada sobre se 1944 encontra algum paralelo com a recente realidade vivida na Crimeia, a cantora respondeu que “os mais recentes acontecimentos deixaram-me triste e, esta é, provavelmente, uma das razões que levou ao aparecimento desta música. No entanto, sempre disse que escrevi especificamente sobre os acontecimentos de 1944, e é por isso que dei à canção o nome que dei”.
No final da entrevista, a jornalista da Euronews perguntou a Jamala se esta alguma vez considerará a hipótese de fazer uma carreira política. A vencedora do ESC2016 foi peremptória na sua resposta: “não quero isso. Sabe o que eu pensei quando cheguei a casa depois da vitória? Sentei-me e disse: Gostava de escrever um novo álbum, de me esconder numa cave com os meus músicos e de apenas tocar”. Tornar-me política? Não, de maneira alguma! A política não é um lugar de emoções e eu não posso viver sem emoções. É, por isso, que a política não é para mim”.
Veja a entrevista completa AQUI.
Fonte e Vídeo: euronews / Imagem: eurovision.tv
Faz bem, Jamala! Mas aconselho-lhe que tome Cerebrum Forte - se não encontrar à venda na Ucrânia, tente na Eslováquia, que é aí mesmo ao lado, e encontra de certeza. Assim se lembrará do que cantou há um ano, assim memorizará regulamentos sem grande dificuldade e assim perceberá que, se quer afastar-se dos que cantam canções que tão simpaticamente definiu como "mais superficiais" (uma ou outra até tinham a ver com uma coisa banal como a violência exercida sobre mulheres), deve prescindir daquelas luzes de arraial que foram projetadas atrás de si. Provavelmente isso sucedeu porque esteve escondida numa cave e se cansou da escuridão...
ResponderEliminarPor outras palavras mais simples e mais diretas "Jamala não a suporto ... Sergey paixão adoro-te és o meu vencedor, não sei bem de que, mas és o meu vencedor". Mais superficial do que isto parece-me impossível ...
EliminarEstá enganado, anónimo das 13.16. Para mim (12.08), Sergey (ou melhor: a sua canção) em 7º; Jamala em 12º. Jamala boa cantora, com uma canção razoável. O que não suporto é a atitude de superioridade ("canções mais superficiais") e a falta de memória (e o excesso de luzes lá atrás, já agora...).
EliminarO video de que tanto se fala nem da para ver se la havia publico...Jamala nao tem estado em nenhuma cave escura,basta ir ao youtube e ver a produçao musical de Jamala nos ultimos anos.Se se vai ao ESC,vai-se para vencer,bons backgrounds so fazem bem.Nao confundir com video games estilo Russia 2016!
Eliminar22:55 - Havia aplausos (gravados?). A referência à cave é da própria, como desejo futuro. A profusão de luzes no fundo, exagerada na minha opinião (tão respeitável ou "desrespeitável" como qualquer outra), retira profundidade à mensagem que se queria fazer passar. Não tenho elogio especial a fazer, nem o fiz, à atuação russa, mas não li/ouvi da parte do intérprete qualquer frase reveladora de atitude de superioridade (de um dos autores, sim) em relação à pretensa superficialidade das outras canções. Jamala afirma: "Foi muito difícil apresentar um tema tão íntimo, tão pessoal num concurso com canções mais superficiais" - difícil porquê? Foi discriminada? Bem pelo contrário. E continuo a achar (embora admita outros pontos de vista) que os regulamentos são para se cumprir.
EliminarOs regulamentos sao para cumprir e,caso sejam desrespeitados,deve ser sancionado quem os desrespeitou.Mas neste caso parece nao ter havido razoes para tal,assim decidiu a EBUER. Num certame como o ESC nao e facil concorrer com cançoes fora do formato habitual,para vencer,claro!
EliminarUma frase alegorica apos todo este burburinho,de ter tido vontade de se meter numa cave so com os seus musicos,nao e o mesmo que JA ter estado metida na tal cave escura a que alguem aqui faz referencia.Valeu a pena as luzes de arraial,porque venceu!Sergey e uma pessoa boa,educada,mas muito temerosa.
EliminarA Eurovisão é o circo que é graças em parte à enorme superficialidade das canções especialmente das que passaram na década passada o que inclui a primeira vitória Ucraniana ... o espirito LGBT também é pautado por essa superficialidade ... um escape à realidade ... O que a Jamala disse do ponto de vista musical está certo. Mas quando há pessoas que neste país amam uma Ana Malhoa e a consideram uma cantora de talento ... não há muito espaço no cérebro para perceber as coisas mais básicas sobre Música.
ResponderEliminarEm 2011 Jamala concorreu (na Ucrânia) com esta canção, nada superficial:
ResponderEliminarhttps://www.youtube.com/watch?v=zFRS2KdXImE
Já tinha visto este vídeo, assim como o seu videoclip (https://www.youtube.com/watch?v=87ABjmKcxhg). Não sei se há ironia no seu texto, mas "Smile" é um tema conceptual, tal como "1944" e, sim, fala de Emoções (as tais emoções de que canta Roberto Carlos). No video da actuação ao vivo, não poucas vezes, a cara de Jamala se assemelha muito à da Dulce Pontes, assim como a postura na interpretação. Parecem que nem irmãs gémeas.
EliminarNao sei se tacha-la de ridícula ou hipócrita, primeiro diz que a canção nada tem de política e depois fala sobre a atual situaçao na crimeia(política? Onde?) e depois diz que é um concurso superficial, Oras porque entao participas?
ResponderEliminar1944 e uma cançao,infelizmente,intemporal...Ja alguem aqui disse que podia ser 1956,1968,1939,1991 ou 2015,2016,e se olharmos para a historia da colonizaçao com os seus fenomemenos ligados a escravatura e genocidio(na America do Sul e Central pelos espanhois,no Congo pelos belgas)1944 e intemporal.
ResponderEliminarE no Brasil pelos portugueses...
EliminarQue eu saiba os colonizadores portugueses nao praticaram GENOCIDIO no Brasil em relaçao as populaçoes amerindias,contrariamente ao que fizeram espanhois,belgas,anglo-saxonicos respectivamente na America Central!Sul,Congo e America do Norte.
EliminarJamala nao afirmou que o ESC e um concurso superficial,mas sim um concurso com MUSICAS MAIS SUPERFICIAIS(que 1944).A cancao da Servia 2016 ou da Hungria 2014 sao saborosas excepçoes a regra.Para mim a Holanda 2016 e igualmente uma cançao com bastante profundidade,que da que pensar para onde vamos.
ResponderEliminarGostei das palavras de Jamala. O que faz falta são emoções, sim. É aquilo que nos faz (sobre)viver. É por haver tanta superficialidade que o vazio nos acaba por preencher.
ResponderEliminarAs tuas palavras sao tao verdade! Bem hajas Anonimo/a das 13:50!
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