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[RUMO A ESTOCOLMO] Miks Dukurs: "A Aminata terminou com o estereótipo que se estava a fixar"

A concurso no Supernova 2016 com Paradise, tema que dará o nome ao seu próximo trabalho, Miks Dukurs aceitou o desafio do ESCPORTUGAL e falou-nos sobre a sua preparação para o evento, revelando-nos a sua visão sobre as anteriores participações da Letónia na Eurovisão


"Sou uma pessoa muito calma, mas com um misto de emoções dentro de mim. Além disso, sou bastante imprevisível e com um humor capaz de quebrar o profundo silêncio" assim é Miks Dukurs, um dos participantes na edição deste ano do Supernova 2016, em entrevista ao ESCPORTUGAL. Com 27 anos de idade, o cantor afirma "ser, em palco, tudo aquilo que sou enquanto pessoa. Não consigo fingir e deixar de ser honesto com o público. A única diferença é que no palco não estou a guardar algo para mim, mas a compartilhar com as pessoas! Ah e sou muito mais impulsivo, admito" (risos)



A música entrou bastante cedo na vida do cantor: "O meu pai é um excelente músico e sempre me incutiu a paixão pela música!", recorda. "Não me lembro da minha vida sem a música estar lá e estou realmente feliz por tal, não consigo imaginá-la de outra forma". Sobre a sua carreira musical, Miks teve algumas dificuldades em destacar um episódio: "Tive imensas atuações, espetáculos, festivais e concursos e até cantei num cabaré e fiz teatro musical. Mas o momento alto da minha carreira foi quando cantei no Latvian School Youth Song and Dance Festival! É só algo brutal! Indescritível mesmo!" afirmou Miks, apelando a todos que conheçam um pouco mais dessa celebração letã.


"A energia positiva entre mim e o público é algo que não se esquece! Ver todas as pessoas a cantar e a dançar ao som das nossas músicas dá-nos força para o nosso principal objetivo: fazer as pessoas felizes" confessa Miks Dukurs, admitindo que as suas músicas favoritas são aquelas que "me fazem sentir bem em momentos particulares".



Apesar de ser um fã do Festival da Eurovisão, o cantor admite que nos últimos anos tem falhado algumas emissões: "Não é interessante assistir ao concurso quando a Letónia não ultrapassa as meias finais. Torna-se algo mais pessoal quando estamos a lutar pelo título e não pela manutenção" afirma, relembrando os velhos tempos em que assistia ao concurso com a família: "Fazíamos jantares em casa com familiares para acompanhar a transmissão e tentávamos adivinhar as votações".




Depois de algumas participações no Eirodziesma integrando grupos e/ou na composição, esta será a primeira vez que estará a solo na corrida pelo Festival da Eurovisão: O que o motivou a participar, perguntámos.  "A ideia surgiu depois do sucesso da Aminata em Viena", respondeu de imediato. "Ela conseguiu terminar com o estereótipo que se estava a fixar na Letónia, em que a música que iria ao concurso deveria ser... estúpida! 'Love Injected' é uma música excelente e extremamente bem produzida! Então eu pensei que deveria escrever algo para a seleção deste ano e levei algum tempo a trabalhar no projeto... Depois encontrei o Edmunds Rasmanis para trabalhar comigo... tornou-se muito mais divertido trabalhar em conjunto na música".


A concurso na segunda semifinal, Miks Dukurs subirá ao palco com 'Paradise': "Irei cantar sobre o paraíso, mas não é aquele lá de cima... É sobre o paraíso que vivemos aqui! Tudo o que temos de bom aqui: família, amigos, companheiros de trabalho, animais... Todas essas coisas que fazem valer a pena acordar e viver dia após dia com um sorriso". Sobre a preparação, o cantor revela imensas dificuldades: "Não está a ser nada fácil, mas está tudo a correr bem... Graças a Deus tenho uma esposa adorável e uma família e amigos que me ajudam imenso! Mas conciliar a participação com concertos e os retoques finais do meu CD não tem sido fácil".



Sobre a participação de Aminata em Viena, o cantor não poupa nos elogios: "Virámos o tabuleiro do jogo! Foi brutal! Louvo os produtores do Supernova! O tema estava espetacular e os efeitos já se sentem: o concurso deste ano está muito forte", afirma confessando estar a torcer pela sua irmã que também está a concurso na edição deste ano: "É a primeira participação a solo dela e estou a torcer pela vitória dela".

Confessa conhecer Portugal, apesar de "infelizmente nunca ter visitado. Mas uma das minhas paixões é viajar pelo mundo e garanto que vou visitar-vos em breve", prometeu o cantor. Apesar de não recordar nenhuma entrada específica do nosso país na Eurovisão, Miks lembra que tem uma ideia geral das nossas participações: "Sois muitas vezes representados por mulheres muito bonitas e com grandes vozes". Sobre a retirada de Portugal da próxima edição, o cantor questionou se há alguma "complicação nas relações entre Portugal e Suécia", tendo ficado feliz com a notícia do regresso em 2017.


Para os próximos meses, o cantor dedicar-se-à no seu próximo álbum que se intitulará 'Paradise', tal como o tema com que concorre ao Supernova 2016.


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Fonte/Imagem: ESCPORTUGAL/ Vídeo: Youtube 
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  1. Neusa Creusa13:20

    Obrigada EscPortugal! Me digam por favor como é que ocês consegue tanta entrevista por essa Europa fora! Ué? Muita viaginha devem fazer?! Minha Nossa! O cobrimento que océs este ano dão as finais nacionalistas é super! Obrigado!

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  2. Muito interessante esta entrevista com Miks.Mais um artista,que foi para alem das superficialidades.Havera algum outro pais onde se precise de uma Aminata para virar as regras do jogo?Acho que sim.Nuno,mais uma vez parabens,por este excelente trabalho!

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    Respostas
    1. Anónimo22:30

      Nós precisamos de uma Animata ... mas no meio de Sérgios Godinhos, Jorge Palmas, Marizas, Xutos, e toda a essa gente de renome neste país com uma carreira sólida e reputação ... não há Animatas com a alma musical necessaria para fazer Portugal integrar-se corretamente no espírito da Eurovisão. Sempre fomos um país que torce o nariz ao "comercial" e a Eurovisão anda sempre desesperadamente por ser o mais comercial possível ... temos uma herança musical interventiva e saudosista que não se encaixa no pop europeu. E além demais ... a unica razão que faz com os fãs europeus se manifestem a nosso favor não é pela musica, mas sim sermos o unico jogador deste monopólio eurovisivo que NUNCA ganhou ... ou seja tem pena de nós ... obrigado pela parte que nos toca. Portanto, culpem a RTP à vontade (cujo unico erro é não admtirir que não lhes interessa participar em algo que para o Português comum mais atraido pela SIC ou TVI não lhe interessa) mas pensem bem que o que temos para oferecer à Eurovisão tem identidade própria, mas não uma que se encaixe na Eurovisão. Até a Espanha ousa fugir da zona de conforto e orgulho patriótico quase que exacerbado pela propria lingua (como se o mundo todo tivesse a obrigação de a falar também) ... cantando em Inglês. Mentalidade ... identidade musical ... interesse do público ... interesse da RTP ... os fãs da eurovisão cá são apenas um mísera percentagem ... portanto ... nem uma Animata portuguesa serviria para vencer estas barreiras.

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