Jorge Mangorrinha, autor do estudo "Que imagem do país a televisão do Estado tem exportado através do Festival da Canção?", prepara agora uma nova investigação sobre a Eurovisão.
Jorge Mangorrinha apresentou, aquando da celebração dos 50 anos de participações portuguesas na Eurovisão, um estudo onde investigou as principais falhas da RTP na promoção do país através do evento. Na altura, Mangorrinha escreveu que "nunca houve enquadramento político e financeiro para potenciar a exportação da imagem de Portugal a nível internacional" e que isto aconteceu não por falta de qualidade das canções mas porque "para ganhar o concurso, havia que promover poderosamente uma canção, organizar cocktails, distribuir pastas pejadas de informação e negociar entre delegações" e, por outro lado, manifestar vontade de organizar uma edição do festival, o que "podia ter sido uma oportunidade de assumir um papel significativo para a música portuguesa e para um impulso turístico".
O investigador da Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias prepara agora mais um estudo sobre o tema, desta vez pensado “o território de Lisboa para receber o Festival em maio”.
A ideia é avaliar “infraestruturas, transportes, plano de emergência e segurança, hotelaria, cultura, comércio, a animação diurna e noturna e capacidade de carga dos espaços”, tendo por base dois pólos principais: o MEO Arena, onde se realiza o Festival em espaço coberto, e o Terreiro do Paço, como espaço de atuações, nos dias anteriores.
A ligar um e outro, “teremos essa extensa margem de rio, a que chamamos "avenida da Eurovisão", cuja oferta já instalada será potenciada e valorizada com novos elementos efémeros e definitivos”, acrescentou o mentor do futuro estudo, cujas conclusões “serão entregues à RTP”.
Jorge Mangorrinha esteve envolvido numa das candidaturas ao Festival da Canção de 2015, tendo sido o autor da letra de Um Fado em Viena. Recorde a prestação de Teresa Radamanto:
Fonte: Observador / Imagem: BBC / Vídeo: ESCPortugal
O texto estava muito giro até ao momento em que ficamos a saber que o senhor foi autor dessa letra. Okkkk, é com isto que pretendia trazer o ESC para Lisboa? Tá tudo dito
ResponderEliminarO instrumental de "Um fado em Viena" é lindissimo, mas a letra OMG
ResponderEliminarE porque Lisboa? Porque não no Porto? Ou em Guimarães?Ou Espinho?
ResponderEliminarDe boas ações esta o inferno cheio...
E espaços para acolher o evento? pois falta esse ponto super importante
EliminarConcordo. Nao so em lisboa ha condicoes. Sou de Espinho e ca existe uma enorme nave onde se pode realizar o festival com capacidade para 15 mil pessoas. Ainda a pouco se reqlizou o congresso do PSD la. O unico problema e ficar um pouco longe do centro da cidade...
EliminarPorque a Eurovisão 2016 foi em Viena!
EliminarA nave pode ficar longe do centro da cidade mas fica perto de uma terra melhor.....rs
EliminarAcho todos os estudos muito interessantes, mas eu preferia um que viesse de alguém que percebesse de MÚSICA!!
ResponderEliminarLá está: a desculpa é sempre da falta de cocktails, de negociações, da politica, etc, etc, Mas Portugal algum dia levou uma canção que pudesse ganhar?? A resposta é NAO. Primeiro tem de haver uma boa canção, só depois terá de vir o resto.
yes
EliminarNa minha opiniao Portugal levou cançoes para vencer em 1972(Festa da vida),1980(Um grande amor),1986(nao sejas mau pra mim),1989(Conquistador),1991(Lusitana Paixao)1994(Chamar a musica),2009(Todas as ruas do amor).
EliminarUma pessoa que fez parte dessa obra prima de seu nome "Um fado em Viena",nao me parece que entenda muito bem, de que se trata o ESC em 2016.Que faça estudos,mas... Nao me parece tambem muito aconselhavel estar a misturar fomento turistico com o ESC.Cheira a Europa meridional anos 70-80.
ResponderEliminarÓ meu caro: sobre a ligação música - turismo veja/ouça o vídeo que acompanha a notícia Flavours of Portugal na Polónia (pobres polacos se tiverem de ouvir aquela canção). Acredite, o que falta não é "enquadramento político e financeiro", mas sim... competência. Que "pastas pejadas de informação" se poderiam ter organizado quando os intérpretes não têm biografia artística ou as canções não têm substrato? O que é que se poderia ter negociado "com outras delegações" (numa base honesta, espero) quando a nossa oferta era tão cativante como, por exemplo (recorro só à época dos "12 points"), em 1977, em 1987, em 1988, em 1995, em 1997, em 1999, em 2004, em 2006, em 2011, em 2015... Nem o mais hábil dos diplomatas conseguiria ser bem sucedido. Quanto a "cocktails", teria de ser um por país e no próprio país para que, jurados e "televotantes", ainda inebriados pela bebida, votassem pela nossas "canções de qualidade". De qualquer modo, felicidades para o seu trabalho. Permita-me só sugerir-lhe que, se puder, esteja "in loco" nos locais onde o ESC se realiza. Se aí tivesse estado por exemplo em 2011 ou 2015, teria visto que nem que tivéssemos milhões para investir se "potenciaria a imagem de Portugal a nível internacional". É que também é preciso... trabalho, e, sabe, há cidades tão atraentes, hotéis tão confortáveis e sofás tão cómodos...
ResponderEliminarGenial. É isto.
EliminarMuito bom comentario!Destaco o facto de teres mencionado o "Negociar com outras delegaçoes".Negociar o que?!?! Negocio e transacçao,compras e vendas.Bem,venha la esse novo estudo,essa nova pesquisa sobre o FC e o ESC...
EliminarPara ser-se/autodenominar-se muito sabichão nos assuntos do ESC e FC, o Mangorrinha tem uma escrita muitíssimo amadora e que apresenta zero de novidade. Prémio para a voz e interpretação de Teresa Radamanto e para o instrumental.
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